Summary: | Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Geografia, Florianópolis, 2013. === Made available in DSpace on 2013-12-05T22:41:44Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2013 === Na contemporaneidade os preceitos do planejamento territorial transformam-se evocando a falta de legitimidade da ideia de certeza científica que, em urbanismo, trará a incerteza e a dimensão da subjetividade como valor e problema chave. Um contexto que cobra um novo agir - sustentado na realidade local e no olhar dos habitantes ? e que é exposto como a superação da estruturação que deu corpo ao planejamento anterior. Porém, nessa volta ao sujeito, pouco se questionou sobre o que vem a ser essa dimensão subjetiva que, na sua base, está ligada com a crise epistemológica do saber. O que esta tese sustenta é que, alimentando-se dessa aura, mas voltado para a luta contra o planejamento modernista, o urbanismo contemporâneo não se colocou diante do seu próprio problema epistêmico, que é aquele do pesquisador/planejador. Desta forma, propõe-se uma abordagem eminentemente teórica que parte na direção ascendente da discussão. Assim, recorre-se à análise do seu originário epistemológico e ontológico com o objetivo de reproblematizar a questão da subjetividade trazendo-a para a dimensão interna do sujeito, que é aquela do ?eu? interpretante. Uma costura possibilitada pelo recurso à paisagem que, por definição, reporta-se ao sujeito que vê, e que conceitualmente permite trabalhar simultaneamente no quadro objetivo do planejamento e naquele subjetivo ligado à ontologia. Um debate que nesse giro que reposiciona o sujeito, possibilitou mostrar como o urbanismo traz a incerteza para atuar numa relação de causa-efeito, muito próxima da argumentação moderna. Voltando-se para fora, ele distancia-se de entender-se como pertencente à circularidade entre interpretação-ação-interpretação, problemática que propôs a inviabilidade da certeza, ou seja, da verdade como evento estável. === Les préceptes contemporains de la planification territoriale se transforment et évoquent le manque de légitimité de l'idée de certitude scientifique qui, dans l'urbanisme, apportera l'incertitude et la dimension de la subjectivité tant que valeur et problème clé. Un contexte qu'exigera une nouvelle façon d'agir - basée sur la réalité locale et sur le regard des habitants - qui sera présentée tel que le dépassement de la structuration qui a donnée forme à la planification précédente. Cependant, on n'a peu interrogé à ce sujet et sur ce qui est cette dimension subjective, qui à sa base, est liée à la crise épistémologique de la connaissance. Cette thèse soutient qu'en se nourrissant de cette aura, mais tourné vers la lutte contre la planification moderniste, l'urbanisme contemporain ne s'est pas placé devant son propre problème épistémique, celui du chercheur/aménageur. Ainsi, nous proposons une approche éminemment théorique, allant dans le sens ascendant de la discussion. Donc, nous avons recours à l'analyse de l'originaire épistémologique et ontologique dans le but de re-interroger la question de la subjectivité et de l'apporter à une dimension interne du sujet, à savoir celui du " je " interprétant. Une soudure rendue possible par recours au paysage qui, par définition, se réfère à la personne qui voit et qui permet conceptuellement de travailler simultanément dans le cadre objectif de la planification et subjective lié à l'ontologie. Ce débat emprunte un parcours qui permet de repositionner le sujet et de montrer comment l'urbanisme apporte l'incertitude pour agir dans une relation de cause à effet, très proche de l'argument moderne. En se tournant ver l'extérieur, il s'éloigne de la compréhension comme appartenant à la boucle l'interprétation-action-interprétation, une problématique qui a suggérée la non-faisabilité de la certitude, c'est-à-dire la vérité en tant qu'événement stable.
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