Efeitos de dois modelos de periodização do treinamento de força em parâmetros neuromusculares e funcionais de idosos

Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Desportos, Programa de Pós-Graduação em Educação Física, Florianópolis, 2015. === Made available in DSpace on 2015-10-20T03:13:43Z (GMT). No. of bitstreams: 1 334848.pdf: 1033264 bytes, checksum: e75ecea54323ee2d23edfc7ec2061...

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Bibliographic Details
Main Author: Moura, Bruno Monteiro de
Other Authors: Universidade Federal de Santa Catarina
Format: Others
Language:Portuguese
Published: 2015
Subjects:
Online Access:https://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/135686
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Educação física para idosos
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description Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Desportos, Programa de Pós-Graduação em Educação Física, Florianópolis, 2015. === Made available in DSpace on 2015-10-20T03:13:43Z (GMT). No. of bitstreams: 1 334848.pdf: 1033264 bytes, checksum: e75ecea54323ee2d23edfc7ec2061e3b (MD5) Previous issue date: 2015 === O treinamento de força (TF) é benéfico para aumentar a força dinâmica máxima (1RM), força explosiva (taxa de desenvolvimento de força [TDF]), atividade muscular, atraso eletromecânico (AEM) e potência de jovens, adultos e idosos. Pode-se acrescentar que o mesmo também melhora a capacidade funcional (CF) de idosos. Além disso, modelos de periodização do TF fazem-se necessários para aperfeiçoar esses benefícios. Dessa forma o presente estudo teve como objetivo verificar e comparar as respostas neuromusculares e CF em idosos após 12 semanas de intervenção de TF. Quinze idosos foram selecionados e randomicamente divididos em dois grupos com diferentes modelos de periodização (modelo de periodização ondulatória [MPO n=8; 62,5 ± 1,8 anos; 67,1 ± 9,5 kg; 1,63 ± 0,1 m] e modelo de periodização linear [MPL n=7; 65,6 ± 3,4 anos; 74,3 ± 11,8 kg; 1,62 ± 0,1 m]). Os mesmos foram submetidos a 4 semanas de período controle e posteriormente a 12 semanas de intervenção TF. Os indivíduos do estudo foram avaliados a cada final de período (semana -4, 0, 4, 8 e 12). Os resultados do presente estudo indicam aumento da TDF normalizada, nos períodos 0-100, 0-150 ms foi observado um aumento significativo para ambos os grupos entre o período controle e a oitava semana de intervenção (MPO: p=0,035 e MPL: p=0,025), sem diferença entre os grupos (p>0,05). No presente estudo não foi verificada redução do AEM dos extensores do joelho para ambos os grupos em nenhum período avaliado. Já para os valores 1-RM houve aumento significativo para ambos os grupos entre o período controle e o término da intervenção (MPO 42,3 ± 9,5%, TE [tamanho do efeito] = 1,9, MPL 36,96 ± 11,55%, TE = 1,0) (p=0,001), sem diferença entre os grupos (p>0,05). O mesmo comportamento foi observado para a atividade muscular dos extensores do joelho (vastus lateralis e rectus femoris) (MPO 96,8 ± 75,3%, TE = 1,66 e MPL 42,4 ± 99,%, TE=0,25) (p=0,011). Já para a atividade muscular do biceps femoris não foram observadas diferenças significativas após 12 semanas de intervenção para os grupos, bem como diferenças significativas entre os mesmos (MPO 15,34 ± 105,2%, TE = 0,18 e MPL -11,8 ± 72,9%, TE = -0,12). No teste sentar e levantar 30 s o grupo MPO obteve aumento significativo no número de repetições (18,8 ± 19,0%, p=0,01) entre o período controle e o término da intervenção. No entanto, não foi observado aumento para o grupo MPL (p>0,05). Nos testes de subir degraus houve uma redução significativa no tempo para o grupo MPO (4,1 ± 1,0 s para 2,6 ± 0,4 s, p=0,002), porém não foi verificada redução para o grupo MPL (3,4 ± 0,6 s 2,8 ± 0,4 s, p>0,05). No teste de descer degraus o grupo MPO obteve redução significativa no tempo após período de intervenção (3,5 ± 0,9 s para 2,5 ± 0,4 s, p=0,027) assim como no grupo MPL (3,4 ± 0,9 s para 2,7 ± 0,5 s; p=0,040). Na comparação entre grupos somente para o teste de descer escadas, o grupo MPO obteve redução significativa em comparação com o grupo MPL (p=0,027). No teste levantar, ir e voltar 3 m houve redução significativa para ambos os grupos, sem diferenças estatísticas entre os mesmos (5,2 ± 0,8 s para 4,3 ± 0,9 s; p=0,01 e 5,2 ± 0,9 s para 4,7 ± 0,8 s; p=0,03, para MPO e MPL respectivamente). A partir dos resultados do presente estudo pode-se concluir que os modelos de periodização estudados demonstraram aumento no 1RM, atividade muscular, porém ambas as variáveis com maior efeito para o MPO. Embora não tenha ocorrido redução do AEM, os grupos obtiveram melhoras na capacidade de força explosiva (i.e. TDF). Além disso, os resultados sugerem que o maior efeito observado para o grupo MPO gerou melhor desempenho funcional em comparação com o grupo MPL para alguns testes funcionais.