Summary: | Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Comunicação e Expressão, Programa de Pós-Graduação em Linguística, Florianópolis, 2013 === Made available in DSpace on 2013-12-05T22:55:32Z (GMT). No. of bitstreams: 1
319517.pdf: 8017423 bytes, checksum: 5b452d76660faf24ea2a11a52edf879b (MD5) === === Este trabalho apresenta um estudo sobre a variação na concordância verbal de primeira pessoa do plural na língua escrita de informantes de uma cidade litorânea do estado de Santa Catarina, especificamente, Itajaí. Para tanto, utilizamos um corpus composto de redações (narrativas) elaboradas por alunos dos anos finais do Ensino fundamental (5a, 6a, 7a e 8a séries) de duas escolas públicas. este estudo é baseado na Teoria da Variação e Mudança Linguística (WINREICH, HERZOG E LABOV (1968); LABOV (1972)), que considera a língua em seu contexto social. Partindo do pressuposto de que a concordância verbal do português do Brasil é uma regra variável, na qual há variantes em competição, procuramos não só verificar essa variação como também identificar os grupos de fatores linguísticos, sociais e estilísticos que estão condicionando cada uma das formas em variação na escrita. Realizamos um análise quantitativa desses grupos através do programa computacional Goldvarb 2001. A variável investigada é a marcação da concordância verbal de primeira pessoa do plural. As variantes são: -mos; -mo e zero. Nós realizamos rodadas estatísticas ternárias e binária: i) -mos versus -mo versus zero; ii) -mos + - mo versus zero e; iii) -mos versus -mo, a saber: a) ternária geral reunindo todos os dados com sujeito nós, SN+eu (sintagma nominal + eu) e agente e seus respectivos nulos; b) uma ternária (-mos versus -mo versus zero) e duas binárias (-mos + -mo versus zero e -mos versus -mo) para sujeito nós; SN+eu e agente (e seus nulos) separadamente. Além da análise objetiva realizamos um a investigação sobre a visão de professores e alunos das escolas investigadas a respeito da língua ("variação linguística", "erro", ensino da língua portuguesa). Os professores participaram de um teste envolvendo a correção de um a redação de um aluno da oitava série para que pudéssemos analisar o nível de aceitação das formas não-padrão da língua na escrita. Pudemos atestar que concordância verbal aparece na escrita dos alunos como um regra variável, condicionada por fatores internos ( a presença/ausência do sujeito pronominal, o tempo verbal, entre outros) e por fatores externos (escolaridade, profissão e escolaridade dos pais entre outros). <br>
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