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Previous issue date: 2014-11-25 === Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul - FAPERGS === A prevenção de fatores determinantes para doenças bucais em crianças, geralmente, está associada à atuação materna, logo, desequilíbrios psicológicos maternos podem desencadear cuidados inadequados à criança. Aspectos sociais, culturais, ambientais e psicológicos na família podem afetar os desfechos de saúde nas crianças e a percepção sobre a qualidade de vida. Tornar-se mãe na adolescência pode representar maior risco à saúde bucal, dadas suas implicações biológicas, familiares, emocionais, comportamentais e econômicas, podendo refletir na própria saúde bucal materna, bem como, na de seus filhos. Desta forma, este estudo tem por objetivo avaliar a percepção de mães adolescentes sobre a qualidade de vida relacionada à saúde bucal de crianças de 24 a 36 meses de idade. A pesquisa, de caráter transversal, foi realizada aninhada em uma coorte de gestantes adolescentes da cidade de Pelotas - RS. A coleta de dados deu-se após assinatura do Termo de Consentimento Livre e esclarecido e consistiu na realização de entrevista com as mães, avaliação psiquiátrica materna, exame bucal materno e exame bucal da criança. Na entrevista foram coletados dados socioeconômicos, referentes ao uso de serviços odontológicos da mãe e da criança e ansiedade odontológica materna. Foram aplicados instrumentos específicos para mensuração da qualidade de vida relacionada a saúde bucal da mãe (Oral Impacts on Daily Performance) e da criança (Early Childhood Oral Health Impact Scale), bem como avaliação psicológica materna, ( MINI – PLUS - Mini International Neuropsychiatric). As variáveis clínicas coletadas foram experiência de cárie da mãe e da criança (CPOD e ceod), sangramento gengival da mãe e trauma dentário na criança. Os dados serão tabulados no programa Epiinfo 6.04, digitado em duplicidade e independentemente. Para verificar a associação entre as variáveis independentes e o desfecho, na análise bruta e ajustada, utilizou-se Regressão de Poisson com variância robusta, estimando-se as razões de prevalência e seus respectivos intervalos de confiança de 95%. Todos os dados foram analisados no programa Stata 12.0 para Windows (Stata Corporation, College Station, Estados Unidos). Este estudo avaliou 544 díades mãe-filho. Após o ajuste, a percepção materna de impacto na qualidade de vida relacionada à saúde bucal da criança permaneceu significativamente associada com transtorno depressivo maior (RP = 1,52, IC 95% = 1,07-2,14), sintomas de ansiedade (RP = 1,37, 95% CI = 1,17-1,61 ), visitas da criança ao dentista (PR = 0,46, 95% CI = (0,35-0,61), experiência de cárie da criança (RP = 1,48 IC 95% = 1,12-1,96) e qualidade de vida relacionada à saúde bucal da mãe (RP = 1,97, IC 95% = 1,14-3,45). Concluiu-se que mães depressivas e com sintomas de ansiedade percebem maior impacto negativo na qualidade vida relacionada à saúde bucal de seus filhos, independentemente da condição de saúde bucal das crianças. === The prevention of determining factors of oral diseases in children is usually associated with maternal role, thus maternal psychological imbalances can trigger inadequate child care. Social, cultural, environmental and psychological aspects in the family can affect health outcomes in children and perception of oral health-related quality of life. Becoming a mother in adolescence may represent increased risk to oral health, given its biological, family, emotional, behavioral and economic implications, which may reflect the mother's own oral health as well, in their children. Thus, this study aims to assess the perception of teenage mothers on the quality of life related to oral health of children aged 24 to 36 months. This cross-sectional research was conducted nested in a cohort of pregnant adolescents in the city of Pelotas - RS. Data collection took place after signing the informed consent and consisted of interviews with the mothers, maternal psychiatric evaluation, maternal oral examination and oral examination of the child. In the interview, socioeconomic, referring to the use of dental services of the mother and child and maternal dental anxiety data were collected. Specific instruments for measuring oral health-related quality of life of the mother (Oral Impacts on Daily Performance) and children (Early Childhood Oral Health Impact Scale) were applied, as well as maternal psychological assessment (MINI - PLUS - Mini International Neuropsychiatric) . Clinical variables collected were caries experience of mother and child (DMFT and dmft), gingival bleeding of the mother, and dental trauma in the child. The data are tabulated in Epiinfo 6.04, typed in duplicate and independently. To investigate the association between the independent variables and the outcome, in crude and adjusted analyzes, we used Poisson regression with robust variance, estimating prevalence ratios and their respective confidence intervals of 95%. All data were analyzed using Stata 12.0 for Windows software (Stata Corporation, College Station, USA). This study comprised 544 dyads mother-child. After adjustment, the maternal perception of impact on child oral health quality of life remained significantly associated with major depressive disorder (PR= 1.52, 95%CI =1.07-2.14), anxiety symptoms (PR= 1.37, 95%CI =1.17-1.61), child dental visit (PR= 0.46, 95%CI =(0.35-0.61), child caries experience (PR=1.48, 95%CI=1.12-1.96) and mother oral health-related quality of life (PR=1.97, 95%CI=1.14-3.45). It was concluded that depressive mothers and with anxiety symptoms perceived a greater negative impact on Oral health-related quality of life of their children, regardless of children’s oral health status
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