(La) Casa Grande e (la) Senzala Brasiliana tradotta in italiano
Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Comunicação e Expressão, Programa de Pós-Graduação em Estudos da Tradução, Florianópolis, 2015. === Made available in DSpace on 2016-01-15T14:52:18Z (GMT). No. of bitstreams: 1 336881.pdf: 210419986 bytes, checksum: 22c5ab0a0a19960...
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Tradução e interpretação Lingua italiana Literatura brasileira Traduções para o Italiano Cherobin, Nicoletta (La) Casa Grande e (la) Senzala Brasiliana tradotta in italiano |
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Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Comunicação e Expressão, Programa de Pós-Graduação em Estudos da Tradução, Florianópolis, 2015. === Made available in DSpace on 2016-01-15T14:52:18Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2015 === Esta tese tem como objetivo principal analisar a versão italiana de Casa Grande e senzala: formação da família brasileira sob o regime de economia patriarcal (1933), publicada com o título Padroni e schiavi e traduzida por Alberto Pescetto, em 1965, pela editora Einaudi, com ênfase nos paratextos, mais especificamente capas, notas, prefácios e glossários. A tese está dividida em 2 volumes. O primeiro é composto por 3 capítulos. O primeiro capítulo contextualiza o autor e a obra, enfatizando as etapas e os acontecimentos da vida do autor que estão mais envolvidas com a produção de Casa Grande e Senzala. Para a elaboração desse capítulo, foram usadas algumas biografias, mas principalmente o diário que Gilberto Freyre publicou na década de 70 do século passado. O resultado foi perceber a heterogeneidade dos influxos que permeiam a personalidade de Freyre, que o tornam um intelectual extremamente complexo e, em alguns casos, controverso. A segunda parte do capítulo foca na produção intelectual do autor no Brasil e apresenta também suas traduções no continente americano e europeu, com ênfase na Itália. Das dezenas de obras publicadas por Gilberto Freyre, as traduzidas para o italiano foram realizadas entre a década de 50 e a década de 70 do século XX. A análise paratextual dessas obras permitiu comprovar que o sucesso do autor na Itália está associado ao momento histórico da época, tornando a América Latina uma espécie de laboratório de onde extrair novas ideias e soluções para construir um novo modelo para o pós-guerra. Em consequência disso, no segundo capítulo, apresento para o leitor italiano Casa Grande e Senzala, e, em ordem cronológica, trato das traduções publicadas, respectivamente, na Argentina, Estados Unidos e França. O texto traduzido por Benjamin de Garay representa a primeira tradução de Casa Grande e senzala que foi publicada, com o mesmo título, exatamente em 1942, em um programa do governo argentino que incentivava a aproximação política e cultural dos dois países. O mesmo aconteceu nos Estados Unidos, onde o brasilianista Samuel Putnam traduz a obra freyriana com o título The Masters and the slaves em 1946. De fato, entre a Segunda Guerra Mundial e a Guerra Fria, a literatura estrangeira traduzida foi vista pelo governo dos Estados Unidos como ferramenta para conhecer a cultura do outro e como instrumento para fortalecer alianças políticas. A política de  Boa Vizinhança promovida por Franklin Roosevelt é um exemplo disso: a editora estadunidense Knopf, como outras, recebia ajudas governamentais para traduzir e publicar obras estrangeiras. Por último, a tradução francesa Maitres et esclaves foi publicada pela famosa editora Gallimard e o sociólogo Roger Bastide, amigo e colega de Freyre, é o autor da tradução com a participação dos intelectuais da Escola dos Anais: Luciene Febvre e Fernand Braudel. O primeiro e o segundo capítulos foram particularmente úteis para elaborar o terceiro capítulo da tese, já que esse apresenta o texto meta italiano produzido há 50 anos, em 1965, por Alberto Pescetto, e publicado pela editora Einaudi. Nesse capítulo, analiso aspectos paratextuais, como os morfológicos (representados pela capa, contracapa, páginas de rosto) e os discursos de acompanhamento (notas, prefácios, posfácios e glossários), bem como apresento a descrição das estratégias desenvolvidas pelos tradutores na tradução de termos mais ligados à tradição cultural e à geografia brasileira, como  senzala , que é um dos topônimos mais representativos da identidade cultural brasileira de origem africana presente na obra e ligado à época da escravidão; os outros termos analisados