Summary: | Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro Tecnológico. Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção. === Made available in DSpace on 2012-10-20T11:49:17Z (GMT). No. of bitstreams: 1
196377.pdf: 1025189 bytes, checksum: 4b29f1b427df8cd3708d9e488b1adfcb (MD5) === Levando em consideração que todos são iguais perante a lei e que, portanto, todos têm os mesmos direitos e obrigações, buscou-se, através deste estudo de caso, respaldar sugestões acerca de ambientes de trabalho que abarcam portadores de necessidades especiais auditivas, haja vista que indivíduos pertencentes a este grupo nem sempre têm a oportunidade de ingressar no mercado de trabalho, em função de estigmas ainda presentes, muitos embora a legislação pretenda um movimento contrário, e, quando conseguem um emprego, têm suas necessidades laborais negligenciadas. Apóia-se na pesquisa exploratória, sendo a Análise Ergonômica do Trabalho a principal ferramenta, ao lado de outros métodos e técnicas, tais como Análise Documental, Observação Sistemática e Armada, Entrevistas e Questionário. A amostra é composta por uma PNEA congênita, escolhida de forma não-probalística e intencional, observada em seu próprio ambiente de trabalho (ACAS), desenvolvendo sua função de professora (alfabetizadora), onde a linguagem é a ferramenta essencial que permite ou não o bom desempenho de sua atividade. As variáveis centralizaram-se nas condições de trabalho (técnicas de trabalho, condições organizacionais, físico-ambientais, gestuais, posturais, cognitivas e de regulação), com perspectiva ergonômica, visando contribuições que potencializem o trabalho dos PNEA, refletidas no Caderno de Encargos e Recomendações Ergonômicas. Também foram levantados dados sobre o mercado de trabalho de Cascavel (PR) e sua relação com indivíduos portadores de necessidades especiais auditivas, onde pôde ser percebida uma aversão daqueles para com estes. Existe um certo preconceito com relação aos portadores de necessidades auditivas especiais: muitas empresas ainda os consideram como incapazes e/ou improdutivos, o que resulta numa certa resistência quando da contratação. Percebeu-se, também, que os postos de trabalho não estão adequados às necessidades destes trabalhadores, reflexo desta resistência, aliado à falta de investimento financeiro e pessoal. Assim, pode-se dizer que no mercado de trabalho de Cascavel (PR) não há nada que facilite a inclusão de PNEA, sendo que o maior desafio é transpor barreiras atitudinais. Sugere-se, neste sentido, o aprofundamento sobre as condições dos postos de trabalho não só de PNEA, mas também de trabalhadores que possuam outras restrições, para amenizar discrepâncias entre o real e o idealizado, levando em consideração a interação do trabalhador Portador de Necessidades Especiais com os colegas de trabalho.
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