Crónica brasileña del siglo XIX y principios del siglo XX en castellano

Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Comunicação e Expressão, Programa de Pós-Graduação em Estudos da Tradução, Florianópolis, 2016. === Made available in DSpace on 2016-09-20T04:35:04Z (GMT). No. of bitstreams: 1 339970.pdf: 2482052 bytes, checksum: 8f0c0aee0374fc80f...

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Bibliographic Details
Main Author: Lázaro Igoa, Rosario
Other Authors: Universidade Federal de Santa Catarina
Language:Spanish
Published: 2016
Subjects:
Online Access:https://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/167919
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Crônicas brasileiras
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Lázaro Igoa, Rosario
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description Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Comunicação e Expressão, Programa de Pós-Graduação em Estudos da Tradução, Florianópolis, 2016. === Made available in DSpace on 2016-09-20T04:35:04Z (GMT). No. of bitstreams: 1 339970.pdf: 2482052 bytes, checksum: 8f0c0aee0374fc80f1c8f2b767be8260 (MD5) Previous issue date: 2016 === A presente tese oferece a seleção e tradução para o castelhano de crônicas brasileiras do século XIX e início do século XX em formato de antologia em tradução comentada. No Capítulo I, apresenta um relevamento da literatura disponível sobre as antologias em tradução, para assim situá-las como um gênero e como um mecanismo crítico. Isso funciona no sentido de estabelecer as diferenças entre as antologias vernáculas e aquelas em tradução, em termos de seleção e desbloqueio, representação e tradução, comentários e crítica (NAAIJKENS, 2006). Orientadas pela instância de publicação, as antologias em tradução: ?enquanto são seleções da (s) reserva (s) de partida, na verdade contribuem à reserva de destino? (ESSMANN; FRANK, 1991: 68). Tal operação serve para advertir as regularidades do suporte material e simbólico da antologia em tradução, a capacidade renovadora ou conservadora em relação às suas circunstâncias pontuais, e seu signo sempre reativo. Paralelamente, é problematizada a capacidade da antologia em tradução como gênero de gêneros, podendo modificar na cultura alvo o gênero que introduz. Neste caso, a pergunta é até que ponto o suporte antologia em tradução transforma a crônica brasileira, ao inseri-la no âmbito da América Hispânica: uma tradição com a que estabelece o diálogo. A análise da poética do jornal, como propõe Marie-Ève Thérenty (2007), é chave para traçar o desenvolvimento comparativo da crônica de um lado e outro do Atlântico, mais precisamente no Rio da Prata e no Brasil, assunto do Capítulo II. O jornal, como espaço colonizado pela literatura no século XIX, propicia o surgimento de gêneros como a crônica, cuja definição é particularmente complexa devido à variabilidade textual no folhetim do jornal, esse ?espaço geográfico? segundo Marlyse Meyer (1992). Desta forma, o deslocamento do ponto de vista para as inovações midiáticas como disrupções (McLUHAN, 1994), serve para tematizar as edições vernáculas e a tradução destas crônicas. Analisa-se assim o percurso das crônicas brasileiras do século XIX e início do século XX, que começa no jornal e nas revistas, passa às edições ? ou fica detido em arquivos físicos só recentemente digitalizados ?; e encontra uma nova circulação graças à antologia em tradução. Nas antologias vernáculas e em tradução, observam-se a introdução de títulos nas crônicas; a supressão em alguns casos das datas e os jornais onde foram publicadas; o corte textual para eliminar a ligação à circunstância específica; e a seleção daqueles textos mais literários, e menos jornalísticos. Já no fim do Capítulo II, apresenta-se uma leitura comparativa de Machado de Assis e o cubano José Martí; e de Pedro Kilkerry e o uruguaio Julio Herrera y Reissig. No diálogo entre a crônica brasileira e a do Rio da Prata, surgem dois elementos que devem ser destacados: o foco da crítica latino-americana na crônica modernista como momento inaugural do gênero; e a propriedade que a crítica brasileira há lançado sobre a crônica produzida neste país, pressupostos que são interrogados nesta análise. O Capítulo III apresenta a justificação do corpus antologizado, e a antologia em si. Para a seleção do corpus, teve-se em conta a tensão inerente ao fato da crônica ser um corpo estranho na página impressa, mas que não prescinde dos fatos. Mesmo atrelada à periodicidade do jornal ou revista, argumenta-se que a crônica pode ser desagregada do jornal em que foi publicada originalmente, e transformar-se em outro texto, como acontece com a antologia proposta. A dimensão irônica, na esteira de Machado de Assis, foi outro elemento privilegiado no recorte. Assim, são apresentadas vinte