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Previous issue date: 2003 === Ao semi-árido brasileiro historicamente têm sido dirigidas políticas de
desenvolvimento que se propõem a combater a seca e minimizar os efeitos da estiagem
para a região e a população. A sociedade civil organizada atuante nesta área, vem
acumulando nos últimos anos, experiências de intervenção com foco no
desenvolvimento sustentável, consolidadas na defesa da convivência com o semi-árido.
Destacam em seus trabalhos que a problemática do semi-árido, muito mais que
ambiental, caracteriza-se por questões políticas que têm gerado dependência e mantido
o quadro de pobreza e exclusão no qual está inserido o grande contingente de
agricultores familiares que habitam a região. Neste estudo, a intervenção rural é
problematizada no contexto social de construção de sentidos para a vida no semi-árido.
Fundamenta a investigação no campo político em sua relação com a autonomia dos
atores sociais considerados participantes ativos na construção social. Entrevistas com
agricultores e profissionais envolvidos com os trabalhos da Articulação no SemiÁrido/
ASA em Pernambuco compõem o material da pesquisa, cujo foco de análise é
dirigido para o discurso desses atores. As análises apresentam dois sentidos para a vida
no semi-árido. Um que a significa como inviável diante do qual os atores sociais
praticamente reproduzem o discurso da impossibilidade de se viver e trabalhar na
região construído a partir de referenciais que lhes são externos, no sentido de que reúne
conteúdos com os quais não se identificam. O outro sentido apresenta a vida no semiárido
como viável expresso na defesa da convivência com a região, articulando
referências internas compartilhadas pelos atores, indicativo, portanto, do processo de
construção da autonomia
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