O schwa na (inter) língua de aprendizes de FLE

Dissertação(mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Comunicação e Expressão, Programa de Pós-Graduação em Linguística, Florianópolis, 2013 === Made available in DSpace on 2015-03-18T20:52:15Z (GMT). No. of bitstreams: 1 329965.pdf: 5488165 bytes, checksum: ea3f128526ed47e247972...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Andrade, Maria Eugênia Gonçalves de
Other Authors: Universidade Federal de Santa Catarina
Format: Others
Language:Portuguese
Published: 2015
Subjects:
Online Access:https://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/130904
Description
Summary:Dissertação(mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Comunicação e Expressão, Programa de Pós-Graduação em Linguística, Florianópolis, 2013 === Made available in DSpace on 2015-03-18T20:52:15Z (GMT). No. of bitstreams: 1 329965.pdf: 5488165 bytes, checksum: ea3f128526ed47e247972d2cbd65f5ea (MD5) Previous issue date: 2013 === Esta pesquisa está situada, especialmente, no âmbito da Fonética Acústica e traz como objeto de estudo um fenômeno linguístico da língua francesa conhecido como E-mudo (E-muet), representado pelo símbolo "e" do francês, o schwa. A base teórica deste estudo reúne uma síntese detalhada acerca das pesquisas sobre esse fenômeno nos níveis fonético e fonológico, e discute também os estudos sobre a Interlíngua, a qual se compreende como um percurso natural que todo adulto aprendiz de língua estrangeira percorre durante seu aprendizado. Com relação à problemática do schwa, considera-se que a maneira de pronunciar as palavras que contêm essa vogal pode variar e, dessa forma, a instabilidade fonética dessa vogal dá-se pelo fato de que, em uma mesma palavra, pode ocorrer sua realização, ou seu apagamento sem que isso comprometa o sentido semântico do enunciado. É também uma variável importante o contexto silábico e prosódico em que o schwa foi produzido, pois seu timbre pode variar entre as duas vogais médias anteriores e arredondadas francesas, o /Ø/ e o /oe/". O corpus e a metodologia são uma adaptação do projeto internacional Phonologie du Français Contemporain (PFC) e, dessa forma, a pesquisa contou com a participação de oito aprendizes brasileiros de FLE do curso de Letras-Francês da Universidade Federal de Santa Catarina e quatro participantes nativos da região de Paris. Os resultados mostraram que as taxas de apagamento entre os grupos de aprendizes e de nativos de ambos os sexos são bastante equivalentes e estão de acordo com o que a literatura prevê para as regiões de apagamento facultativo ou obrigatório. O schwa, tanto dos aprendizes de nível avançado quanto de nativos, tende a realizar-se como uma vogal média-alta anterior e arredondada [Ø]. No entanto, o schwa produzido pelos aprendizes de nível intermediário é mais baixo, mais anterior e mais arredondado do que o schwa produzido pelos nativos, mostrando que a produção do schwa dos aprendizes desse nível pode ocorrer também sobreposta à região de dispersão da vogal [e]. E, por fim, verificamos que o schwa dos nativos tem duração relativa menor do que o dos grupos de aprendizes e demonstram, a partir dos testes estatísticos, que essas diferenças duracionais são significativas quando se compara nativos com aprendizes.<br>