e sete crônicas traduzidas, de onze cronistas brasileiros, que abarcam de 1854 a 1931. Na medida em que a tradução funciona de forma simultânea com a antologia, busca-se uma releitura pela via de uma tendência arcaizante nas escolhas tradutivas, paralela à atualização que supõe a reinserção dos textos no presente de leitura em outra língua. Há aqui, por tanto, uma radicalização da operação antológica vernácula, em termos midiáticos, ideológicos, culturais e estéticos, ponto que se discute na reflexão sobre a práxis, assunto do Capítulo IV. Ali, são apresentadas reflexões sobre a tradução do gênero crônica. Destaca-se a relevância dos topônimos e antropônimos de textos inseridos em páginas que continham as notícias com as quais estabeleciam o vínculo; além das marcas de pertencer a um cotidiano distante (data, nome do cronista, ausência de títulos) e a alta frequência de marcas culturais, que levaram à discussão das notas de tradução no texto resultante. No corpus heterogêneo, as estratégias nem sempre foram iguais para uma crônica ou outra, respeitando marcas específicas de cada crônica e do projeto de tradução. A vizinhança do português e do castelhano, persuasiva, contribui para realizar a atualização retroativa do conjunto, possibilitando explorar as semelhanças, e diferenças, entre as duas línguas.<br> === Abstract : This thesis proposes an annotated Spanish translation anthology of nineteenth and early twentieth century Brazilian chronicles. After surveying different approaches to translation anthologies in Comparative Literature and Translation Studies (GUILLÉN, 1985; ESSMANN, FRANK, 1990; KITTEL, 1995; BODEKER, ESSMANN, 1997: FRANK, 2001; NAAIJKENS, 2006), its aim was to describe this object as a genre and to describe it as a critical mechanism in which critical, anthological and translational tasks must be addressed simultaneously. It also discusses the dual descriptive and prospective nature of a thesis in the form of an annotated translation, establishing a dialogue with Haroldo de Campos? translation poetic (CAMPOS, 1967; 1969; 1981; 1984; 1992). A comparative reading on the development of the chronicle in nineteenth century France, Brazil and Rio de la Plata is given, with special attention to the media conditions in each space. By articulating the genre?s distinct critical apparatus in Spanish America and Brazil, the difficulties engendered by divergent terminology are highlighted. This analysis helps formulate an operational definition of the chronicle, thus establishing inclusion criteria for the translation anthology. The translation project provides a reading of the Brazilian chronicles and chroniclers included in the corpus, which is followed by the anthology itself in bilingual format. Discussion follows of the peculiarities of translating the chronicle as a genre, as well as of the solutions found for translating from Portuguese to Spanish.
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No Capítulo I, apresenta um relevamento da literatura disponível sobre as antologias em tradução, para assim situá-las como um gênero e como um mecanismo crítico. Isso funciona no sentido de estabelecer as diferenças entre as antologias vernáculas e aquelas em tradução, em termos de seleção e desbloqueio, representação e tradução, comentários e crítica (NAAIJKENS, 2006). Orientadas pela instância de publicação, as antologias em tradução: ?enquanto são seleções da (s) reserva (s) de partida, na verdade contribuem à reserva de destino? (ESSMANN; FRANK, 1991: 68). Tal operação serve para advertir as regularidades do suporte material e simbólico da antologia em tradução, a capacidade renovadora ou conservadora em relação às suas circunstâncias pontuais, e seu signo sempre reativo. Paralelamente, é problematizada a capacidade da antologia em tradução como gênero de gêneros, podendo modificar na cultura alvo o gênero que introduz. Neste caso, a pergunta é até que ponto o suporte antologia em tradução transforma a crônica brasileira, ao inseri-la no âmbito da América Hispânica: uma tradição com a que estabelece o diálogo. A análise da poética do jornal, como propõe Marie-Ève Thérenty (2007), é chave para traçar o desenvolvimento comparativo da crônica de um lado e outro do Atlântico, mais precisamente no Rio da Prata e no Brasil, assunto do Capítulo II. O jornal, como espaço colonizado pela literatura no século XIX, propicia o surgimento de gêneros como a crônica, cuja definição é particularmente complexa devido à variabilidade textual no folhetim do jornal, esse ?espaço geográfico? segundo Marlyse Meyer (1992). Desta forma, o deslocamento do ponto de vista para as inovações midiáticas como disrupções (McLUHAN, 1994), serve para tematizar as edições vernáculas e a tradução destas crônicas. Analisa-se assim o percurso das crônicas brasileiras do século XIX e