Summary: | Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde. Programa de Pós-Graduação em Odontologia. === Made available in DSpace on 2013-07-16T03:25:35Z (GMT). No. of bitstreams: 0 === O presente estudo in vitro foi dividido em dois artigos. O primeiro artigo foi realizado para avaliar através de microscopia eletrônica de varredura (MEV) e pelo teste de microdureza interna (MI) se a metodologia descrita neste experimento pode ser utilizada na indução de lesão de mancha branca ativa (MBA) em esmalte dentário humano. Dez molares permanentes humanos foram utilizados neste experimento in vitro onde foram induzidas lesões de MBA em superfície lisa e não abrasionadas de esmalte. Uma amostra de superfície lisa de cada dente foi recoberta com duas camadas de esmalte para unhas, exceto por uma área medindo 2,5 mm x 1 mm (2,5 mm2), delimitada no centro da amostra. Cada amostra foi exposta individualmente a 10,4 ml de uma solução desmineralizadora contendo: 0,1 mol/l de ácido lático tamponado; 0,2% de ácido poliacrílico; 0,03 ppm F; e a solução foi saturada com 50% de hidroxiapatita em pH 5,0 durante 42 dias (37oC) sem agitação. As amostras foram seccionadas no centro das lesões de MBA e uma metade foi analisada ao MEV e a outra foi submetida a teste de MI. Resultados: A média de profundidade da lesão de MBA foi de 80 µm (dp = 78,8) e foi possível detectar ao olho nu uma superfície branca rugosa e sem brilho. As fotomicrografias feitas com o MEV demonstraram que embora algumas áreas na superfície das lesões de MBA aparentassem estar relativamente intactas, outros locais da lesão apresentavam erosão. Um padrão prismático de dissolução, com o aumento das bainhas dos prismas de esmalte, foi observado em todas as amostras. Em algumas amostras também foram observados locais de destruição do centro dos prismas de esmalte. Essa metodologia pode ser utilizada para induzir lesões de MBA em esmalte dental humano, porém, quando forem realizados testes de MI, deve ser levada em consideração a erosão na superfície das mesmas. O segundo artigo determinou a perda mineral (?Z) de lesões de MBA artificiais: apenas expostas a um desafio cariogênico de alto risco (DCAR) ou previamente tratadas com um cimento de ionômero vidro (CIV) ou um verniz fluoretado (VF), passando depois pelo mesmo DCAR. Sessenta terceiros molares humanos não irrupcionados foram secionados na superfície occlusal, em sentido buco-lingual, e desmineralizados por 42 dias. Uma metade oclusal de cada dente foi alocada para o grupo controle (D), e a outra foi destinada para grupos experimentais: A (ciclagem de pH); B (CIV + ciclagem de pH); e C (VF + ciclagem de pH). O teste de microdureza interna foi realizado. O teste de ANOVA de um critério (p=0.008) e o teste de Tukey (95%) determinou haver diferença estatística entre os grupos. Os valores médios para ?Z foram de 4.983,53 para o grupo A(b); 3.090,93 para B(a); 4.303,29 para C(ab); e 4505.61 para o grupo D(b). Lesões de MBA, quando expostas a um DCAR, sofrem uma perda mineral considerável. Quando essas lesões foram tratadas com CIV obtiveram os menores resultados para ?Z enquanto o VF promoveu resultados intermediários. Implicações clínicas: Os produtos fluoretados testados podem diminuir a perda mineral de lesões naturais de MBA em superfícies oclusais.
The present in vitro experiment was divided in to two articles. The first article was made to assess whether the methodology exposed in this experiment can be used to study active white spot lesion (WSL) in human dental enamel. Ten human permanent molars were used in this in vitro experiment to create artificial active WSLs on smooth and unabraided enamel surfaces. One section of each tooth was double coated with nail varnish except for a limited area sized 2.5 mm x 1 mm (2.5 mm2) at the center of the surface. Each specimen was individually exposed to 10.4 ml of a demineralizing solution containing: 0.1 mol/l lactic acid buffer; 0.2% polyacrilic acid; 0.03 ppm F; and 50% saturated with hydroxyapatite at pH 5.0, during 42 days (37oC) without agitation. Samples were sectioned in the center of the artificial WSL and one half was analyzed in scanning electron microscope (SEM) and the other half was submitted to cross-sections microhardness (CSMH) test. The mean depth of the active WSL was 80 µm (sd= 78.8) and a white dull rough surface could be detected by the unaided eye. SEM images demonstrated that although some surface areas of the active WSL appeared to be relative intact erosion was present. A prismatic pattern of dissolution was observed in all samples with an enlargement of the prism sheaths. In some samples there were also sites of destruction of prism cores. This methodology can be used to study the carious process of active WSLs in human dental enamel but surface erosion has to be taken into account when performing CSMH test.The second article was an experiment sought to determine the mineral loss (?Z) of artificially induced active WSLs: exposed to a high risk cariogenic challenge (HRCC) using pH cycling; treated with a glass ionomer cement (GIC) or a fluoride varnish (FV) and submitted to the same HRCC. Sixty unerupted human third molars were sectioned buccolingually on the occlusal surface and demineralized for 42 days. One half of each tooth was allocated to a control group (D) and the other were used as experimental groups: A (pH cycling); B (GIC + pH cycling); and C (FV + pH cycling). Cross sectional microhardness test was performed and ?Z was assessed. One way ANOVA (p=0.008) and Tukey´s test (95%) determined statistical difference among groups. Mean values for ?Z were 4983.53 for group A(b); 3090.93 for B(a); 4303.29 for C(ab); and 4505.61 for group D(b). HRCC promoted a greater mineral loss in active WSLs. Lesions treated with GIC had the lowest ?Z improving the mineral content of WSLs while FV had intermediate results. The fluoride products tested might be able to improve mineral loss on natural occlusal WSLs.
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