Summary: | Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro Tecnológico. Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção. === Made available in DSpace on 2012-10-18T06:32:32Z (GMT). No. of bitstreams: 0Bitstream added on 2014-09-25T20:17:38Z : No. of bitstreams: 1
185895.pdf: 5768103 bytes, checksum: 24da29cbc6be1cbfb683dce66c9377ee (MD5) === O uso indevido de drogas nas Organizações apresenta-se como fator gerador de inquietação e desconfiança em todas as relações e níveis organizacionais. Pesquisas nacionais e internacionais indicam um vertiginoso incremento no consumo de drogas nesta última década em todos os espaços sociais e, conseqüentemente, na maioria das Organizações. Esforços no sentido de redução da oferta de drogas, apesar de intensos, não têm conseguido evitar esta escalada. Por outro lado, ações isoladas que visem à redução da demanda muito pouco têm contribuído para uma real minimização do consumo de drogas. A integração de ações visando a redução (da oferta, da demanda e de danos), além de uma 'modernização' no aparato policial e no 'Poder Judiciário', tem sido a maneira mais eficaz com que alguns países e agências internacionais têm enfrentado o problema com relativo sucesso. As Organizações, por sua vez, têm promovido inúmeras ações, objetivando não só a prevenção ao consumo de drogas (redução da demanda), como também um adequado encaminhamento de 'trabalhadores, já usuários/dependentes de drogas". Estes fatos motivaram a elaboração desta pesquisa que, em linhas gerais, pretende, a partir de uma Organização Militar de Saúde, apresentar a construção de um Programa de Educação Preventiva ao Uso lndevido de Drogas no Trabalho. Para tanto, utilizou-se de uma amostra constituída de 38 trabalhadores jovens, e os acompanhou durante um período de 12 meses, período no qual realizam o Serviço Militar Constitucional. Através de um processo sócio-interacionista a partir do construcionismo social, de Gergen e Bateson e na aprendizagem integrativa sugerida pela ciência da complexidade, e tomando como base os trabalhos do epistemiologista francês Edgar Morin, atividades em forma de oficinas foram desenvolvidas visando, a partir do resgate histórico, da convivência interativa, da valorização do ético e a sintonia com o estético, a ampliação da autonomia e do protagonismo para uma melhor qualidade de vida no trabalho e para esses trabalhadores. Através do método de simulação e resolução integrativa, nos quais o uso de drogas ou a violência estavam presentes, técnicas de resolução de conflitos, mediação e negociação pró - ativa dentre outras, foram praticadas com vistas à geração da aprendizagem solidária e da resolução participativa. Previa-se que após este aprendizado, os sujeitos da pesquisa poderiam tornar-se verdadeiramente pró - ativos, portanto, mais hábeis na resolução de problemas. Esperava-se a incorporação de estilos saudáveis de viver, preservando mais adequadamente, a própria vida e a saúde. Também, esperava-se o aprimoramento do senso -crítico, da autonomia, a aquisição de habilidades e competências individuais e coletivas na tomada de decisões e, dessa forma tomarem-se melhores pessoas e melhores cidadãos. A eficácia do Programa foi sistematicamente avaliada quer via questionários estruturados (avaliação pontual), avaliando conhecimento, atitudes, comportamentos e ações efetivas para o não uso de drogas e tomadas de decisão. Estes itens foram avaliados em três ocasiões específicas (na admissão, no 3º e no 12º mês). Outras técnicas de avaliação sistemáticas (forma circular), foram intensamente utilizadas nos encontros -Oficinas. Os resultados superaram valores preditivos de 25% iniciais e permitiu concluir que este programa preventivo, pode ser uma boa ferramenta ergonômíca capaz de prevenir o uso de drogas no trabalho e melhorar encaminhamentos, nos casos de trabalhadores já envolvidos com o uso/abuso de drogas, minimizando com isso, os inúmeros desgastes organizacionais
|