<br> === Abstract : Strength training (ST) is beneficial to increase the maximum dynamic strength (1RM), explosive strength (rate of force development [RFD]), electromyographic activity (EMG), electromechanical delay (EMD) and power of youth, adults, and elderly. Also ST is beneficial to increase functional capacity (FC) of the elderly. In addition, the ST periodization models are required in order to optimize these benefits. The aim of the present study was to verify and compare the neuromuscular responses and FC in the elderly after 12 weeks of ST intervention. Experimentally fifteen elderly were selected and randomly divided into 2 groups with different periodization models (non-linear periodization model [NPM, n = 8; 62,5 ± 1,8 yr; 67,1 ± 9,5 kg; 1,63 ± 0,1 m] and linear periodization model [LPM, n = 7; 65,6 ± 3,4 yr; 74,3 ± 11,8 kg; 1,62 ± 0,1 m]). They were submitted to 1 month period control and then three months of ST intervention. The subjects were evaluated at end of each period (i.e. 4-5 times). The present data indicate that normalized RFD demonstrated significant increases for both groups until the eighth week (NLM: p=0.035 and LPM: 0.025) with no difference between groups (p>0.05). There was not observed any difference in EMD in the present study (p>0.05). The present data indicated increase in 1RM for both groups NPM (42.3 ± 9.5%, ES [effect size] = 1.9) and LPM (36.9 ± 11.5%, ES = 1.0), with no difference between groups. The EMG activity of the knee extensors (vastus lateralis and rectus femoris) groups increased (96.8 ± 75.3% NPM, ES = 1.66 and LPM 10.9 ± 42.2%, ES = 0.25) with no differences between groups (p>0.05), but the NPM group demonstrated higher ES. The biceps femoris EMG activity didn?t show increase after 12 weeks of intervention for both groups, neither significant differences between groups (NPM 15.34 ± 105.2%, ES = 0.18 and LPM -11,8 ± 72.9%, ES = -0.12). For 30-s sit-to-stand test the NPM group had significantly increase the number of repetitions (18.75 ± 19.0%, p=0.01), however the same was not observed for the LPM group (p>0.05). In upstairs test (-31.2 ± 15.2 s, p=0.002) and the down stairs test (-24.0 ± 21.3 s, p = 0.02) there was a reduction in the time for NPM group. There was not detected reduction for LPM group in upstairs test (3.4 ± 0.6 s to 2.8 ± 0.4 s, p>0.05) however at downstairs test LPM group reduced the time (3.4 ± 0.9 s to 2.7 ± 0.5 s; p=0.040). Comparing the groups to each other only for downstairs test, the NPM had a significant reduction compared to the LPM group (p=0.027). The timed up and go test demonstrated significantly decrease for both groups (NPM p=0.01, and LPM p=0.03) with no statistical differences between them (p>0.05). Thus, it can be concluded that the periodization models studied improved explosive force capacity (i.e. RFD), however there there was no reduction in EMD variable. Although, the periodization models showed increases in 1RM, and EMG activity, but both variables with greater effect to NPM. Furthermore, it appears that most effect on NPM led to better functional performance compared to LPM for some functional tests.
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Além disso, modelos de periodização do TF fazem-se necessários para aperfeiçoar esses benefícios. Dessa forma o presente estudo teve como objetivo verificar e comparar as respostas neuromusculares e CF em idosos após 12 semanas de intervenção de TF. Quinze idosos foram selecionados e randomicamente divididos em dois grupos com diferentes modelos de periodização (modelo de periodização ondulatória [MPO n=8; 62,5 ± 1,8 anos; 67,1 ± 9,5 kg; 1,63 ± 0,1 m] e modelo de periodização linear [MPL n=7; 65,6 ± 3,4 anos; 74,3 ± 11,8 kg; 1,62 ± 0,1 m]). Os mesmos foram submetidos a 4 semanas de período controle e posteriormente a 12 semanas de intervenção TF. Os indivíduos do estudo foram avaliados a cada final de período (semana -4, 0, 4, 8 e 12). Os resultados do presente estudo indicam aumento da TDF normalizada, nos períodos 0-100, 0-150 ms foi observado um aumento significativo para ambos os grupos entre o período controle e a oitava semana de intervenção (MPO: p=0,035 e MPL: p=0,025), sem diferença entre os grupos (p>0,05). No presente estudo não foi verificada redução do AEM dos extensores do joelho para ambos os grupos em nenhum período avaliado. Já para os valores 1-RM houve aumento significativo para ambos os