são:  casa grande ,  sobrado ,  mocambo ,  quilombo e  sertão . Além disso, dada a importância da presença de termos de origem africana e indígena na língua portuguesa, dediquei espaço também para uma análise mais lexical e etimológica de termos como  maracatu ,  capoeira ,  cafuné ,  caçula e  macumba . O volume 2 da tese, em CD-ROM, contém não somente tabelas que resumem os dados elaborados ao longo do primeiro volume, mas também documentos recolhidos durante os anos da pesquisa, em diversas instituições brasileiras e internacionais, além das imagens dos paratextos analisados, em particular, capas, prefácios, glossários. Para atingir meu objetivo e embasar teoricamente minha tese, usei contribuições de diversas disciplinas, como a antropologia e a história (Schwarcz, 1996, 2000, 2012; Peixoto, 2000; Marx, 1998), além dos teóricos dos Estudos da Tradução (Lefevere 1984, 1990, 1992; Venuti, 1999; Holmes, 1972; Torop, 2010), e dos estudos paratextuais (Gérard Genette ,1989; Marie-Hélène C. Torres,2011; 2014; José Yuste Frias, 2010). A conclusão evidenciou que Padroni e schiavi representa um texto principalmente informativo, caraterizado por escolhas empíricas, como a inserção de regionalismos e brasileirismos no glossário traduzido; em outros casos, o significado de palavras específicas é ampliado e a mesma palavra é frequentemente traduzida com diferentes sinônimos, como a própria senzala, com perdas semânticas dos termos sociológicos, a partir do título que se refere à uma imagem medieval, devido à falta de referências históricas e culturais sobre a escravidão. Essas são justificáveis como estratégias editoriais miradas à difusão da reflexão teórica mais geral defendida por Gilberto Freyre, em contramão às teorias racistas que se difundiram na Europa na primeira metade do século XX. A atenta análise dos elementos paratextuais nesta tese também proporcionou a descoberta de numerosos elementos de contato entre os diversos textos meta apresentados, assim como de algumas caraterísticas meramente distintivas do contexto histórico e cultural de recepção. De fato, a produção de Padroni e schiavi conta com a contribuição dos intelectuais da Ecole des Annales e, indiretamente, do brasilianista Samuel Putnam, responsável da tradução estadunidense usada como referência para a tradução francesa e, em seguida, a italiana. Em particular, e como proposta de pesquisa futura, a análise paratextual da tradução italiana mostrou que uma retradução de Casa Grande e senzala na Itália, levando em conta a  transdisciplinariedade dos Estudos da Tradução, enriquecerá o sistema cultural italiano.<br> === Riassunto : Pubblicata nel 1933, Casa Grande e Senzala di Gilberto Freyre rappresenta una delle più importanti opere di cultura brasiliana in costante dialogo con diverse discipline, dalla sociologia alla storia e dalla geografia all antropologia e diffusa in diversi paesi, tra i quali Stati Uniti, Francia, Portogallo e Italia. Allo scopo di verificare la presenza di Gilberto Freyre proprio in Italia, l obiettivo di questa tesi è di contestualizzare ed analizzare la traduzione italiana di Casa Grande e senzala, intitolata Padroni e schiavi, tradotta da Alberto Pescetto e pubblicata nel 1965 dalla Casa Editrice Einaudi, con enfasi sul paratesto - rappresentato da copertine, note, prefazioni e glossari - e su quegli agenti e fattori socioculturali, politici ed economici ritenuti direttamente coinvolti. Attraverso tale percorso di analisi sarà possibile dimostrare non solo come il particolare momento storico abbia influenzato la diffusione/circolazione della traduzione in Italia ma quanto fondamentale sia stato il contributo dato dalla traduzione statunitense del brasilianista Samuel Putnam: The Masters and the slaves (1946) e da quella francese proposta dal sociologo Roger Bastide: Maîtres et esclaves (1952). Oltre a quella statunitense e francese verrà presentata anche la prima traduzione in lingua straniera, realizzata nel 1942 in Argentina da Benjamin De Garay. Attraverso la nozione di paratraduzione proposta da José Yuste Frías (2010) sarà possibile notare come le scelte traduttive ed editoriali conducono alla produzione di testi con caratteristiche molto diverse tra loro, in base al contesto culturale. Al termine verranno presentate le strategie che il traduttore italiano, Alberto Pescetto, ha messo in atto di fronte alla traduzione di un lessico strettamente legato alla tradizione culturale brasiliana. |
