Summary: | Made available in DSpace on 2014-08-20T14:31:28Z (GMT). No. of bitstreams: 1
dissertacao_luis_augusto_xavier_cruz.pdf: 1391825 bytes, checksum: b731f2ece4a98ab80df6cebec7f6f26f (MD5)
Previous issue date: 2012-03-02 === Human toxocariasis is a worldwide parasitic zoonosis, with underestimated prevalence and characterized by complex diagnosis, treatment, and control. These aspects justify the search for new supportive alternatives to control this tissue
helminthiasis. In this sense, experimental models have shown the potential of probiotic agents in reducing the intensity of infections with Toxocara canis larvae. Therefore, studying the effect of probiotics in vertical transmission is also relevant, as
this type of transmission is essential in definitive hosts and has been shown in humans. This study aims at assessing the effect of Saccharomyces boulardii probiotic on the vertical transmission of Toxocara canis larvae in female mice inoculated during the last third of pregnancy. Two groups of eight female Swiss mice were formed. Females in Group 1 (G1) were fed with ration supplemented with S. boulardii probiotic,
and females in G2 (control) were fed with ration without probiotic. The supply of ration for both groups started 15 days before mating, continued during pregnancy and was maintained until the 21st day of lactation. Experimental infection of females was given on day 14 of pregnancy, when 300 T. canis eggs were intragastrically inoculated. Lactating females and infants were euthanized on the 21st day of
lactation. After necropsy, organs and skeletal striated muscle (carcass) were submitted to tissue digestion with 1% pepsin and 1% hydrochloric acid. Next, detection and quantification of larvae were performed on the material. Frequency of
vertical transmission to the G1 offspring (probiotic) was 21.6% lower than in the G2 (control). In addition, the number of T. canis larvae recovered from G1 female mice offspring (probiotic) was 42.1%, which is significantly lower (p=.026) than the number of larvae recovered from G2 female offspring (control). It can be concluded that there was a beneficial effect of S. boulardii on the studied conditions, resulting in a reduction in the rate of vertical transmission of T. canis and confirming its potential in contributing to the control of visceral toxocariasis. === A toxocaríase humana é uma zoonose parasitária com distribuição mundial, apresenta prevalência subestimada e é caracterizada pela complexidade na realização do diagnóstico, tratamento e controle. Estes aspectos justificam a busca
por novas alternativas auxiliares no controle desta helmintíase tecidual. Neste sentido, já foi observado, em modelos experimentais, o potencial de agentes probióticos para a redução da intensidade da infecção por larvas de Toxocara canis. Desse modo, torna-se relevante estudar o efeito dos probióticos também na transmissão vertical, pois este tipo transmissão é fundamental nos hospedeiros definitivos e já foi demonstrada nos seres humanos. O objetivo deste estudo foi
avaliar o efeito do probiótico Saccharomyces boulardii sobre a transmissão vertical de larvas de Toxocara canis em camundongos, fêmeas, inoculadas no terço final da gestação. Dois grupos de oito camundongos Swiss, fêmeas, foram formados. As fêmeas do Grupo 1 (G1) foram alimentadas com ração suplementada com probiótico S. boulardii e as fêmeas do G2 (controle) foram alimentadas com ração sem probiótico. O fornecimento de ração para os dois grupos iniciou 15 dias antes do acasalamento, continuou durante toda gestação e foi mantido até o 21° dia de lactação. A infecção experimental das fêmeas ocorreu no 14° dia de gestação, quando foram inoculados, pela via intragástrica, 300 ovos embrionados de T. canis. As fêmeas lactantes e os lactentes foram eutanasiados no 21º dia de lactação. Após a necropsia, órgãos e musculatura estriada esquelética (carcaça) foram submetidos
à digestão tecidual com pepsina 1% e ácido clorídrico 1%. A seguir foi realizada a pesquisa e quantificação das larvas no material. A frequência da transmissão vertical para a prole no G1 (probiótico) foi 21,6% menor do que no G2 (controle). Além disso, o número de larvas de T. canis recuperadas, nos lactentes das fêmeas do G1 (probiótico) foi 42,1%, significativamente menor (p=0,026) do que o número de
larvas recuperadas na prole das fêmeas do G2 (controle). Conclui-se que houve efeito benéfico do probiótico S. boulardii nas condições estudadas, com a redução na taxa de transmissão vertical de T. canis, confirmando o seu potencial em contribuir para o controle da toxocaríase visceral.
|