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Previous issue date: 2006-09-11 === Dentre as macroalgas capazes de absorver altas concentra??es de N e P dissolvidos na ?gua, destaca-se a Chlorophyta Ulva lactuca, bastante adapt?vel e resistente ?s adversidades ambientais, como grandes varia??es de temperatura, salinidade, mat?ria org?nica e metais pesados. Trata-se tamb?m de uma esp?cie bastante comum nas ?reas intertidais do litoral norte-riograndense. Devido a suas caracter?sticas ecol?gicas, fisiol?gicas e nutricionais, foi avaliado nesse estudo, o seu potencial como biofiltro na redu??o de NH4+, NO3- e PO4-2, tanto em condi??es controladas como tamb?m em um viveiro de camar?o. No experimento laboratorial, foram utilizados quatro aqu?rios de vidro de 30 x 20 x 20cm com 10L de ?gua, sendo tr?s aqu?rios experimentais contendo 20g de U. lactuca e um controle. O acr?scimo de biomassa foi de 2,92g (22,92 ? 6,29g; p < 0,05) em rela??o ao in?culo inicial de 20g, sob temperatura (28,50 ? 0,58?C), salinidade (35,00 ? 0,00 ), pH (8,26 ? 0,02) e luz constante (250 μmol.m2s-1). O crescimento positivo (1,78 ? 4,38%dia-1; p < 0,05), juntamente com a alta efici?ncia de absor??o de am?nio (83%; p < 0,001), nitrato (83%; p < 0,001) e ortofosfato (53%; p < 0,001), demonstrou que, nessas condi??es, a Ulva lactuca absorveu os nutrientes e aumentou sua biomassa. J? no experimento de campo, realizado na fazenda TECNAR?O, situada no munic?pio de Arez/RN (06? 11 40 Latitude Sul, e 35? 09 37 Longitude Oeste), foram utilizadas tr?s gaiolas de PVC, posicionadas a 12cm da superf?cie da ?gua, cada uma com dimens?es de aproximadamente 59 x 59 x 15cm, onde foram colocadas 200g de U. lactuca. O ganho de biomassa de 3g (203,00 ? 41,02g; p < 0,001) foi muito semelhante ?s condi??es controladas, demonstrando a adaptabilidade da esp?cie em condi??es ambientais vari?veis, onde, apesar da temperatura pouco vari?vel (27,45 ? 0,64?C), houve progressiva diminui??o de salinidade (25 - 15 ), devido ao per?odo de fortes chuvas (34,70 ? 23,78mm). Somado a isso, foram observados v?rios fatores biol?gicos interferindo no viveiro, como a presen?a de ep?fitas, organismos endof?ticos, fouling e a herbivoria por parte dos pr?prios camar?es. Houve aumento nas concentra??es de NH4+ (4,36 ? 1,69 μmol.L-1), NO3- (0,17 ? 0,25μmol.L-1) e PO4-2 (0,41 ? 0,13μmol.L-1), coincidindo com o crescimento da esp?cie at? a terceira semana. Todos os par?metros ambientais analisados, assim como a biomassa e a Taxa de Crescimento Relativo (TCR), obtidos no campo, apresentaram varia??es altamente significativas (p < 0,001). As correla??es observadas entre biomasa e NH4+ (r = 0,82; p < 0,001) e entre biomassa e PO4-2 (r = 0,87; p < 0,001), indicam que esta esp?cie ? capaz de ter um crescimento satisfat?rio nas condi??es eutr?ficas de um viveiro de camar?o, sendo poss?vel seu uso como biofiltro.
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