Acompanhamento farmacêutico na assistência pré-natal

Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde. Programa de Pós-Graduação em Farmácia. === Made available in DSpace on 2013-07-16T00:38:15Z (GMT). No. of bitstreams: 0 === Introdução: no Brasil a prevalência do Diabete gestacional em mulheres com mais de...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Hoepfner, Lígia
Other Authors: Universidade Federal de Santa Catarina
Format: Others
Language:Portuguese
Published: Florianópolis, SC 2013
Subjects:
Online Access:http://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/102318
Description
Summary:Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde. Programa de Pós-Graduação em Farmácia. === Made available in DSpace on 2013-07-16T00:38:15Z (GMT). No. of bitstreams: 0 === Introdução: no Brasil a prevalência do Diabete gestacional em mulheres com mais de 20 anos, atendidas pelo Sistema Único de Saúde, é de 7,6% (BRASIL, 2000a) sendo um dos responsáveis pelos índices elevados de morbimortalidade perinatal, especialmente macrossomia e malformações fetais. Com a incorporação da prática farmacêutica aos serviços que atendem pacientes ambulatoriais é possível prevenir, detectar e resolver os problemas relacionados com medicamentos, fomentando a melhora dos resultados da farmacoterapia. O presente estudo teve por finalidade investigar a participação ativa de gestantes ao tratamento de Diabete durante o acompanhamento farmacêutico, assim como contribuir com a construção de conhecimento para a implementação da prática da Atenção Farmacêutica conforme preconizado pela Organização Mundial de Saúde no informe de Tókio de 1993. Metodologia: o método utilizado foi o prospectivo e de intervenção, desenvolvido com base nos dados obtidos nos atendimentos farmacêuticos e na análise documental, realizado no ambulatório de alto risco da Maternidade Darcy Vargas no município de Joinville. Na entrevista inicial foi utilizado um roteiro de entrevista pré-estabelecido e, para melhor entendimento das gestantes, utilizou-se instrumentos facilitadores nos atendimentos farmacêuticos, sendo estes o formulário de anamnese farmacêutica, de orientação ao paciente e folder informativo. Os atendimentos farmacêuticos compreendiam escuta ativa, identificação das necessidades, análise da situação, intervenções, documentação, educação em saúde, entre outros. Resultados: a população do estudo constituiu-se de 34 gestantes com Diabete Melito Gestacional (DMG) e a média de atendimentos farmacêuticos foi de 4±1,8. A idade variou de 18 a 42 anos, sendo que 79,4% apresentaram mais que 25 anos e 47% não tinham concluído o ensino fundamental. Não receberam informações sobre o DMG 32,4% e apenas uma gestante relatou ter recebido informações do farmacêutico da farmácia comunitária. Mesmo recebendo informações, várias gestantes tinham dúvidas quanto ao DMG, sendo que a principal dúvida era se este causaria alguma complicação para o bebê. Relataram ter recebido orientação sobre a dieta 91,2% das gestantes. Fizeram uso de insulina 14 gestantes e quando questionadas sobre o uso apenas 28,6% souberam responder corretamente, mesmo com 85,7% relatando que receberam orientação sobre como utilizá-la. Um total de 92,9% afirmou sentir algum desconforto após a aplicação e os principais efeitos apresentados foram sudorese e dor 69,2% e fome 61,5%. As entrevistadas foram questionadas sobre a utilização de medicamentos nos quinze dias que antecederam o início dos atendimentos farmacêuticos e 46,2% das gestantes relataram ter utilizado pelo menos um medicamento. A maioria das gestantes apresentou algum tipo de PRM 61,8% (21), sendo que os de maior freqüência foram o PRM cinco 71,5%, e PRM quatro 47,6% segundo o 2º Consenso de Granada. Foram realizadas 28 (82,4%) intervenções quanto ao armazenamento dos medicamentos, 15 (44,1%) quanto a reações adversas e 10 (29,4%) quanto à posologia. Ao final do acompanhamento foi detectado que, após as orientações, a maioria das gestantes, 31 (91,2%), seguiu corretamente o tratamento medicamentoso, não medicamentoso 25 (73,5%) e apenas 11 (32,4%) das gestantes realizou os exercícios físicos recomendados. Foi observada uma melhora progressiva no controle metabólico no decorrer do acompanhamento. Conclusões: percebeu-se, com o presente trabalho, a necessidade de constituição de uma equipe multidisciplinar para o manejo do DMG, visto que uma interpretação equivocada do tratamento devido a uma deficiente orientação dificulta a adesão ao tratamento. Os profissionais de saúde devem estar atentos à capacidade de compreensão das orientações realizadas, pois de acordo com este estudo, a maioria das pacientes apresentou baixa escolaridade.