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ndltd-IBICT-oai-repositorio.ufsc.br-123456789-1584262019-01-21T16:33:00Z (La) Casa Grande e (la) Senzala Brasiliana tradotta in italiano Cherobin, Nicoletta Universidade Federal de Santa Catarina Guerini, Andréia Bagno, Sandra Tradução e interpretação Lingua italiana Literatura brasileira Traduções para o Italiano Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Comunicação e Expressão, Programa de Pós-Graduação em Estudos da Tradução, Florianópolis, 2015. Made available in DSpace on 2016-01-15T14:52:18Z (GMT). No. of bitstreams: 1 336881.pdf: 210419986 bytes, checksum: 22c5ab0a0a199601d89aa8d33cb92f1f (MD5) Previous issue date: 2015 Esta tese tem como objetivo principal analisar a versão italiana de Casa Grande e senzala: formação da família brasileira sob o regime de economia patriarcal (1933), publicada com o título Padroni e schiavi e traduzida por Alberto Pescetto, em 1965, pela editora Einaudi, com ênfase nos paratextos, mais especificamente capas, notas, prefácios e glossários. A tese está dividida em 2 volumes. O primeiro é composto por 3 capítulos. O primeiro capítulo contextualiza o autor e a obra, enfatizando as etapas e os acontecimentos da vida do autor que estão mais envolvidas com a produção de Casa Grande e Senzala. Para a elaboração desse capítulo, foram usadas algumas biografias, mas principalmente o diário que Gilberto Freyre publicou na década de 70 do século passado. O resultado foi perceber a heterogeneidade dos influxos que permeiam a personalidade de Freyre, que o tornam um intelectual extremamente complexo e, em alguns casos, controverso. A segunda parte do capítulo foca na produção intelectual do autor no Brasil e apresenta também suas traduções no continente americano e europeu, com ênfase na Itália. Das dezenas de obras publicadas por Gilberto Freyre, as traduzidas para o italiano foram realizadas entre a década de 50 e a década de 70 do século XX. A análise paratextual dessas obras permitiu comprovar que o sucesso do autor na Itália está associado ao momento histórico da época, tornando a América Latina uma espécie de laboratório de onde extrair novas ideias e soluções para construir um novo modelo para o pós-guerra. Em consequência disso, no segundo capítulo, apresento para o leitor italiano Casa Grande e Senzala, e, em ordem cronológica, trato das traduções publicadas, respectivamente, na Argentina, Estados Unidos e França. O texto traduzido por Benjamin de Garay representa a primeira tradução de Casa Grande e senzala que foi publicada, com o mesmo título, exatamente em 1942, em um programa do governo argentino que incentivava a aproximação política e cultural dos dois países. O mesmo aconteceu nos Estados Unidos, onde o brasilianista Samuel Putnam traduz a obra freyriana com o título The Masters and the slaves em 1946. De fato, entre a Segunda Guerra Mundial e a Guerra Fria, a literatura estrangeira traduzida foi vista pelo governo dos Estados Unidos como ferramenta para conhecer a cultura do outro e como instrumento para fortalecer alianças políticas. A política de  Boa Vizinhança promovida por Franklin Roosevelt é um exemplo disso: a editora estadunidense Knopf, como outras, recebia ajudas governamentais para traduzir e publicar obras estrangeiras. Por último, a tradução francesa Maitres et esclaves foi publicada pela famosa editora Gallimard e o sociólogo Roger Bastide, amigo e colega de Freyre, é o autor da tradução com a participação dos intelectuais da Escola dos Anais: Luciene Febvre e Fernand Braudel. O primeiro e o segundo capítulos foram particularmente úteis para elaborar o terceiro capítulo da tese, já que esse apresenta o texto meta italiano produzido há 50 anos, em 1965, por Alberto Pescetto, e publicado pela editora Einaudi. Nesse capítulo, analiso aspectos paratextuais, como os morfológicos (representados pela capa, contracapa, páginas de rosto) e os discursos de acompanhamento (notas, prefácios, posfácios e glossários), bem como apresento a descrição das estratégias desenvolvidas pelos tradutores na tradução de termos mais ligados à tradição cultural e à geografia brasileira, como  senzala , que é um dos topônimos mais representativos da identidade cultural brasileira de origem africana presente na obra e ligado à época da escravidão; os outros termos analisados são:  casa grande ,  sobrado ,  mocambo ,  quilombo e  sertão . Além disso, dada a importância da presença de termos de origem africana e indígena na língua portuguesa, dediquei espaço também para uma análise mais lexical e etimológica de termos como  maracatu ,  