Summary: | Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde. Programa de Pós-graduação em Enfermagem === Made available in DSpace on 2013-12-05T21:36:07Z (GMT). No. of bitstreams: 1
225683.pdf: 1829931 bytes, checksum: d5cba48199777675d11e4dbf00cdd011 (MD5) === Dentre as doenças cardiovasculares a que vem se destacando como um dos problemas mais preocupantes é a Doença Aterosclerótica Coronariana, pois além de ser uma das principais causas de morte e de incapacidade no Brasil, determina um impacto sócio-econômico de grande magnitude. Esta doença tem sido descrita como a maior epidemia já enfrentada pelo homem moderno. Este estudo objetivou compreender como os adultos jovens com Doença Aterosclerótica Coronariana (DAC), atendidos em um hospital de referência em cardiologia, vêem, sentem e vivenciam a realidade de sua condição de saúde. O caminho teórico-metodológico fundamentou-se na Teoria das Representações Sociais, proposta por Serge Moscovici. Para chegar na compreensão das representações sociais foram realizadas dez entrevistas semi-estruturadas, sendo nove participantes do sexo masculino e uma do sexo feminino, com idade variando entre 34 e 43 anos e o tempo de convivência dessas pessoas com a DAC foi de no mínimo oito meses e no máximo dois anos e quatro meses. A análise dos dados foi efetuada a partir da Análise de Conteúdo proposta por Bardin, permitindo compreender que a DAC provoca importantes mudanças na vida das pessoas, identificadas através de duas categorias que emergiram dos discursos dos sujeitos. A primeira categoria denominada de "A Realidade do Medo" identificou como subcategorias: o medo da dor, o medo da morte, o medo frente ao futuro da família e o medo da incapacidade profissional. A segunda categoria foi entendida como: "A Realidade Social: buscando apoio social" e abrange três subcategorias: o suporte familiar, o suporte religioso e o suporte dos profissionais da saúde. A DAC foi representada pelos adultos jovens como uma doença que os incapacita no apogeu de sua vida produtiva, gerando sentimentos de medo, ansiedade e insegurança, sinalizando sua vulnerabilidade e finitude. Essa realidade é incorporada no universo consensual e se manifesta como uma ameaça que impõem restrições no processo de viver, refletindo em mudanças no âmbito familiar, profissional e social. Para os sujeitos desta pesquisa o apoio social que recebem foi representado como a peça fundamental na construção e manutenção da saúde, sendo manifestada consensualmente por ter como função básica a segurança e a proteção. A compreensão das representações sociais de adultos jovens no processo de viver com a DAC permitiu o reconhecimento dos sentimentos aflorados pela doença, seus desejos e significados, o que indica a necessidade de repensar a assistência de enfermagem, voltada para a subjetividade das pessoas que vivenciam uma situação de cronicidade.
Of all cardiovascular diseases, the coronary atherosclerotic disease (CAD) has become the most concerning, for it is one of the main causes of death and incapacity in Brazil, with great socioeconomic impact. This disease has been described as the biggest epidemic ever faced by modern man. This study had the objective of understanding how young adults with the coronary artery disease, treated at a hospital with excellence in cardiology, see, feel and live the reality of their health condition. The theoretical background and methods followed the Theory of the Social Representations, by Serge Moscovici. To understand their social representations, ten interviews were conducted with nine male participants and one female, with ages between 34 and 43 years, with the diagnosis of DAC made between eight and 28 months before data collection. The data analysis was conducted through Content Analysis, as proposed by Bardin, allowing to understand that the CAD causes great changes in people's lives, identified through two categories that were mentioned in the participant's reports. The first category was referred as "the reality of fear", identified in the following subcategories: the fear of pain, the fear of death, the fear of the future of the family, and the fear of professional incapacity. The second category was named: "the social reality: searching for social support", and it includes three subcategories: the family's support, the religious' support and the support of the health professionals. The young adults in this study described the CAD as a disease that incapacitates them at the top of their productive lives, generating feelings of fear, anxiety and insecurity, showing their vulnerability and sense of finitude. This reality is incorporated in their consensual universe as a threat that imposes restrictions in the process of living, reflecting in changes in their familiar, professional and social scope. For the participants of this study, the social support they received was represented as fundamental in the maintenance and improvement of their health, being revealed as having an important function to the feeling of security and protection. The understanding of the social representations of young adults with CAD allowed the understanding of the feelings derived from the disease, its desires and meanings, which indicate the necessity of rethinking the nursing assistance, directed at the subjective aspects of people who live deeply affected by a chronic situation.
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