“Inclusão é uma utopia” : possibilidades e limites para a inclusão nos anos finais do ensino fundamental – intervenção e interpretação a partir da Teoria Histórico-Cultural da Atividade

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Full description

Bibliographic Details
Main Author: Cenci, Adriane
Other Authors: 256.388.580-91
Language:Portuguese
Published: Universidade Federal de Pelotas 2016
Subjects:
Online Access:http://repositorio.ufpel.edu.br:8080/handle/prefix/2955
Description
Summary:Submitted by Simone Maisonave (simonemaisonave@hotmail.com) on 2016-09-08T16:03:49Z No. of bitstreams: 2 license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) Adriane Cenci_Tese.pdf: 3364347 bytes, checksum: 583115d297f99b62e71de3ba5d0a57f8 (MD5) === Approved for entry into archive by Simone Maisonave (simonemaisonave@hotmail.com) on 2016-09-08T16:04:01Z (GMT) No. of bitstreams: 2 license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) Adriane Cenci_Tese.pdf: 3364347 bytes, checksum: 583115d297f99b62e71de3ba5d0a57f8 (MD5) === Approved for entry into archive by Aline Batista (alinehb.ufpel@gmail.com) on 2016-09-08T21:48:55Z (GMT) No. of bitstreams: 2 license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) Adriane Cenci_Tese.pdf: 3364347 bytes, checksum: 583115d297f99b62e71de3ba5d0a57f8 (MD5) === Made available in DSpace on 2016-09-08T21:49:09Z (GMT). No. of bitstreams: 2 license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) Adriane Cenci_Tese.pdf: 3364347 bytes, checksum: 583115d297f99b62e71de3ba5d0a57f8 (MD5) Previous issue date: 2016-02-25 === Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES === A pesquisa, orientada pela Teoria Histórico-Cultural da Atividade, voltou-se à temática da inclusão de alunos com necessidades especiais na escola regular. Em consonância com o referencial teórico, estabeleceu-se como objeto da pesquisa, ou seja, como o motivo da atividade para o qual estiveram orientadas as ações da pesquisadora, a inclusão de alunos com deficiência no 6º ano do ensino fundamental focada na aprendizagem dos alunos e não apenas na sua presença na escola. Visou-se, igualmente, investigar a compreensão que os professores tinham acerca da inclusão e buscar um entendimento ampliado, acerca do tema, que pudesse orientar a produção, pelo próprio grupo, de novas formas de organização do ensino para promover essa aprendizagem (aprendizagem expansiva). A fundamentação teórica centrou-se nos escritos de Vygotsky (1991, 1993, 1997), Leontiev (1978, 1983, 1991) e Engeström (1987, 2002, 2011). A pesquisa constitui-se como uma intervenção, na qual há planejamento e implementação de interferências (mudanças, inovações) – destinadas a produzir avanços, nos processos de aprendizagem dos sujeitos que delas participam – e posterior avaliação dos efeitos dessas interferências (DAMIANI et al, 2013). A intervenção foi realizada em dez sessões das quais participaram professores dos anos finais do ensino fundamental, que trabalhavam com alunos incluídos, pela primeira vez. O design da intervenção foi inspirado no Laboratório de Mudança (ENGESTRÖM, 2007; VIRKKUNEN, NEWNHAM, 2015). Os dados, coletados por meio de gravações das sessões, foram abordados pela perspectiva das ações – ao analisar as ações de aprendizagem expansiva – e pela perspectiva da atividade – ao analisar as transformações da compreensão da inclusão ao longo da intervenção. Três aprendizagens potencialmente expansivas emergiram, como tentativas de soluções coletivas para as dificuldades desencadeadas pela inclusão: um protocolo de organização da inclusão na escola, uma agenda para comunicação com a família dos alunos e a articulação entre sala de recursos e sala regular. Nenhuma foi consolidada, principalmente, porque não houve engajamento para a mudança por parte dos professores participantes (agency). Na análise da compreensão de inclusão destacaram-se menções à inclusão como aprendizagem e como falácia e as manifestações de contradição relacionadas à temática. Falácia e contradições sendo os conteúdos mais frequentes e com crescimento acentuado nas últimas sessões. O reconhecimento e o enfrentamento de contradições são importantes para a transformação de um sistema de atividade. Contudo, ao fim da pesquisa, percebeu-se que as contradições geradas pela inclusão dos alunos com deficiência na escola regular são grandes demais para serem enfrentadas, com as condições disponíveis aos professores. Além disso, avaliou-se que a intervenção não deu suporte suficiente para tais transformações. Apenas poucas mudanças individuais foram observadas, não podendo ser consideradas como transformações do objeto da atividade e nem como aprendizagens expansivas. === This research, oriented by the Historical-Cultural Activity Theory, analyzed the inclusion of students with special needs in the regular school. According to the theoretical referential, the object of the research, or the motive of the activity towards which the actions of the researcher were oriented, was defined as being the inclusion of special needs students in the 6th grade of a primary school with the focus on the learning processes of these students. The way teachers understood the inclusion process and an attempt to understand it deeper was also a proposition of this research, as we expected it could have oriented the production, by the group itself, of new teaching strategies (expansive learning). This study was theoretically based on Vygotsky (1991, 1993, 1997), Leontiev (1978, 1983, 1991) and Engeström (1987, 2002, 2011). The research was designed as an intervention, where there is the planning and implementation of interferences (changes, innovations) – which aim to foster the learning process of the participants – and posterior evaluation of the effects of these interferences (DAMIANI et al, 2013). The intervention was performed along ten meetings with the teachers of the final years of primary school that were working with included students for the first time. The design of the intervention was based on the Change Laboratory (ENGESTRÖM, 2007; VIRKKUNEN, NEWNHAM, 2015). Data, collected by the means of recording, were approached by the perspective of actions – analyzing the actions of expansive learning – and by the activity perspective – analyzing how the understanding regarding inclusion changed along the intervention. Three potentially expansive learning processes emerged as collective attempts to overcome the difficulties found by inclusion: a protocol to organize the inclusion process in the school, an appointment book to organize the communication between the school and families and an articulation between the actions of the resource room and the regular classrooms. None of these attempts was consolidated, as teachers were not engaged with the changes (no agency). The analysis of how teachers perceived inclusion revealed they see the inclusion as a learning process and as a fallacy, with many contradictions related to the subject. The fallacy and the contradictions were the most prevalent subjects and they grew in importance towards the end of the intervention. The recognition and confrontation of the contradictions are crucial to the transformation of an activity system. However, we perceived that the contradictions generated by the inclusion of the students with special needs in the regular school are too big to be faced by the teachers with the resources they posses. We also perceived that the intervention did not give enough support to the changes. A few individual changes were observed, but they can neither be considered as a change in object of the activity nor as expansive learning.