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Previous issue date: 2018-06-11 === A abstinência do álcool em indivíduos dependentes promove um conjunto de sinais e
sintomas físicos e psíquicos e, dentre eles, alguns estão relacionados com a depressão.
Diversos estudos pré-clínicos têm utilizado modelos animais de consumo de álcool seguido
por retirada para analisar as alterações decorrentes do uso do álcool. O presente estudo teve
por finalidade observar se as retiradas em curto e longo prazo após consumo crônico do etanol
promoveriam alterações comportamentais sugestivas de depressão no teste do campo aberto
(CA) e no teste do nado forçado (TNF) e ainda, se promoveria alterações na imunomarcação
de células reativas para serotonina (5-HT) no núcleo mediano da rafe (MRN). Ratos Wistar
com aproximadamente 60 dias de vida foram submetidos a concentrações crescentes de etanol
como única fonte de dieta líquida ou água, ambos com livre acesso a ração. Os experimentos
dividiram-se em duas etapas: a comportamental e a imunomarcação. Na etapa
comportamental, após 21 dias de consumo exclusivo de álcool, o mesmo foi substituído por
água (retirada) e, após, 72 horas (grupo retirada curto prazo; n=7) ou 21 dias (grupo retirada
longo prazo; n=7) de retirada, os animais foram expostos ao teste do CA, sendo avaliado a
atividade locomotora dos animais através dos parâmetros de distância percorrida e velocidade
média, e comparados com o grupo controle (n=4). No dia seguinte, foi realizado o TNF, com
o objetivo de avaliar os tempos de climbing e de imobilidade, parâmetros utilizados para
verificar comportamentos do tipo depressivo. Na etapa imunohistoquímica, os encéfalos dos
animais submetidos ao consumo crônico de etanol por 21 dias (grupo consumo crônico; n=5)
seguido pela retirada de 72 horas (grupo retirada curto prazo; n=6) ou 21 dias (grupo retirada
longo prazo; n=5) e o grupo controle (n=4), foram submetidos à imunohistoquímica para
verificar a marcação de células imunorreativas para 5-HT no MRN. Além disso, foi
determinado o percentual de área celular imunorreativa para 5-HT (densidade óptica relativa).
Os dados comportamentais do CA não mostraram qualquer alteração na atividade locomotora
dos animais entre os grupos. Quanto ao TNF, os dados mostraram diminuição no tempo de
climbing nos grupos retirada a curto (-34,6%) e longo prazo (-35,6%) e aumentado tempo de
imobilidade nos grupos retirada a curto prazo (34,6%) e longo prazo (33,3%), comparados ao
grupo controle. Na imunohistoquímica, não foram observadas diferenças na contagem de
perfis celulares imunorreativos para 5-HT no MRN entre os grupos controle, consumo
crônico, retirada a curto prazo e retirada a longo prazo. A análise da densidade óptica relativa
verificou um aumento no conteúdo de 5-HT no grupo retirada curto (81,7%) comparado com
o grupo controle. Em conjunto, os dados obtidos demonstram um efeito do tipo depressor
induzido pelas retiradas a curto e longo prazo do etanol que não está relacionado a alterações
no número de células serotonérgicas, mas pode estar relacionado com um aumento na
densidade óptica relativa de 5-HT no MRN. === Abstinence from alcohol in dependent individuals promotes a set of physical and psychic
signs and symptoms, some of them are related to depression. Several preclinical studies have
used animal models of alcohol consumption followed by withdrawal to analyze changes
resulting from alcohol use. The purpose of the present study was to determine whether shortterm
and long-term withdrawals after chronic ethanol consumption would promote behavioral
changes suggestive of depression in the open field (CA) test and forced swimming test (TNF),
and whether changes in immunoreactivity of serotonina (5-HT) reactive cells in the median
raphe nucleus (MRN). Wistar rats with approximately 60 days of life were submitted to
increasing concentrations of ethanol as the only source of liquid diet or water, both with free
access to feed. The experiments were divided into two stages: behavioral and
immunostaining. In the behavioral stage, after 21 days of exclusive consumption of alcohol, it
was replaced by water (withdrawal) and after 72 hours (short term withdrawal group; n = 7)
or 21 days (long term withdrawal group; n=7), the animals were exposed to the CA test, and
the animals' locomotor activity was assessed through the parameters of distance traveled and
mean velocity, and compared with the control group (n = 4). On the following day, TNF was
used to evaluate the climbing and immobility times, parameters used to verify depressive type
behaviors. In the immunohistochemical stage, the brains of the animals submitted to chronic
ethanol consumption for 21 days (chronic consumption group, n = 5) followed by the
withdrawal of 72 hours (short term withdrawal group, n = 6) or 21 days (long term
withdrawal group; n = 5) and the control group (n = 4), were submitted to
immunohistochemistry to verify the labeling of 5-HT immunoreactive cells in MRN. In
addition, the percentage of immunoreactive cell area for 5-HT (relative optical density) was
determined. The behavioral data of CA did not show any change in the locomotor activity of
the animals between the groups. As for TNF, the data showed a decrease in climbing time in
the short-term (-34.6%) and long-term (-35.6%) and increased short-term (34.6%) and long
term (33.3%), compared to the control group. In immunohistochemistry, no differences were
observed in counting of immunoreactive cellular profiles for 5-HT in MRN between the
control, chronic consumption, short-term withdrawal and long-term withdrawal groups.
Analysis of the relative optical density showed an increase in the content of 5-HT in the short
withdrawal group (81.7%) compared to the control group. Taken together, the data obtained
demonstrate a depressor-like effect induced by short- and long-term withdrawals of ethanol
that is unrelated to changes in the number of serotonergic cells, but may be related to an
increase in the relative optical density of 5-HT in the MRN.
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