Summary: | Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Agrárias, Programa de Pós-Graduação em Ciência dos Alimentos, Florianópolis, 2017. === Made available in DSpace on 2017-08-01T04:14:27Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2017 === Estudos recentes têm destacado o valor da farinha de inseto como substituto parcial ou total de farinha de peixe para a alimentação aquícola. Do ponto de vista nutricional, dependendo da espécie e/ou fase de vida, os insetos são ricos em proteínas e lipídeos. O objetivo deste trabalho foi investigar o efeito da utilização da farinha de larva de Tenebrio molitor (TM) na dieta do camarão branco do Pacífico (Litopeneaus vannamei), em substituição à farinha de peixe, no que diz respeito ao desempenho zootécnico e qualidade pós-despesca. Inicialmente, foi determinada a composição centesimal e os perfis de aminoácidos e ácidos graxos da TM. Os coeficientes da digestibilidade aparente (CDAs) da TM foram determinados para o camarão L. vannamei e a partir dos resultados dos CDAs da TM foram preparadas cinco dietas com diferentes níveis de substituição de farinha de peixe por TM (0, 25, 50, 75 e 100 %), as quais foram empregadas na avaliação do desempenho zootécnico e qualidade do camarão L. vannamei após seis semanas de cultivo. A TM apresentou teores elevados de proteína(558,2 g kg-1), lipídeos (346,4 g kg-1) e baixo teor de cinzas (30,3 g kg- 1). Possui todos os aminoácidos essenciais, sendo a metionina encontrada em menor quantidade. Os ácidos graxos mais abundantes daTM são o ácido oleico (C18:1n9), seguido do ácido palmítico (C16:0) edo ácido linoleico (C18:2n6), que constituíram 47,17, 17,78 e 15,80 % do total de ácidos graxos, respectivamente. O ácido linolênico foi detectado em uma baixa quantidade, enquanto os ácidos eicosapentaenóico (EPA) e docosahexaenóico (DHA) não foram detectados. Os valores dos CDAs da TM para o camarão L. vannamei foram 45,9 % para matéria seca, 66,5 % para energia, 76,1 % para proteína e para os aminoácidos essenciais os valores variaram de 72 a 86%. O aminoácido metionina mostrou ser o aminoácido limitante da TM para o camarão L. vannamei. Os parâmetros de crescimento avaliados como ganho de peso, taxa de crescimento específico, ingestão alimentar, conversão alimentar, retenção proteica e sobrevivência não foram afetados pela substituição da farinha de peixe por TM (p > 0,05). Em relação à qualidade do camarão L. vannamei, o teor de proteína do músculo não foi afetado (p > 0,05) com a substituição da farinha de peixe pela TM. Contudo, a substituição afetou o teor de lipídeos e o perfil de ácidos graxos (p < 0,05) do camarão. Apesar dos lipídeos serem o menor constituinte do músculo, o seu teor aumentou significativamente com o aumento dos níveis de substituição, enquanto, que os ácidos graxos poli-insaturados EPA e DHA diminuíram linearmente. A cor e a firmeza mantiveram-se inalteradas. Desta forma, com este estudo, sugere-se que a farinha de larva de T. molitor tem um grande potencial para ser utilizada como um ingrediente alternativo à farinha de peixe na dieta do camarão L. vannamei, embora o aminoácido metionina seja limitante. Além disso, é importante melhorar o perfil dos ácidos graxos da larva de T. molitor, uma vez que estes refletem no perfil dos ácidos graxos do camarão, possivelmente por meio da inclusão de fontes de ácidos graxos poli-insaturados na dieta do inseto.<br> === Abstract : Studies on replacing the use of fishmeal in fish diets with insects are showing promising results and have encouraged further research. Insects are a highly nutritious food source, rich in proteins and lipids, depending on the species and stages of development. This study investigated the use of mealworm (MW) as a fishmeal substitute for the farmed shrimp Litopenaeus vannamei, especially the possible influence on performance and postharvest quality. Firstly, the proximate composition, essential amino acid and fatty acid profiles of MW were determined. MW was evaluated for apparent crude protein, aminoacids, and energy digestibility when fed to L. vannamei juvenile. Subsequently, the digestible values of MW were evaluated after six weeks of shrimp culture using five diets containing different proportions of fishmeal replaced by MW (0, 25, 50, 75 and 100 %), the performance and the postharvest quality were evaluated. MW protein values observed were558.2 g kg-1 and lipid values were 346.4 g kg-1. The MW essential amino acids profile showed a low amount of methionine. The fatty acidcompositions of MW showed elevated levels of oleic acid (18:1n9),palmitic acid (16:0) and linoleic acid (18:2n6), corresponding to 47.17,17.78 and 15.8 % of total fatty acids, respectively. MW had a low level of linolenic acid (18:3n3) and no long-chain PUFAs (i.e., EPA and DHA). The values for ADC were: 45.9 % for dry matter, 66.5 % for energy and 76.1 % for crude protein while the ADC value for essential amino acids ranged from 72 to 86 %. Methionine was the only limiting amino acid in MW when used to culture L. vannamei. Weight gain, specific growth rate, feed intake, feed conversion, survival and protein retention were not affected when fishmeal was replaced by MW (p > 0.05). The protein content of shrimps showed no significant differences (p > 0.05) between the treatments. However, the replacement affected the shrimp lipid content and fatty acid profile (p < 0.05). EPA and DHA fatty acids decreased linearly with increasing levels of fishmeal substitution by MW. Colour and firmness were unchanged between the treatments. The results suggested that mealworm is a suitable feed ingredient to replace fishmeal in diets for L. vannamei, although methionine is a limiting amino acid. It is also important to optimize the fatty acid profile of MW, since it reflects in the shrimp?s fatty acid profile, possibly by addiction of polyunsaturated fatty acid sources in the insect diet.
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