An?lise de grafos aplicada a relatos de sonhos: ferramenta diagn?stica objetiva e diferencial para psicose esquizofr?nica e bipolar

Made available in DSpace on 2014-12-17T15:28:52Z (GMT). No. of bitstreams: 1 NataliaBM_DISSERT.pdf: 6831485 bytes, checksum: ae45e1b09ad81bf85589b753a8d4e48f (MD5) Previous issue date: 2013-07-26 === Coordena??o de Aperfei?oamento de Pessoal de N?vel Superior === Apesar do esfor?o e de alguns avan...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Mota, Nat?lia Bezerra
Other Authors: CPF:12817881800
Format: Others
Language:Portuguese
Published: Universidade Federal do Rio Grande do Norte 2014
Subjects:
Online Access:http://repositorio.ufrn.br:8080/jspui/handle/123456789/17027
Description
Summary:Made available in DSpace on 2014-12-17T15:28:52Z (GMT). No. of bitstreams: 1 NataliaBM_DISSERT.pdf: 6831485 bytes, checksum: ae45e1b09ad81bf85589b753a8d4e48f (MD5) Previous issue date: 2013-07-26 === Coordena??o de Aperfei?oamento de Pessoal de N?vel Superior === Apesar do esfor?o e de alguns avan?os da comunidade cient?fica na busca por biomarcadores para as principais s?ndromes psiqui?tricas, at? o momento os resultados n?o foram consistentes o suficiente para serem reproduzidos em larga escala. A maior parte das observa??es em psiquiatria est? baseada na descri??o verbal de estados internos e a quantifica??o acurada desses fen?menos ainda ? necess?ria. Compreendendo a rela??o entre palavras no discurso como um sistema complexo, propomos sua representa??o por grafos de sequ?ncia de palavras, a fim de observar padr?es caracter?sticos em grafos produzidos por sujeitos psic?ticos portadores de Esquizofrenia, de Transtorno Bipolar do Humor do tipo I ou sujeitos n?o psic?ticos, buscando tamb?m por rela??es entre atributos de grafos e sintomas medidos por escalas psicom?tricas PANSS e BPRS. No primeiro cap?tulo, utilizando 24 sujeitos (8 sujeitos por grupo), representando como n? cada lexema (sujeito, verbo, objeto) e arestas direcionadas indicando a sequ?ncia desses, foi poss?vel fazer uma classifica??o entre esquizofrenia e bipolaridade com mais de 90% de sensibilidade e especificidade, maior acur?cia do que ao utilizar escalas psicom?tricas (60% sensibilidade e especificidade), n?o sendo encontrada qualquer correla??o entre atributos de grafo e sintomas. Essa primeira etapa apresentava limita??es em rela??o ao tamanho amostral, automatiza??o do m?todo e controle da diferen?a de verbosidade entre os sujeitos, al?m de apenas considerar um ?nico assunto para produ??o do relato (relatos de sonho). Para isso coletamos relatos de sonho e de vig?lia em 20 sujeitos de cada grupo. Desenvolvemos um software que representa relatos transcritos como grafos onde os n?s s?o as palavras e as arestas s?o a sequ?ncia temporal entre estas (liga??o entre palavras sucessivas). Foi poss?vel ainda fixar o n?mero total de palavras para fazer um grafo, controlando melhor a diferen?a de verbosidade. Ap?s a representa??o dos relatos por grafos, calculamos 14 atributos, sendo estes caracter?sticas gerais (total de n?s e arestas), caracter?sticas de recorr?ncia (arestas paralelas e repetidas ou ciclos de um, dois e tr?s n?s), caracter?sticas de conectividade (total de n?s em maiores componentes conectados ou fortemente conectados, e grau m?dio), e caracter?sticas globais de rede como densidade, dist?ncias (di?metro e menor caminho m?dio) e coeficiente de agrupamento ou clustering. Encontramos, de maneira consistente entre relatos de diferentes tamanhos, que sujeitos portadores de esquizofrenia geraram grafos sobre sonho e vig?lia com menos conectividade (menos arestas entre n?s e menores componentes conectados) que grupo bipolar e controle, sendo esses atributos correlacionados negativamente com sintomas negativistas e cognitivos medidos pelas escalas psicom?tricas. Apenas grafos sobre sonho diferenciaram bipolares de controles (os primeiros com menos n?s e menores componentes conectados), sendo que controles geraram grafos sobre sonho mais conectados que sobre vig?lia, enquanto bipolares geraram grafos sobre sonho com mais recorr?ncia, maior densidade e clustering, al?m de menores dist?ncias que grafos sobre vig?lia. O grupo esquizofrenia n?o mostrou qualquer diferen?a entre grafos sobre sonho ou vig?lia. Foi poss?vel a classifica??o autom?tica dos grupos usando os atributos de grafos, sendo essa calssifica??o melhor que escalas psicom?tricas para diferenciar grupo Esquizofrenia do grupo Bipolar (?rea abaixo da curva ROC (AUC): Grafos: 0.801, Escalas: 0.376). Quando utilizados adicionalmente ?s escalas houve ganho importante na qualidade classificat?ria, atingindo padr?es ?timos para diagn?stico de Esquizofrenia (AUC = 1, 100% sensibilidade e especificidade). Juntos, os resultados mostram que a an?lise de grafos aplicada ao discurso pode ajudar no diagn?stico cl?nico como m?todo promissor, simples e acurado, sendo essas caracter?sticas correlacionadas com sintomas negativos e cognitivos. O m?todo pode ser especialmente ?til para pesquisa de biomarcadores de transtornos psiqui?tricos. Pode nos ajudar a compreender os substratos neurais de mecanismos tais como a empatia, utilizados em comportamentos complexos como rela??es interpessoais. Os dados apontam tamb?m para no??o de que, quanto mais introspectivo o relato, maior a influ?ncia de processos mentais patol?gicos ao discurso. A no??o freudiana de que os sonhos s?o o caminho real para o inconsciente tem portanto utilidade cl?nica