Summary: | Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em História, Florianópolis, 2012 === Made available in DSpace on 2013-06-26T00:16:01Z (GMT). No. of bitstreams: 1
315363.pdf: 7154640 bytes, checksum: 097e7edac37646ddd193b87bd6e1e9ef (MD5) === Estudo do movimento indígena no oeste catarinense nas décadas de 1970 e 1980 e da relação com a diocese de Chapecó/SC. O referencial teórico segue as conceituações de identidade e memória. Centramos nossa análise nos mecanismos de resistência e reterritorialização, momento em que os indígenas rompem o cerco da reserva e tutela e expressam sua discordância na condução da política indigenista. Elegemos duas Terras Indígenas para efetuar nossa pesquisa, em 1978 os Kaingang da TI Xapecó, articulados com comunidades Kaingang do PR e do RS, expulsaram centenas de famílias de arrendatários que ocupavam suas terras desde a década de 1940, e em 1985 os Kaingang da TI Toldo Chimbangue reconquistaram as terras invadidas desde a terceira década do século XX por famílias de camponeses. Retrocedemos na temporalidade a fim de compreender os antecedentes que permitiram as invasões, a perda da terra, a exploração agropecuária e as proibições de manifestações culturais. O movimento logrou êxito na reconquista das terras, mas não impediu a exploração da madeira, porque essa atividade era a principal fornecedora de dividendo para a renda indígena da Funai. Nos anos 1980 a Funai, através de ações planejadas e articuladas dividiu o movimento indígena e o opôs à Igreja diocesana. Foi no horizonte da ação pela reterritorialização que reatualizaram a identidade e demarcaram a fronteira da etnicidade.<br> === Abstract : This thesis is dedicated to the study of the indigenous movement in western Santa Catarina during the 1970s and 1980s and the relationship established with the Catholic Church in the Diocese of Chapecó. The theoretical framework that guides this study follows the concepts of identity and memory based on Ethno-History and Indigenous History, realizing the indigenous movement as a strategy to keep itself Kaingang. We focus our analysis on the mechanisms of resistance and repossession, moment when the indigenous break the siege of the reserve and guardianship and express their disagreement with the conduct of the indigenous policy. We chose two indigenous lands # TI Xapecó and TI Toldo Chimbangue # to make our research and, based on the two TIs, we analyze the actions in the Kaingang territory. In 1978 the Kaingang of the TI Xapecó, articulated with Kaingang communities of Parana and Rio Grande do Sul, extruded hundreds of leaseholders families that occupied their lands since the 1940s, and in 1985 the Kaingang of Toldo Chimbangue reconquered the lands invaded since the third decade of the twentieth century by peasant families who had bought from colonizers companies. We recede on time intending to understand the precedents that allowed the invasions, the loss of lands, the agricultural exploration and the prohibition of the cultural manifestations. The movement has succeeded in reconquering the land, but did not prevent the timber exploitation, because this activity was the main supplier of dividend for the indigenous income of Funai, which kept some privileges for some leaders and managers. In the 1980s Funai, through planned and articulated actions, divided the indigenous movement and opposed it to the diocesan Church. It was on the horizon of the struggle for repossession that the updated their identities and demarcated the boundary of ethnicity.
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