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Previous issue date: 2016-06-22 === Sistemas de ?gua doce representam os ambientes mais amea?ados do mundo, com taxas de extin??o consideravelmente maiores que ambientes terrestres. Esses sistemas podem ser descritos como sistemas s?cio ecol?gicos, onde rela??es sociais, biol?gicas e biof?sicas s?o complexas e rec?procas. Um bom exemplo dessa complexidade est? nas v?rzeas amaz?nicas, onde uma alt?ssima diversidade biol?gica e ?tnica coexiste. Estabelecer planos de conserva??o para as v?rzeas da Amaz?nia ? uma tarefa hom?rica, uma vez que as amea?as que pairam sob esses ambientes n?o param de crescer. Diante da insufici?ncia governamental, em termos de recursos financeiros e humanos, argumentamos que a inclus?o de comunidades locais no processo de conserva??o pode ser uma eficiente estrat?gia. Esses esquemas de conserva??o participativa t?m sido implementados em v?rios ecossistemas do mundo, visando a descentraliza??o da conserva??o e o empoderamento das comunidades locais. No entanto, a literatura global carece de estudos que avaliem os efeitos desses esquemas sob ? luz dos principais objetivos do mil?nio: conserva??o da biodiversidade, redu??o da pobreza e melhoria da qualidade de vida das comunidades tradicionais. Na presente tese avaliamos dois s?lidos sistemas de conserva??o participativa na Amaz?nia brasileira, o manejo comunit?rio do pirarucu e o manejo da tartaruga da Amaz?nia. Cada cap?tulo dessa tese traz uma abordagem diferente para essa problem?tica, avaliando os efeitos do manejo participativo em uma abordagem multi-tr?fica. Por fim, conclu?mos que a sociedade brasileira est? frente a dois modelos muito interessantes de conserva??o, que ainda precisam de ajustes, mas que possuem um potencial incr?vel de contribuir com a conserva??o da v?rzea e com a melhoria da qualidade de vida das comunidades locais.
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