Summary: | Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Comunicação e Expressão. Programa de Pós-Graduação em Literatura. === Made available in DSpace on 2012-10-17T14:15:54Z (GMT). No. of bitstreams: 0Bitstream added on 2014-09-25T17:56:45Z : No. of bitstreams: 1
182080.pdf: 19735272 bytes, checksum: f015296e3b0bbb11eece7e5298067b10 (MD5) === Discute as relações entre literatura e informática, tendo como texto tutor o romance-enciclopédia O Dicionário Kazar, do iugoslavo Milorad Pávitch. Reconstitui o conceito de hiperficção em uma perspectiva dialética com o passado literário e teórico. Aponta o hipertexto como teoria corolária de valores estéticos acentuados por estudiosos estruturalistas e pós-estruturalistas como Kristeva, Bakhtin, Umberto Eco, Roland Barthes, Foucault, Gérard Genette, Deleuze, Guattari e Derrida, relacionado-o inda à semiótica, ao movimento concretista, à teoria do caos e da recepção, à medida que todos propõem a abertura da obra, a participação do leitor na sua completude, a dissolução das barreiras entre autor e leitor, a polifonia, a polissemia, a metalinguagem, a visibilidade do aparato da escrita, a mistura de elementos não-verbais aos verbais etc.. Mostra a luta de escritores para vencer a seqüencialidade sugerida pelo aparato impresso desde Don Quixote. Valendo-se do exemplo de obras lúdicas e de arquitetura labiríntica, como as de Borges, Cortázar, Calvino, Pávitch, Joyce, entre outros, propõe e desenvolve os princípios que constituem a hipertextualidade: fragmentação, intertextualidade, provisoriedade, heterogeneidade, multilinearidade, interatividade, simultaneidade, interconectividade e descentramento. Em Pávitch estuda particularmente a imbricação entre forma e conteúdo e as relações entre história e ficção. Ainda examina os paratextos como recursos metalingüísticos, serem colocados a operar a favor de uma leitura antilinear e interativista, que faz o livro movimentar-se em todas as direções.
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