capoeira ,  cafuné ,  caçula e  macumba . O volume 2 da tese, em CD-ROM, contém não somente tabelas que resumem os dados elaborados ao longo do primeiro volume, mas também documentos recolhidos durante os anos da pesquisa, em diversas instituições brasileiras e internacionais, além das imagens dos paratextos analisados, em particular, capas, prefácios, glossários. Para atingir meu objetivo e embasar teoricamente minha tese, usei contribuições de diversas disciplinas, como a antropologia e a história (Schwarcz, 1996, 2000, 2012; Peixoto, 2000; Marx, 1998), além dos teóricos dos Estudos da Tradução (Lefevere 1984, 1990, 1992; Venuti, 1999; Holmes, 1972; Torop, 2010), e dos estudos paratextuais (Gérard Genette ,1989; Marie-Hélène C. Torres,2011; 2014; José Yuste Frias, 2010). A conclusão evidenciou que Padroni e schiavi representa um texto principalmente informativo, caraterizado por escolhas empíricas, como a inserção de regionalismos e brasileirismos no glossário traduzido; em outros casos, o significado de palavras específicas é ampliado e a mesma palavra é frequentemente traduzida com diferentes sinônimos, como a própria senzala, com perdas semânticas dos termos sociológicos, a partir do título que se refere à uma imagem medieval, devido à falta de referências históricas e culturais sobre a escravidão. Essas são justificáveis como estratégias editoriais miradas à difusão da reflexão teórica mais geral defendida por Gilberto Freyre, em contramão às teorias racistas que se difundiram na Europa na primeira metade do século XX. A atenta análise dos elementos paratextuais nesta tese também proporcionou a descoberta de numerosos elementos de contato entre os diversos textos meta apresentados, assim como de algumas caraterísticas meramente distintivas do contexto histórico e cultural de recepção. De fato, a produção de Padroni e schiavi conta com a contribuição dos intelectuais da Ecole des Annales e, indiretamente, do brasilianista Samuel Putnam, responsável da tradução estadunidense usada como referência para a tradução francesa e, em seguida, a italiana. Em particular, e como proposta de pesquisa futura, a análise paratextual da tradução italiana mostrou que uma retradução de Casa Grande e senzala na Itália, levando em conta a  transdisciplinariedade dos Estudos da Tradução, enriquecerá o sistema cultural italiano.<br> Riassunto : Pubblicata nel 1933, Casa Grande e Senzala di Gilberto Freyre rappresenta una delle più importanti opere di cultura brasiliana in costante dialogo con diverse discipline, dalla sociologia alla storia e dalla geografia all antropologia e diffusa in diversi paesi, tra i quali Stati Uniti, Francia, Portogallo e Italia. Allo scopo di verificare la presenza di Gilberto Freyre proprio in Italia, l obiettivo di questa tesi è di contestualizzare ed analizzare la traduzione italiana di Casa Grande e senzala, intitolata Padroni e schiavi, tradotta da Alberto Pescetto e pubblicata nel 1965 dalla Casa Editrice Einaudi, con enfasi sul paratesto - rappresentato da copertine, note, prefazioni e glossari - e su quegli agenti e fattori socioculturali, politici ed economici ritenuti direttamente coinvolti. Attraverso tale percorso di analisi sarà possibile dimostrare non solo come il particolare momento storico abbia influenzato la diffusione/circolazione della traduzione in Italia ma quanto fondamentale sia stato il contributo dato dalla traduzione statunitense del brasilianista Samuel Putnam: The Masters and the slaves (1946) e da quella francese proposta dal sociologo Roger Bastide: Maîtres et esclaves (1952). Oltre a quella statunitense e francese verrà presentata anche la prima traduzione in lingua straniera, realizzata nel 1942 in Argentina da Benjamin De Garay. Attraverso la nozione di paratraduzione proposta da José Yuste Frías (2010) sarà possibile notare come le scelte traduttive ed editoriali conducono alla produzione di testi con caratteristiche molto diverse tra loro, in base al contesto culturale. Al termine verranno presentate le strategie che il traduttore italiano, Alberto Pescetto, ha messo in atto di fronte alla traduzione di un lessico strettamente legato alla tradizione culturale brasiliana. 2016-01-15T14:52:18Z 2016-01-15T14:52:18Z 2015 info:eu-repo/semantics/publishedVersion info:eu-repo/semantics/doctoralThesis https://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/158426 336881 ita info:eu-repo/semantics/openAccess reponame:Repositório Institucional da UFSC instname:Universidade Federal de Santa Catarina instacron:UFSC |