Summary: | Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde. Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública === Made available in DSpace on 2013-07-16T02:06:02Z (GMT). No. of bitstreams: 1
222422.pdf: 593091 bytes, checksum: fd9c28aab4b23b694e0948284bb7718c (MD5) === O objetivo geral desta dissertação foi estudar o estilo de vida de adolescentes, de ambos os sexos, de 16 e 17 anos, de escolas públicas de Florianópolis. A amostra foi composta por 720 escolares, sendo 252 rapazes e 468 moças. As informações sociodemográficas e de estilo de vida (atividade física, hábitos alimentares, álcool, fumo, drogas, comportamento sexual de risco e aspectos psicossociais) dos escolares foram coletadas a partir da utilização de dois questionários auto-administrados aplicados aos pais e alunos. Na análise dos dados, utilizaram-se os recursos da estatística descritiva (média e desvio padrão). Para a análise de diferenças entre grupos, utilizaram-se o teste do qui-quadrado e razões de prevalência com intervalos de confiança de 95%. Os resultados evidenciaram que a maioria dos adolescentes estudados pratica Educação Física regular na escola, faz atividade física organizada e apresenta uma alimentação adequada, sendo os rapazes em maior proporção do que as moças. A idade de início para os comportamentos de risco (álcool, fumo, drogas e comportamento sexual de risco) comprovada foi em média a de 14 a 15 anos, tanto para o sexo masculino quanto para o feminino. Pode-se observar que 5,3% dos escolares fumam diariamente, 3,6% ingerem bebidas alcoólicas regularmente, 9,2% são usuários de drogas ou já o fizeram por várias vezes e 2% são dependentes de drogas. No que concerne ao comportamento sexual de risco, 44,5% dos escolares de 16 e 17 anos já tiveram relação sexual; destes, 13,6% nem sempre usam camisinha; porém as moças usam significativamente menos que os rapazes. Em relação aos comportamentos de risco, a maioria (76,5%) dos escolares não apresenta nenhum comportamento de risco. Entre aqueles que apresentam um ou mais fatores de risco, o mais prevalente é o comportamento sexual de risco (42,5%). No que se refere aos aspectos psicossociais, as moças apresentam mais problemas de sono, dores de cabeça e angústia do que os rapazes. A maioria destes avalia sua saúde como boa e ótima e estão mais satisfeitos com a vida, com a alimentação e com a atividade física, em comparação com as moças. Contudo, estas se sentem mais satisfeitas do que os rapazes com relação à sexualidade. Foi encontrada associação positiva dos comportamentos de risco (álcool, fumo, drogas e comportamento sexual de risco) com os seguintes fatores: adolescentes que têm trabalho remunerado, que moram com um dos pais, que não fazem Educação Física regular, que são inativos, que possuem uma alimentação inadequada, que apresentam sintomas psicossomáticos, que se sentem insatisfeitos com a vida e têm problemas de sono, dores de cabeça e angústia. Salienta-se a importância do levantamento de informações sobre os comportamentos de risco à saúde, a fim de monitorar e estimular a implantação de mais estudos que corroborem com os dados até o momento obtidos e de programas de promoção à saúde direcionados a um estilo de vida mais saudável entre adolescentes.
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