As estruturas possíveis: teoria goodmaniana dos signos e estruturalismo

Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Comunicação e Expressão, Programa de Pós-Graduação em Linguística, Florianópolis, 2014. === Made available in DSpace on 2014-08-06T17:55:20Z (GMT). No. of bitstreams: 1 327436.pdf: 1540902 bytes, checksum: 31bc4ce6a0366625dc3...

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Bibliographic Details
Main Author: Burigo, Henrique
Other Authors: Universidade Federal de Santa Catarina
Format: Others
Language:Portuguese
Published: 2014
Subjects:
Online Access:https://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/123192
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Epistemologia
Estetica
Semiotica
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Burigo, Henrique
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description Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Comunicação e Expressão, Programa de Pós-Graduação em Linguística, Florianópolis, 2014. === Made available in DSpace on 2014-08-06T17:55:20Z (GMT). No. of bitstreams: 1 327436.pdf: 1540902 bytes, checksum: 31bc4ce6a0366625dc3eb25a7dc1eab1 (MD5) Previous issue date: 2014 === Este trabalho, seguindo a orientação de estabelecer e reforçar canais de comunicação entre as pesquisas linguística e filosófica, propõe-se a contrastar estudos que tenham como meta a elucidação das estruturas de sistemas simbólicos. Mais precisamente, selecionando como objeto de uma análise crítica (à luz dos estudos linguísticos, principalmente do estruturalismo de inspiração saussuriana, com suas contribuições originais e desdobramentos posteriores) a teoria geral dos símbolos apresentada pelo filósofo Nelson Goodman no livro As linguagens da arte: uma abordagem a uma teoria dos símbolos. Uma das principais razões para tal escolha reside na abrangência e generalidade das formulações aí encontradas, pois Goodman não se limita a compilar uma lista de critérios para uma correta apreciação estética, e se inicialmente trata os sistemas simbólicos na Arte, é porque para ele as operações interpretativas e a manipulação de símbolos levadas a cabo na experimentação artística têm um papel cognitivo comparável não apenas ao dos "objetos" tais como nos aparecem na percepção, mas também àquele atribuído aos aparatos lógico-matemáticos com que se constroem modelos científicos destinados a descrever objetivamente a realidade empírica. Se considerarmos que, de forma ainda mais evidente (e categórica) do que ocorre na meditação e reinvenção de sistemas simbólicos que constitui o exercício da Arte, a língua é o meio por excelência de estruturação do que chamamos "nosso mundo", teremos um vislumbre do interesse que a contribuição goodmaniana possa ter para os estudos da linguagem em geral. Para Goodman - o que, de resto, constituía ponto pacífico para Saussure -, signos só desempenham seu papel dentro de sistemas (que são governados por regras sintáticas e semânticas capazes de vitalizar os respectivos símbolos). Esta participação dos signos em sistemas que definem ou determinam seu funcionamento exige que se identifiquem as características e propriedades desses conjuntos de elementos solidariamente interligados. Se o sistema é importante, como ele se estabelece? Quais os nexos que não apenas os associam, mas permitem que se reconheça e interprete cada signo? Tendo em vista as relações estruturais que vigem, seja na camada de um repertório lexical (cujas unidades alternativas são vistas na perspectiva goodmaniana como etiquetas ou "labels"), seja na distribuição e agrupamento variável de seus domínios extensionais, seja no âmbito global dos diversos schemata que Goodman propõe como modelos de análise, é natural que nos disponhamos a estudar como tais elementos se constituem, como se articulam e se tornam perceptíveis em suas várias configurações possíveis. E é igualmente nesse sentido preciso que a análise saussuriana das relações diferenciais e da emergência de unidades (segundo as "ordens" ou níveis de organização considerados) parece oferecer uma série de insights valiosos.<br> === Abstract : This work, aiming to set up and strengthen channels of communication between linguistic and philosophical researches, intends to contrast studies focused on the elucidation of the structure of symbolic systems. More precisely, it takes as an object of critical analysis (in the light of linguistic studies, especially Saussure's structuralism with its original contributions and later developments) the general theory of symbols presented by the philosopher Nelson Goodman in Languages of art: an approach to a theory of symbols. One main reason for this choice lies in the breadth and generality of the formulations found in his book. Goodman does not simply compile a list of criteria for a correct aesthetic appreciation, and if he is primarily concerned with symbolic systems in art that is because in his view the interpretative procedures and symbol manipulation carried out in artistic experimentation have a cognitive role comparable not only to the "objects" such as appear in perception, but to the very scientific models devised to describe objectively empirical reality. If we consider that - even more clearly (and categorically) than it can be seen in artistic meditation and its reinvention of symbolic systems - language is the means par excellence of structuring what we call "our world", we get a glimpse of how important Goodman's contribution may be in the study of language in general. For Goodman - and for Saussure himself, for that matter - signs only play their role within systems (which are governed by syntactic and semantic rules able to vitalize their symbols). This participation in systems - which define or determine each sign in its functioning - leads to the investigation and identification of the relevant features and properties that distinguish these sets of intimately connected elements. If the system is important, how does it establish itself? What are the connections that not only associate, but allow us to recognize and interpret signs? In view of the structural relationships that hold within a lexical repertoire (whose alternate units are conceived by Goodman as "labels") and in the variable distribution and grouping of its extensional domains (or even in the multiple schemata offered by Goodman as models for analysis), it is promising to seek a new perspective on how these elements are articulated and how they become noticeable in their many possible configurations. And it is also in this sense that Saussure's analysis of differential relations and the emergence of "units" (according to the "orders" or levels of organization considered) seems to offer valuable insights.
