Fundamentos para conservação de Anthurium coriaceum G. Don (Araceae), uma espécie potencialmente ameaçada à extinção no sul do Brasil
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Agrárias. Programa de Pós-Graduação em Recursos Genéticos Vegetais === Made available in DSpace on 2013-07-16T02:41:13Z (GMT). No. of bitstreams: 0 === Anthurium coriaceum G. Don é uma arácea epífita ou rupestre, res...
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Florianópolis, SC
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Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Agrárias. Programa de Pós-Graduação em Recursos Genéticos Vegetais === Made available in DSpace on 2013-07-16T02:41:13Z (GMT). No. of bitstreams: 0 === Anthurium coriaceum G. Don é uma arácea epífita ou rupestre, restrita da Floresta Ombrófila Densa, da região Sul e Sudeste do Brasil. A intensa exploração e destruição de seu habitat a torna mais suscetível à extinção. Para fundamentar estratégias de conservação, foram estudados aspectos fenológicos, emergência de plântulas, longevidade das sementes, recrutamento, diversidade e estrutura genética da espécie. Na fenologia cinco indivíduos cultivados, provenientes da população de São Ludgero, SC, foram avaliados semanalmente durante 11 meses. Caracterizou-se as fenofases: emissão da espata, abertura da espata, manifestação feminina, intervalo entre feminina e masculina, manifestação masculina, infrutescência verde e infrutescência madura. A emissão de inflorescências teve padrão contínuo. A floração ocorreu em todos os meses do ano, exceto em abril e maio. Infrutescências verdes foram registradas durante todo ano, e maduras no final do verão. Inflorescências em fase feminina e masculina ocorrem simultaneamente em diferentes inflorescências de um mesmo indivíduo e em indivíduos diferentes. Folhas são emitidas continuamente. Protoginia é o padrão da espécie. A manifestação das fases masculinas e femininas simultaneamente possibilita autopolinização e a fecundação cruzada. Os frutos levam dois anos para amadurecerem. A emergência média das plântulas foi de 46%. A emergência entre as matrizes variou de 34 a 99,5%. A longevidade ao zero, 90, 180 e 270 dias na temperatura ambiente, foi 97, 80,5, 48 e 7%, respectivamente de emergência. Em câmara fria, as sementes não germinaram. Em serrapilheira de solo e de rocha, praticamente todas as sementes emergiram antes dos 90 dias. A emergência nas bromélias foi de 17,5% e 10%, nos troncos com matéria orgânica de 58,3% e sem matéria orgânica de 25%. Esta espécie não apresenta dormência e nem especificidade de substrato para emergência. A emergência das sementes mostrou-se diferenciada entre as matrizes. Marcadores isoenzimáticos foram utilizados para determinar a diversidade e estrutura genética da espécie em duas populações remanescentes no sul do Estado. Dos 17 locos analisados, três apresentaram polimorfismo, com uma média de 17,65% de locos polimórficos, 1,18 alelos por loco, heterozigosidade esperada de 0,007 e zero de endogamia. A baixa diversidade encontrada é muito inferior a média da maioria das espécies endêmicas. Os coeficientes de ancestralidade de Cockerham ( =0,034995, =-0,024816, =0,011047), indicam uma baixa endogamia e reduzida divergência entre as populações. A análise da progênie de indivíduos cultivados isolados, mostrou a segregação mendeliana para autofecundação (1:2:1) para a maioria dos locos avaliados, indicando a espécie ser autocompatível. O baixo polimorfismo pode estar associado ao sistema reprodutivo, a autofecundação, e ao efeito fundador. O estudo caracterizou-se como um pré-diagnóstico onde as informações obtidas além de oferecer subsídios para estratégias de conservação da espécie, pode servir de modelo para um grande número de espécies que apresentam situação semelhante e necessitam de medidas urgentes para sua conservação. |
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