Summary: | Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em História, Florianópolis, 2016. === Made available in DSpace on 2016-09-20T04:29:37Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2016 === Durante a ditadura civil-militar muitos brasileiros/as deixaram o Brasil no intuito de preservar a vida, escapar da repressão ou perseguição, banidos, por autoexílio, para acompanhar familiares, entre outras circunstâncias que estiveram presentes. O objetivo desta dissertação é verificar de que maneira as relações de gênero e os laços (familiares, afetivos e os conjugais) estiveram presentes nas memórias do exílio político da ditadura civil-militar do Brasil (1964-1979). Desta forma, busco perceber a partir destas duas lentes as importantes relações hierárquicas constituídas ou rompidas no deslocamento exilar e na vida cotidiana do novo contexto. O recorte temporal estabelecido para a pesquisa foi de 1964 com o golpe de estado até 1979 com a Lei de Anistia. O processo de (auto) exclusão vivido de maneira heterogênea se tornou alvo de inúmeras memórias que emergiram durante ou após este período. Desta forma, são fontes para esta dissertação os dois livros do Projeto Memórias do Exílio, autobiografias publicadas, e entrevistas de história oral realizadas para esta pesquisa. Ao longo da pesquisa foi possível perceber a construção hierárquica na qual é pautada a categoria exílio, a influência das relações de gênero para o deslocamento exilar, e as rupturas que o exílio possibilitou com a estadia no exterior. Um ponto muito importante que catalisou novas leituras, mudanças de perspectivas, e transformações comportamentais foi o contato com o feminismo realizado no exterior durante o exílio, e que atravessa todas as análises desta dissertação.<br> === Abstract : During the civil-military dictatorship many Brazilians left their country in order to preserve life, to escape from repression or persecution, by different ways: been banned, autoexile, to accompany family members, and any other circumstances. The objective of this dissertation is to check how gender relations and the relationships (family, affective, and marital) were in the memories of political exile of the civil-military dictatorship in Brazil (1964-1979). Therefore, I seek to perceive from these two lenses the important hierarchical relationships established (or broken) in the exile displacement and everyday life on the new context. The timeline established for this research was from 1964, with the coup d'etat, until 1979, with the Amnesty Law. The process of (self) exclusion heterogeneously experienced became the target of many memories that emerged during or after this period. Thus, the sources for this thesis are two books of Exile Memories Project, autobiographies and oral history interviews, these last ones taken to this research. During the research, it was revealed the hierarchical construction in which is guided the exile category, the influence of gender relations to the exile displacement, and the split-ups enabled by the exile during the time abroad. An important point, which catalyzes new readings, changes of perspective, and behavioral changes, was also the abroad contact with feminism, what goes through all the analysis of this thesis.
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