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Mais precisamente, selecionando como objeto de uma análise crítica (à luz dos estudos linguísticos, principalmente do estruturalismo de inspiração saussuriana, com suas contribuições originais e desdobramentos posteriores) a teoria geral dos símbolos apresentada pelo filósofo Nelson Goodman no livro As linguagens da arte: uma abordagem a uma teoria dos símbolos. Uma das principais razões para tal escolha reside na abrangência e generalidade das formulações aí encontradas, pois Goodman não se limita a compilar uma lista de critérios para uma correta apreciação estética, e se inicialmente trata os sistemas simbólicos na Arte, é porque para ele as operações interpretativas e a manipulação de símbolos levadas a cabo na experimentação artística têm um papel cognitivo comparável não apenas ao dos "objetos" tais como nos aparecem na percepção, mas também àquele atribuído aos aparatos lógico-matemáticos com que se constroem modelos científicos destinados a descrever objetivamente a realidade empírica. Se considerarmos que, de forma ainda mais evidente (e categórica) do que ocorre na meditação e reinvenção de sistemas simbólicos que constitui o exercício da Arte, a língua é o meio por excelência de estruturação do que chamamos "nosso mundo", teremos um vislumbre do interesse que a contribuição goodmaniana possa ter para os estudos da linguagem em geral. Para Goodman - o que, de resto, constituía ponto pacífico para Saussure -, signos só desempenham seu papel dentro de sistemas (que são governados por regras sintáticas e semânticas capazes de vitalizar os respectivos símbolos). Esta participação dos signos em sistemas que definem ou determinam seu funcionamento exige que se identifiquem as características e propriedades desses conjuntos de elementos solidariamente interligados. Se o sistema é importante, como ele se estabelece? Quais os nexos que não apenas os associam, mas permitem que se reconheça e interprete cada signo? Tendo em vista as relações estruturais que vigem, seja na camada de um repertório lexical (cujas unidades alternativas são vistas na perspectiva goodmaniana como etiquetas ou "labels"), seja na distribuição e agrupamento variável de seus domínios extensionais, seja no âmbito global dos diversos schemata que Goodman propõe como modelos de análise, é natural que nos disponhamos a estudar como tais elementos se constituem, como se articulam e se tornam perceptíveis em suas várias configurações possíveis. E é igualmente nesse sentido preciso que a análise saussuriana das relações diferenciais e da emergência de unidades (segundo as "ordens" ou níveis de organização considerados) parece oferecer uma série de insights valiosos.<br> Abstract : This work, aiming to set up and strengthen channels of communication between linguistic and philosophical researches, intends to contrast studies focused on the elucidation of the structure of symbolic systems. More precisely, it takes as an object of critical analysis (in the light of linguistic studies, especially Saussure's structuralism with its original contributions and later developments) the general theory of symbols presented by the philosopher Nelson Goodman in Languages of art: an approach to a theory of symbols. One main reason for this choice lies in the breadth and generality of the formulations found in his book. Goodman does not simply compile a list of criteria for a correct aesthetic appreciation, and if he is primarily concerned with symbolic systems in art that is because in his view the interpretative procedures and symbol manipulation carried out in artistic experimentation have a cognitive role comparable not only to the "objects" such as appear in perception, but to the very scientific models devised to describe objectively empirical reality. If we consider that - even more clearly (and categorically) than it can be seen in artistic meditation and its reinvention of symbolic systems - language is the means par excellence of structuring what we call "our world", we get a glimpse of how important Goodman's contribution may be in the study of language in general. For Goodman - and for Saussure himself, for that matter - signs only play their role within systems (which are governed by syntactic and semantic rules able to vitalize their symbols). This participation in systems - which define or determine each sign in its functioning - leads to the investigation and identification of the relevant features and properties that distinguish these sets of intimately connected elements. If the system is important, how does it establish itself? What are the connections that not only associate, but allow us to recognize and interpret signs? In view of the structural relationships that hold within a lexical repertoire (whose alternate units are conceived by Goodman as "labels") and in the variable distribution and grouping of its extensional domains (or even in the multiple schemata offered by Goodman as models for analysis), it is promising to seek a new perspective on how these elements are articulated and how they become noticeable in their many possible configurations. And it is also in this sense that Saussure's analysis of differential relations and the emergence of "units" (according to the "orders" or levels of organization considered) seems to offer valuable insights. 2014-08-06T17:55:20Z 2014-08-06T17:55:20Z 2014 info:eu-repo/semantics/publishedVersion info:eu-repo/semantics/masterThesis https://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/123192 327436 por info:eu-repo/semantics/openAccess 132 p.| il. reponame:Repositório Institucional da UFSC instname:Universidade Federal de Santa Catarina instacron:UFSC