início do século XX, que começa no jornal e nas revistas, passa às edições ? ou fica detido em arquivos físicos só recentemente digitalizados ?; e encontra uma nova circulação graças à antologia em tradução. Nas antologias vernáculas e em tradução, observam-se a introdução de títulos nas crônicas; a supressão em alguns casos das datas e os jornais onde foram publicadas; o corte textual para eliminar a ligação à circunstância específica; e a seleção daqueles textos mais literários, e menos jornalísticos. Já no fim do Capítulo II, apresenta-se uma leitura comparativa de Machado de Assis e o cubano José Martí; e de Pedro Kilkerry e o uruguaio Julio Herrera y Reissig. No diálogo entre a crônica brasileira e a do Rio da Prata, surgem dois elementos que devem ser destacados: o foco da crítica latino-americana na crônica modernista como momento inaugural do gênero; e a propriedade que a crítica brasileira há lançado sobre a crônica produzida neste país, pressupostos que são interrogados nesta análise. O Capítulo III apresenta a justificação do corpus antologizado, e a antologia em si. Para a seleção do corpus, teve-se em conta a tensão inerente ao fato da crônica ser um corpo estranho na página impressa, mas que não prescinde dos fatos. Mesmo atrelada à periodicidade do jornal ou revista, argumenta-se que a crônica pode ser desagregada do jornal em que foi publicada originalmente, e transformar-se em outro texto, como acontece com a antologia proposta. A dimensão irônica, na esteira de Machado de Assis, foi outro elemento privilegiado no recorte. Assim, são apresentadas vinte e sete crônicas traduzidas, de onze cronistas brasileiros, que abarcam de 1854 a 1931. Na medida em que a tradução funciona de forma simultânea com a antologia, busca-se uma releitura pela via de uma tendência arcaizante nas escolhas tradutivas, paralela à atualização que supõe a reinserção dos textos no presente de leitura em outra língua. Há aqui, por tanto, uma radicalização da operação antológica vernácula, em termos midiáticos, ideológicos, culturais e estéticos, ponto que se discute na reflexão sobre a práxis, assunto do Capítulo IV. Ali, são apresentadas reflexões sobre a tradução do gênero crônica. Destaca-se a relevância dos topônimos e antropônimos de textos inseridos em páginas que continham as notícias com as quais estabeleciam o vínculo; além das marcas de pertencer a um cotidiano distante (data, nome do cronista, ausência de títulos) e a alta frequência de marcas culturais, que levaram à discussão das notas de tradução no texto resultante. No corpus heterogêneo, as estratégias nem sempre foram iguais para uma crônica ou outra, respeitando marcas específicas de cada crônica e do projeto de tradução. A vizinhança do português e do castelhano, persuasiva, contribui para realizar a atualização retroativa do conjunto, possibilitando explorar as semelhanças, e diferenças, entre as duas línguas.<br> Abstract : This thesis proposes an annotated Spanish translation anthology of nineteenth and early twentieth century Brazilian chronicles. After surveying different approaches to translation anthologies in Comparative Literature and Translation Studies (GUILLÉN, 1985; ESSMANN, FRANK, 1990; KITTEL, 1995; BODEKER, ESSMANN, 1997: FRANK, 2001; NAAIJKENS, 2006), its aim was to describe this object as a genre and to describe it as a critical mechanism in which critical, anthological and translational tasks must be addressed simultaneously. It also discusses the dual descriptive and prospective nature of a thesis in the form of an annotated translation, establishing a dialogue with Haroldo de Campos? translation poetic (CAMPOS, 1967; 1969; 1981; 1984; 1992). A comparative reading on the development of the chronicle in nineteenth century France, Brazil and Rio de la Plata is given, with special attention to the media conditions in each space. By articulating the genre?s distinct critical apparatus in Spanish America and Brazil, the difficulties engendered by divergent terminology are highlighted. This analysis helps formulate an operational definition of the chronicle, thus establishing inclusion criteria for the translation anthology. The translation project provides a reading of the Brazilian chronicles and chroniclers included in the corpus, which is followed by the anthology itself in bilingual format. Discussion follows of the peculiarities of translating the chronicle as a genre, as well as of the solutions found for translating from Portuguese to Spanish. 2016-09-20T04:35:04Z 2016-09-20T04:35:04Z 2016 info:eu-repo/semantics/publishedVersion info:eu-repo/semantics/doctoralThesis https://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/167919 339970 spa info:eu-repo/semantics/openAccess reponame:Repositório Institucional da UFSC instname:Universidade Federal de Santa Catarina instacron:UFSC