Jogaretê: atravessar a travessia

Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Comunicação e Expressão, Programa de Pós-Graduação em Literatura, Florianópolis, 2015. === Made available in DSpace on 2015-04-29T21:09:54Z (GMT). No. of bitstreams: 1 333083.pdf: 808977 bytes, checksum: 8a9590459d0d9ce169f28...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Azevedo, Raquel de
Other Authors: Universidade Federal de Santa Catarina
Language:Portuguese
Published: 2015
Subjects:
Online Access:https://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/132471
Description
Summary:Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Comunicação e Expressão, Programa de Pós-Graduação em Literatura, Florianópolis, 2015. === Made available in DSpace on 2015-04-29T21:09:54Z (GMT). No. of bitstreams: 1 333083.pdf: 808977 bytes, checksum: 8a9590459d0d9ce169f2870c59fa7aa0 (MD5) Previous issue date: 2015 === Este trabalho é um experimento com o conto Meu tio o Iauaretê, de Guimarães Rosa, semelhante ao de Lévi-Strauss com o mito do desaninhador de pássaros em O cru e o cozido: toma-o como um conjunto de mitemas, matemas ou literatemas que põe em contato e contágio outros fragmentos dos manuscritos e da prosa rosiana. Mas trata-se, aqui, de testar a hipótese contrária ao que diz Lévi-Strauss em A origem dos modos à mesa: experimentar partir da literatura, do encontro do onceiro com Maria-Maria, para chegar a esse elemento irredutível das composições de mitemas que é a diferença. A hipótese é que Meu tio o Iauaretê só pode ser lido em multidão, à deriva. Seria preciso, portanto, multiplicar o jogo de espelhos que aparece no conto através do uso do travessão, da supressão das conjunções, da embriaguez da escrita - experiência estética que Rosa irá repetir em Grande Sertão: Veredas. Eu - Macuncôzo é a última operação de espelhamento do onceiro, um ponto em que não há formação de imagens, de indecidibilidade entre natureza e cultura, de máxima indissociabilidade entre os afetos e a política.<br> === Abstract : This work is an experiment with the story Meu tio o Iauaretê, from Guimarães Rosa, similar to Lévi-Strauss' with the myth of the bird-nester in The Raw and the Cooked, which means to take it as a set of mythemes, mathemes or literathemes that puts in touch other fragments from Rosa's manuscripts and prose. However the matter of this work is to test the opposite hypothesis to what says Lévi-Strauss in The Origin of Table Manners: to get from literature, from the meeting of the jaguar hunter with Maria-Maria, to the irreducible element of the compositions of mythemes that is difference. The hypothesis is that Meu tio o Iauaretê can only be read in multitude, drifting. It would be therefore necessary to multiple the game of mirrors that appears in the story through the use of dash, abolition of conjunctions, drinking writing - aesthetic experience that Rosa will repeat in The Devil to Pay in the Backlands. I - Macuncôzo is the last mirroring operation from the jaguar hunter, a point where there is no imaging, a point of undecidability between nature and culture, of maximum inseparability between affects and politics.