Summary: | Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Enfermagem, Florianópolis, 2012. === Made available in DSpace on 2013-12-05T22:17:25Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2012 === Este estudo teve como objetivo avaliar os fatores relacionados à comunicação durante a passagem de plantão de enfermagem em Unidades de Cuidados Intensivos Neonatais (UCIs-Neo) que podem interferir na segurança do paciente. Trata-se de uma pesquisa descritiva-exploratória, de abordagem quantitativa. A amostra foi composta por 70 profissionais de enfermagem das Equipes de UCIs-Neo de três hospitais do Sul do Brasil. O estudo compreendeu quatro etapas: elaboração dos formulários (1 e 2) de coleta de dados, entrada no campo, coleta de dados e análise dos dados. Para elaboração dos formulários de coleta de dados foram utilizadas diretrizes para a segurança do paciente da Organização Mundial da Saúde e revisão de literatura. Estes foram enviados à experts na área de segurança do paciente e/ou neonatologia para apreciação. Após isto, os mesmos foram aprimorados. A coleta de dados foi realizada nos meses de abril a maio de 2012. Para tanto, a mesma foi realizada de duas formas: com a entrega de formulário 1 de coleta de dados aos sujeitos e por meio de observação não participante, com auxílio de formulário 2 de observação, notas de campo e gravações. As duas formas de coleta de dados ocorreram concomitantemente. Para análise dos dados foi realizada análise estatística descritiva contendo frequência absoluta, relativa, médias e desvio padrão. Ainda, utilizou-se os testes Qui-quadrado de Pearson e T-student,com nível de significância de 5%(p<0,05).O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética da Universidade Federal de Santa Catarina, sob parecer nº2278/12. A partir dos resultados identificou-se fatores relacionados à caracterização/operacionalização das passagens de plantão; aos comportamentos e atitudes dos profissionais durante as passagens de plantão, aos conhecimentos/percepções dos profissionais quanto à importância da comunicação durante as passagens de plantão e a segurança do paciente. Dentre os fatores relacionados à caracterização/operacionalização das passagens de plantão verificou-se que as passagens de plantão são realizadas pela equipe de enfermagem, ao lado do leito do paciente, geralmente de forma verbal, promovendo interação entre os envolvidos. As informações repassadas frequentemente são: estado geral, evolução clínica e procedimentos realizados. Os enfermeiros e os técnicos de enfermagem percebem como importante o repasse das informações sobre a ?condição clínica do paciente? e as ?medicações?, quando ambos são comparados com os auxiliares de enfermagem. Os profissionais com menor tempo de formação referiram mais informações sobre ?a condição clínica do paciente? (p< 0,002), ?medicações? (p< 0,004) e ?cuidados gerais/procedimentos? (p< 0,001), quando comparados àqueles com maior tempo de formação. Não se observaram instrumentos padronizados ou recursos tecnológicos para a realização das passagens de plantão. Quanto aos comportamentos e atitudes dos profissionais durante as passagens de plantão identificou-se os atrasos e saídas antecipadas, a realização de cuidados e as conversas paralelas, como fatores que interferem nas passagens de plantão. Em relação aos conhecimentos e percepções, verificou-se que a maioria dos profissionais não identificam as implicações negativas dos atrasos e saídas antecipadas para as passagens de plantão, sendo os enfermeiros aqueles que possuem melhor percepção acerca deste fator quando comparados com os técnicos de enfermagem (p < 0,001). Conclui-se que os profissionais percebem a importância das passagens de plantão, entretanto, alguns tópicos devem ser revistos. Salienta-se, que as mudanças não cabem somente aos profissionais, mas também as instituições de saúde, compreendendo que os erros e eventos adversos ocorrem devido às falhas no sistema de saúde e concomitantemente a isto, à criação de uma forte cultura de segurança no ambiente de trabalho, implementando treinamentos e protocolos específicos, visando à realização de práticas de cuidados seguras e de qualidade. <br> === Abstract : This study aimed to evaluate the factors related to communication during the nursing staff shift change in neonatal intensive care units (Neo-ICUs) that could interfere in the patients' safety. This is a descriptive and exploratory research, of quantitative approach. The sample was composed of 70 nurses from teams of Neo-ICUs of three hospitals in southern Brazil. The study comprised four steps: preparation of data collection forms (1 and 2), field entry, data collection and data analysis. For production of the data collection forms, guidelines for patient safety from the World Health Organization and literature works were used. These were sent to experts in the area of patient safety and/or neonatology for consideration. After that, they were enhanced. Data collection was conducted from april through may 2012. It was done in two ways: delivering data collection form 1 to the subjects and through non-participant observation, with the aid of observation form 2, field notes and recordings. Both forms of data collection occurred simultaneously. For data analysis, a descriptive statistical analysis was performed containing absolute and relative frequency, means and standard deviation. Moreover, the Pearson chi-square and T-student tests were used, with a significance level of 5% (p <0,05).This study was approved by the Ethics Committee of the Federal University of Santa Catarina, under case number 2278/12. From the results, it was possible to identify factors related to the characterization/operationalization of shift changes; the behaviors and attitudes of professionals during shift changes, knowledge/perceptions of professionals on the importance of communication during shift changes and patient safety. Among the factors related to the characterization/operationalization of shift changes, it was found that they are conducted by the nursing staff at the bedside of the patient, information passed on often are: general condition, clinical evolution and procedures made. The nurses and nursing technicians realize the importance of the transfer of information on the "clinical condition of the patient" and the "medications", when both are compared to nursing assistants. Professionals with less training time reported more information on the clinical condition of the patient (p <0,002), medications (p <0,004) and general care/procedures (p <0,001) when compared to those with longer training. There were no standardized tools or technology resources for performing the shift change. As for the behaviors and attitudes of professionals during shift changes, late arrivals and early departures, conducting care and side conversations were identified as factors that interfere in the shift changes. Regarding knowledge and perceptions, it was found that most professionals do not recognize the negative implications of late arrivals and early departures on the shift change, and the nurses have a better perception of this factor when compared to nursing technicians (p <0,001). It was concluded that the professionals realize the importance of the shift change, however, some topics should be reviewed. It should be noted that the changes are not only up to the professionals, but also to health institutions, by understanding that the errors and adverse events occur due to flaws in the health system and, concurrently to this, by creating a strong safety culture in the work environment, training and implementing specific protocols forperforming safer and higher quality care practices.
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