Summary: | Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva, Florianópolis, 2012 === Made available in DSpace on 2013-06-25T21:27:23Z (GMT). No. of bitstreams: 1
314221.pdf: 2921681 bytes, checksum: 922768fc0b9c2dec6b61dd2a23dcec21 (MD5) === Os atributos dos locais nos quais as pessoas vivem, bem como suas percepções sobre estes, são importantes determinantes de saúde, além das características individuais. Objetivou-se identificar a associação de características do contexto social de moradia com variáveis socioeconômicas, e autoavaliação de saúde em adultos de Florianópolis, Santa Catarina. Realizou-se estudo transversal, com amostra representativa da população adulta urbana do município, selecionada em dois estágios (setor censitário e domicílio). Variáveis individuais demográficas (sexo, idade, cor da pele, tempo de residência no local), socioeconômicas (renda, escolaridade, ocupação), comportamentos relacionados à saúde (uso de álcool, tabagismo), relacionadas à situação de saúde (doenças crônicas, índice de massa corporal, transtornos mentais comuns) foram incluídas nas análises. Variáveis socioeconômicas dos setores (renda e percepções sobre problemas na vizinhança) foram investigadas em relação às variáveis individuais e à autoavaliação de saúde. Diferentes modelos de análises multiníveis foram desenvolvidos. A taxa de resposta foi de 85,3%, o que representa 1720 adultos distribuídos em 63 setores censitários. Duas escalas resultaram das análises dos itens de problemas na vizinhança: Problemas Físicos e Desordens Sociais. A consistência interna dos domínios foi alta (Alpha de Cronbach 0,67 e 0,81). As propriedades ecométricas das escalas mensuradas pela correlação intravizinhança (CIC) foram satisfatórias, distribuídas no intervalo de 0,24 a 0,28 para ICC, e 0,94 a 0,96 para confiabilidade. Valores elevados nas escalas representaram mais problemas nos domínios físico e social da vizinhança, e foram observados entre os mais jovens, entre aqueles que residiam há mais tempo no local, e moradores de setores censitários de mais baixa renda. Residentes em setores censitários com renda baixa e intermediária referiram pior saúde do que aqueles no tercil mais alto. A associação entre problemas percebidos na vizinhança e saúde permaneceu significativa mesmo após os ajustes para todos os grupos de variáveis investigadas. Os resultados indicaram a utilidade das escalas para medir percepção de problemas relacionados à qualidade física e às desordens sociais nos setores censitários, e sua associação com a autoavaliação de saúde e características socioeconômicas e demográficas do nível individual e do setor censitário.
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