Ocorrência e ativação da fenoloxidase (PO) em quatro espécies de bivalves marinhos e seu envolvimento no sistema imune

Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Agrárias. Programa de Pós-Gradução em Aqüicultura. === Made available in DSpace on 2012-10-19T21:57:56Z (GMT). No. of bitstreams: 0 === O presente trabalho teve por objetivo investigar a ocorrência e o mecanismo de a...

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Bibliographic Details
Main Author: Pires, Karine
Other Authors: Universidade Federal de Santa Catarina
Format: Others
Language:Portuguese
Published: Florianópolis, SC 2012
Subjects:
Online Access:http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/83219
Description
Summary:Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Agrárias. Programa de Pós-Gradução em Aqüicultura. === Made available in DSpace on 2012-10-19T21:57:56Z (GMT). No. of bitstreams: 0 === O presente trabalho teve por objetivo investigar a ocorrência e o mecanismo de ativação da enzima PO na hemolinfa de 4 bivalves marinhos: o mexilhão Perna perna, a ostra Crassostrea rhizophorae, a lambreta Lucina pectinata e o berbigão Anomalocardia brasiliana, avaliando ainda sua relação com o sistema imune destes animais. Foi observada uma atividade de PO (tipo-lacase) tanto no PL quanto no SLH das 4 espécies, utilizando-se o substrato L-DOPA (3mg/mL) e acompanhando espectrofotometricamente (490nm) a formação de DOPA-cromo. Curiosamente, esta atividade foi muito mais pronunciada em pH alcalino (9,0), do que em pH fisiológico (7,5) para todas as espécies. A confirmação citoquímica da presença de PO nos hemócitos (monocamadas celulares) só mostrou resultados positivos em C. rhizophorae e P. perna. A maior atividade específica da PO foi observada no PL de A. brasiliana e a menor em L. pectinata (460 e 50U/mg proteína, respectivamente). Não houve correlação evidente entre a variação da atividade da PO nestes bivalves e seus hemogramas. Com exceção de A. brasiliana, a PO dos outros bivalves foi induzida por tripsina, sugerindo a ocorrência de uma forma zimogênica proPO. A atividade da PO foi também estimulada pelo detergente SDS mas não por Triton. Por outro lado, componentes da superfície de microrganismos, como LPS e b-glicanas, só induziram a atividade de PO no SLH de C. rhizophorae, deixando pouco claro o papel desta enzima no sistema imune de bivalves. A presença de proteases endógenas, dependentes de cálcio, foi demonstrada na hemolinfa de todos bivalves analisados. Com exceção de A. brasiliana, a atividade destas proteases foi induzida por componentes da superfície microbiana. Os inibidores da PO, PTU e tropolone, foram capazes de inibir especificamente a atividade desta enzima em todos os bivalves. Anticorpos policlonais anti-proPO do inseto Manduca sexta reconheceram especificamente duas bandas protéicas (64 e 66kDa) na hemolinfa dos bivalves estudados (western-blot), sugerindo uma homologia molecular desta enzima com aquela dos insetos. O mecanismo de ativação da PO em bivalves e sua relação com o sistema imune requer ainda elucidação. Este conhecimento torna-se fundamental para estabelecer se esta enzima poderá ser utilizada como parâmetro de saúde em bivalves de interesse para Aquicultura.