Summary: | Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Educação, Programa de Pós-educação em Educação, Florianópolis, 2013 === Made available in DSpace on 2013-12-05T22:23:32Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2013 === O objetivo desta pesquisa foi o de analisar a política para a formação inicial do professor para a Educação de Jovens e Adultos no Brasil, entre 2000 e 2010. Para tanto, três estratégias metodológicas foram desenvolvidas: na primeira, verificamos na produção acadêmica que questões foram levantadas sobre o tema; na segunda, tivemos em vista compreender, nos documentos oficiais, especificamente no período dos governos de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) e Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010), as políticas educacionais para a formação inicial do professor para a EJA; em terceiro, cotejando com a anterior, por meio da análise de documentos publicados nos livros oriundos dos Seminários Nacionais de Formação de Educadores de EJA, identificamos as concepções oferecidas de Formação Inicial de Professores para essa modalidade da Educação Básica e analisamos como e o que os principais intelectuais e líderes da área têm pensado sobre o tema. Trata-se de um estudo de análise documental de políticas educacionais, compreendendo-as como fruto da correlação de forças em disputa por projetos distintos, mas hegemonizados pelos interesses do capital. A pesquisa permitiu constatar que a política de formação de professores para a EJA aparece como central muito mais no âmbito da formação continuada do que na inicial. A construção dessa política se dá por alianças que se estabelecem entre Organizações Multilaterais, Estado, burguesia e lideranças de movimentos sociais. Essa política expressa a construção de um consentimento ativo na sociedade civil, no campo das relações pedagógicas, mediadas pelo Estado Educador. Propugna-se, para o preparo desse professor e para essa modalidade, a adequação às demandas do mundo do trabalho, a conquista da cidadania ativa, a promessa de valorização profissional, culminando no projeto de formação específica de um novo perfil docente que intervenha na produção de um homem de novo tipo, afeito às relações de exploração na/ sociedade capitalista. Esta formação se articula às grandes linhas explicativas produzidas no cenário internacional, porém, no Brasil, com peculiaridades recontextualizadas. Observamos que ela está articulada à ideia de desenvolvimento, de evolução e de continuidade; por sua vez, o professor projetado deve ser capaz de se adaptar às mudanças que ocorrem na estrutura do trabalho e do emprego, e desenvolver habilidades e competências que o coloquem no campo da práxis reiterativa. Este modelo de professor, instrumentalizado para assumir o protagonismo docente, deve colaborar na reforma necessária à nova sociabilidade imposta pelo grande capital. Nessas formulações, constatamos que, de um lado, o capital constrói um terreno de racionalização, que transfere para a educação, para a formação de professores e para a EJA a responsabilidade pela produção de soluções para problemas sociais e econômicos e, de outro, tenta ofuscar suas determinações na contradição capital-trabalho <br> === Abstract: The objective of this research was to examine the policy for initial teacher formation for Youth and Adults in Brazil between 2000 and 2010. For this, three methodological strategies were developed: the first found in the academic production that questions were raised about the topic, in the second, we had in mind to understand, in official documents, specifically during the governments of Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) and Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010), educational policies for the initial formation of teachers for the EJA, third, comparing with the previous one, through the analysis of documents published in books coming from National Seminars Formation Educators EJA, identify the concepts offered in Initial Teacher Training for this type of Basic Education and analyze how and what the major intellectual and area leaders have thought about the subject. This is a documentary analysis of educational policies, understanding them as a result of the correlation of forces in contention for different projects, but hegemonized by the interests of capital. The research allowed to establish that the policy of teacher training for the EJA appears as much more central within the continuing education than in the first. The construction of this policy is given by alliances established among Multilateral Organizations, State, bourgeoisie and leaders of social movements. This policy expresses the construction of an active consent in civil society in the field of pedagogical relationships, mediated by the State Educator. Have called for, for the preparation of this teacher and this mode, the adjustment to the demands of the working world, the conquest of active citizenship, promise of professional development, culminating in the design of specific training of a new teacher profile to intervene in the production a new type of man, accustomed to the relations of exploitation in capitalist society. This formation is linked to the broad lines explanatory produced internationally, but in Brazil, with peculiarities recontextualized. We note that it is articulated to the idea of development, of evolution and continuity, in turn, the teacher designed to be able to adapt to changes in the structure of labor and employment, and develop skills and abilities that put in field of repetitive praxis. This model of teacher, equipped to take on the role teachers should collaborate in the new sociability necessary reform imposed by big business. In these formulations, we find that, on the one hand, capital builds a plot of rationalization, which transfers to education, to train teachers and to EJA responsibility for producing solutions to social and economic problems and on the other, attempts overshadow its determinations in capital-labor contradiction.
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