Atividade de trabalho do professor do ensino fundamental com o membro superior acima do nível da cabeça e a sua influência nas lesões do maguito rotador do ombro

Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro Tecnológico. Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção. === Made available in DSpace on 2013-07-15T22:14:38Z (GMT). No. of bitstreams: 1 197382.pdf: 1013135 bytes, checksum: 9d76abb39a34074fc8d056d2960c2fdf (MD5) === P...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Souza, Victor de
Other Authors: Universidade Federal de Santa Catarina
Format: Others
Language:Portuguese
Published: Florianópolis, SC 2013
Subjects:
Online Access:http://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/101543
Description
Summary:Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro Tecnológico. Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção. === Made available in DSpace on 2013-07-15T22:14:38Z (GMT). No. of bitstreams: 1 197382.pdf: 1013135 bytes, checksum: 9d76abb39a34074fc8d056d2960c2fdf (MD5) === Percebe-se que todos os processos de trabalho são possivelmente produtores de desagregações no processo saúde-doença do indivíduo trabalhador. Este estudo teve como foco principal à análise da atividade de trabalho dos professores do ensino fundamental e as possíveis lesões do manguito rotador decorrentes desse processo. O objetivo do trabalho foi identificar a possível relação entre a posição de atividade de trabalho acima do nível da cabeça, e as lesões do manguito rotador do ombro em professores de ensino fundamental, bem como estabelecer a incidência das lesões de manguito rotador em trabalhadores que executam atividades acima do nível da cabeça; identificar a relação das queixas de dores nos ombros com a atividade de escrever no quadro negro com membro superior elevado acima de 90o. Optou-se nesse estudo pela metodologia de estudo de caso, o qual consiste na observação detalhada de um contexto, ou indivíduo, de uma única fonte de documentos ou de um acontecimento específico. Obteve-se como resultados que as causas para este acometimento foi o desenvolvimento de tarefas pelo professor exigindo que esse permaneça várias horas com membro superior em posição desfavorável, provocando assim uma série de mudanças biomecânicas sobre esta articulação e conseqüentemente dor e lesão do manguito rotador decorrentes dos microtraumas ocasionados pela compressão dos músculos contra o arco acromial duro aumentando a isquemia, o processo inflamatório e finalmente o volume dos músculos do manguito rotador provocando mais compressão destas estruturas no arco acromial, originando um círculo vicioso entre o processo inflamatório crônico, e conseqüentemente uma bursite sustentada e constante no ombro, surgindo então a dor e impotência funcional, provocando piora progressiva da força muscular do membro superior. Assim, o professor não consegue executar suas atividades diárias no trabalho devido à dor, formigamento e perda do controle e capacidade de manutenção do membro superior em posição antigravitacional necessária para execução da atividade de escrever no quadro de giz. Não obstante com a progressão deste quadro outros aspectos relacionados à vida diária do professor também se tornam comprometidos tais como, pentear seus cabelos, dormir, elevar peso sobre a cabeça entre outros. Portanto, concluísse que as más condições de trabalho nesse estudo, ou seja, a posição de trabalho com o membro superior acima do nível da cabeça afetou tanto a vida profissional quanto à vida pessoal do individuo trabalhador. Identificou-se que a presença de dor no ombro e o início da mesma foram durante e após a execução da atividade no trabalho, permanecendo em torno de 60% e encontrando-se na faixa etária abaixo de 40 anos. Os professores que escreveram no quadro de giz por três ou mais horas tiveram grau de limitação funcional (75%), dor noturna (78.57%), e grau de incapacidade (75%). Estabeleceu-se que existe relação entre a atividade com o membro superior acima do nível da cabeça e as lesões do manguito rotador do ombro dos professores do ensino fundamental em 78.57% (22) do total da amostra e que quando o tempo de serviço ultrapassa dez anos, maior será a incidência dessa patologia