Summary: | Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social, Florianópolis, 2015. === Made available in DSpace on 2016-04-19T04:19:50Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2015 === Nesta pesquisa, proponho-me a repensar a cidade em que vivo, Florianópolis, a partir de uma perspectiva diferente. Não sou de Florianópolis, mas vivo na cidade há mais de 10 anos e moro em um prédio no Centro da cidade. Escolhi como perspectiva a de moradores de um dos primeiros morros a ser ocupados em Florianópolis, o do Morro do Mocotó, que faz parte do Maciço do Morro da Cruz.Além de levantar dados históricos sobre a ocupação do Morro, escolhi como campo privilegiado de estudo a alimentação, porque a partir dela é possível estudar os sistemas de classificação e os processos de distinção entre eu e o outro, em que a alteridade se constrói também a partir do que se come.O nome do Morro faz referência à comida de mocotó, que é um caldo feito a partir do osso do boi e que leva, em sua composição, outras carnes e arroz. A localidade se tornou conhecida por esse nome, porque na época da construção da ponte Hercílio Luz (1922 a 1926) os operários costumavam subir o Morro para comprar os pratos de mocotó.Mais do que alimentar, o prato também identifica os moradores no sentido de que eles se reconhecem através do mocotó, prato de baixo custo feito a partir do osso do boi, dobradinha e arroz. Além disso, é por saber cozinhar que muitos moradores conseguem se inserir no mercado de trabalho, muitos deles são cozinheiros em restaurantes, escolas ou mesmo cozinham para fora para vender salgadinhos e marmitas.<br> === Abstract : In this research, I propose to rethink the city I live in, Florianópolis, from a different perspective. I am not from Florianópolis, but I have been living in the city for over 10 years in a building downtown. The perspective I have chosen is the one from the residents of one of the first hill suburb to be occupied in Florianópolis, the Mocotó Hill, which is part of a group of sixteen rocky hills called Maciço do Morro da Cruz.Besides raising historical data on the occupation of the slum, I´ve chosen as a privileged field of study the feeding, because having it as a starting point it is possible to study the classification systems and processes distinction between me and the other, in which otherness is also built from what you eat.The name of the slum refers to the dish Mocotó, which is a broth made from the ox calf bones, and, it takes in its recipe, other meats and rice. The place became known by this name because at the time of construction of the Hercílio Luz Bridge (1922-1926), the workers used to climb up the hill to buy the dish.More than feeding, the dish also identifies the residents in the sense that they are recognized by the broth, a low cost dish made from ox bone, tripe and rice. Moreover, it is by knowing how to cook that many residents are able to enter the labor market, many of them are cooks in restaurants, schools or even cook out to sell snacks and lunchboxes.
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