grupos entre o período controle e o término da intervenção (MPO 42,3 ± 9,5%, TE [tamanho do efeito] = 1,9, MPL 36,96 ± 11,55%, TE = 1,0) (p=0,001), sem diferença entre os grupos (p>0,05). O mesmo comportamento foi observado para a atividade muscular dos extensores do joelho (vastus lateralis e rectus femoris) (MPO 96,8 ± 75,3%, TE = 1,66 e MPL 42,4 ± 99,%, TE=0,25) (p=0,011). Já para a atividade muscular do biceps femoris não foram observadas diferenças significativas após 12 semanas de intervenção para os grupos, bem como diferenças significativas entre os mesmos (MPO 15,34 ± 105,2%, TE = 0,18 e MPL -11,8 ± 72,9%, TE = -0,12). No teste sentar e levantar 30 s o grupo MPO obteve aumento significativo no número de repetições (18,8 ± 19,0%, p=0,01) entre o período controle e o término da intervenção. No entanto, não foi observado aumento para o grupo MPL (p>0,05). Nos testes de subir degraus houve uma redução significativa no tempo para o grupo MPO (4,1 ± 1,0 s para 2,6 ± 0,4 s, p=0,002), porém não foi verificada redução para o grupo MPL (3,4 ± 0,6 s 2,8 ± 0,4 s, p>0,05). No teste de descer degraus o grupo MPO obteve redução significativa no tempo após período de intervenção (3,5 ± 0,9 s para 2,5 ± 0,4 s, p=0,027) assim como no grupo MPL (3,4 ± 0,9 s para 2,7 ± 0,5 s; p=0,040). Na comparação entre grupos somente para o teste de descer escadas, o grupo MPO obteve redução significativa em comparação com o grupo MPL (p=0,027). No teste levantar, ir e voltar 3 m houve redução significativa para ambos os grupos, sem diferenças estatísticas entre os mesmos (5,2 ± 0,8 s para 4,3 ± 0,9 s; p=0,01 e 5,2 ± 0,9 s para 4,7 ± 0,8 s; p=0,03, para MPO e MPL respectivamente). A partir dos resultados do presente estudo pode-se concluir que os modelos de periodização estudados demonstraram aumento no 1RM, atividade muscular, porém ambas as variáveis com maior efeito para o MPO. Embora não tenha ocorrido redução do AEM, os grupos obtiveram melhoras na capacidade de força explosiva (i.e. TDF). Além disso, os resultados sugerem que o maior efeito observado para o grupo MPO gerou melhor desempenho funcional em comparação com o grupo MPL para alguns testes funcionais.<br> Abstract : Strength training (ST) is beneficial to increase the maximum dynamic strength (1RM), explosive strength (rate of force development [RFD]), electromyographic activity (EMG), electromechanical delay (EMD) and power of youth, adults, and elderly. Also ST is beneficial to increase functional capacity (FC) of the elderly. In addition, the ST periodization models are required in order to optimize these benefits. The aim of the present study was to verify and compare the neuromuscular responses and FC in the elderly after 12 weeks of ST intervention. Experimentally fifteen elderly were selected and randomly divided into 2 groups with different periodization models (non-linear periodization model [NPM, n = 8; 62,5 ± 1,8 yr; 67,1 ± 9,5 kg; 1,63 ± 0,1 m] and linear periodization model [LPM, n = 7; 65,6 ± 3,4 yr; 74,3 ± 11,8 kg; 1,62 ± 0,1 m]). They were submitted to 1 month period control and then three months of ST intervention. The subjects were evaluated at end of each period (i.e. 4-5 times). The present data indicate that normalized RFD demonstrated significant increases for both groups until the eighth week (NLM: p=0.035 and LPM: 0.025) with no difference between groups (p>0.05). There was not observed any difference in EMD in the present study (p>0.05). The present data indicated increase in 1RM for both groups NPM (42.3 ± 9.5%, ES [effect size] = 1.9) and LPM (36.9 ± 11.5%, ES = 1.0), with no difference between groups. The EMG activity of the knee extensors (vastus lateralis and rectus femoris) groups increased (96.8 ± 75.3% NPM, ES = 1.66 and LPM 10.9 ± 42.2%, ES = 0.25) with no differences between groups (p>0.05), but the NPM group demonstrated higher ES. The biceps femoris EMG activity didn?t show increase after 12 weeks of intervention for both groups, neither significant differences between groups (NPM 15.34 ± 105.2%, ES = 0.18 and LPM -11,8 ± 72.9%, ES = -0.12). For 30-s sit-to-stand test the NPM group had significantly increase the number of repetitions (18.75 ± 19.0%, p=0.01), however the same was not observed for the LPM group (p>0.05). In upstairs test (-31.2 ± 15.2 s, p=0.002) and the down stairs test (-24.0 ± 21.3 s, p = 0.02) there was a reduction in the time for NPM group. There was not detected reduction for LPM group in upstairs test (3.4 ± 0.6 s to 2.8 ± 0.4 s, p>0.05) however at downstairs test LPM group reduced the time (3.4 ± 0.9 s to 2.7 ± 0.5 s; p=0.040). 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