Summary: | Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Bioquímica, Florianópolis, 2014. === Made available in DSpace on 2015-10-13T04:00:50Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2014 === Os hidrocarbonetos policíclicos aromáticos (HPAs) estão entre os principais contaminantes nos ambientes aquáticos. Dentre os HPAs, o fenantreno é um dos mais abundantes nos ambientes marinhos. Além dos danos causados ao ecossistema, a bioacumulação deste xenobiótico pelos animais pode alterar sua homeostase, através da indução de várias respostas para sua eliminação. Entre estas, está a indução de genes que codificam proteínas envolvidas com a biotransformação, defesas antioxidantes e apoptose. Mecanismos de defesas contra xenobióticos são amplamente estudados em animais vertebrados principalmente mamíferos, no entanto em invertebrados ainda existem poucas informações, comparativamente. A compreensão dos mecanismos moleculares de defesas desses animais auxiliará na sua utilização como biomarcadores de contaminação ambiental. Para esses estudos são necessários organismos modelos, como a ostra do mangue Crassostrea brasiliana, que se apresenta como um organismo sentinela adequado para avaliação e monitoramento de ambientes contaminados. Este trabalho analisa a transcrição de genes relacionados a vias de biotransformação e de defesa celular contra xenobióticos no manto desta espécie. O xenobiótico utilizado foi o HPA fenantreno, sendo realizada a exposição dos animais em duas concentrações subletais (100 µg.L-1 e 1000 µg.L-1), e três tempos de exposição (1, 5 e 10 dias). Foi observada uma indução na transcrição de genes da biotransformação de fase I (CYP2AU1, CYP2C8-like, CYP17A1-like e CYP3A-like) e genes envolvidos com a apoptose (Caspases 7, 8 e a p53), principalmente nos animais expostos na concentração de 1000 µg.L-1 de fenantreno. Os resultados observados mostram que a exposição desses animais ao fenantreno, desencadeia uma série de respostas transcricionais, evidenciando estratégias de proteção do organismo frente a uma agressão química, de forma semelhante ao que ocorre em mamíferos. Os resultados demonstram ainda que o manto apresenta respostas destes sistemas de transcrição mais tardias em relação à brânquia e a glândula.<br> === Abstract : Polycyclic aromatic hydrocarbons (PAHs) are among the main contaminants in aquatic environments. Among the PAHs phenanthrene is one of the most abundant in marine environments. In addition to the damage to the ecosystem, bioaccumulation of xenobiotic by animals can change its homeostasis, by inducing several defense systems to its elimination. Among these is the induction of genes that encode proteins involved in biotransformation, antioxidant defenses and apoptosis. Defense mechanisms against xenobiotic exposure are widely studied in mammals mainly vertebrates, however in invertebrates there is little information, comparatively. Understanding the molecular mechanisms of defense of these animals will aid in their use as biomarkers of environmental contamination. Model organisms are required to run these studies, such as the mangrove oyster Crassostrea brasiliana, which is a suitable sentinel organism for evaluation and monitoring of contaminated environments. This work analyzes the transcription of genes related to biotransformation pathways and cellular defense against xenobiotics in the mantle of this species. Phenanthrene, a model PAH, was used in the exposure of the animals. Experiments were carried out using two sublethal concentrations (100 and 1000 ?g.L-1), and three exposure times (1, 5 and 10 days). Induction was observed in the transcription of genes Phase I biotransformation (CYP2AU1, CYP2C8-like CYP17A1-like and CYP3A-like), and genes involved in apoptosis (Caspases 7, 8 and p53), especially in animals exposed to the concentration 1000 ?g.L-1 phenanthrene. Our results show that exposure of these animals to phenanthrene, triggers a cascade of transcriptional responses, indicating protection strategies of the organism to a chemical aggression, similarly to what occurs in mammals. The results further demonstrate that the mantle shows later transcriptional responses than the gill and the gland when exposed to this chemical.
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