Summary: | Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Agrárias, Programa de Pós-Graduação em Agroecossistemas, Florianópolis, 2013. === Made available in DSpace on 2013-12-05T23:59:25Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2013 === === No Brasil o discurso e as práticas vigentes no campo, de um modo generalizado, vêm justificando o uso de agrotóxicos pela necessidade de uma ?agricultura produtiva?, sendo o país considerado atualmente, o maior consumidor de agrotóxicos no mundo. A Ciência, dentre as fontes de conhecimento, possui um papel de destaque na circulação de ideias na sociedade ocidental e, mais especificamente, a literatura científica compreendida como produção discursiva fornece pistas sobre a formação, manutenção e difusão de repertórios que têm contribuído para a produção de sentidos e construção do conhecimento na sociedade. O presente trabalho tem como objetivo trazer à luz Práticas Discursivas da literatura científica brasileira a fim de compreender que repertórios estão disponíveis para dar sentido ao uso de agrotóxicos no Brasil e traçar um retrato dos posicionamentos assumidos pelos pesquisadores na área técnica rural, tendo como marco a Lei dos Agrotóxicos de 1989 até os dias de hoje. Para tanto foram analisados 78 artigos entre dez periódicos indexados em base de dados aberta, a partir da construção de um panorama geral do banco de publicações e através da análise dos discursos em forma de texto. Os resultados encontrados apontam para pesquisadores em sua maioria do sul e sudeste do país que apresentam em seus artigos repertórios categorizados em 03 tipos: ?uso necessário de agrotóxicos?, ?uso de agrotóxicos integrado com controle biológico? e ?não uso de agrotóxicos?. O discurso dominante encontrado permanece com o paradigma de uso de agrotóxicos com a ressalva de que o controle biológico integrado pode melhorar a qualidade dos produtos e diminuir impactos sobre e saúde meio ambiente. Os atores sociais mencionados nos estudos são poucos: em maioria agricultores, numa perspectiva culpabilizante, e os consumidores, grande foco de interesse na busca por competitividade<b>
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