As múltiplas faces do voluntariado: a profissionalização e a humanização do tratamento do câncer infantil
Made available in DSpace on 2014-06-12T23:15:09Z (GMT). No. of bitstreams: 2 arquivo477_1.pdf: 2630763 bytes, checksum: 11258d44e6c3570e8dae2d83f8e263f8 (MD5) license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) Previous issue date: 2010 === Conselho Nacional de Desenvolviment...
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Universidade Federal de Pernambuco
2014
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ndltd-IBICT-oai-repositorio.ufpe.br-123456789-95642019-01-21T19:13:08Z As múltiplas faces do voluntariado: a profissionalização e a humanização do tratamento do câncer infantil Soares de Lima Barbosa, Vilma Henrique Novaes Martins de Albuquerque, Paulo Crianças com Câncer Humanização Profissionalização Racionalização Dádiva Voluntariado Made available in DSpace on 2014-06-12T23:15:09Z (GMT). No. of bitstreams: 2 arquivo477_1.pdf: 2630763 bytes, checksum: 11258d44e6c3570e8dae2d83f8e263f8 (MD5) license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) Previous issue date: 2010 Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico Nesse estudo objetivamos explicar a complexidade do voluntariado à luz do sistema da dádiva. Isso nos levará a aprofundar como a crescente racionalização e instrumentalização do voluntariado vem influenciando duas organizações voluntárias NACC e o GACC -, que direcionam suas atividades para pacientes com câncer. Centrando a nossa discussão nos mecanismos institucionais e nas relações interpessoais entre os sujeitos voluntários, profissionais, público-alvo e gestores pretendemos explicitar como as organizações resolvem o dilema de se institucionalizarem, sem marginalizarem sua missão. Partimos da hipótese de que embora, o processo de profissionalização imponha suas lógicas neste setor, existe uma demanda por criação de vínculos e valorização da pessoa, tão necessária quanto à sustentabilidade financeira das organizações. A nossa pesquisa caracteriza-se como analítica e de aporte qualitativo, tendo como técnicas centrais a entrevista e a observação participante realizada nas instituições pesquisadas. Como ancore teórico-analítico associamos as discussões sobre a ação social e racionalidade elaboradas por Max Weber (2000); Habermas (1987) e Boaventura Santos (2009) ao circuito da dádiva na modernidade (Mauss, 1970; Caillé, 2002; Godbout, 1999; Martins, 2002). Nesta perspectiva, identificamos que as relações de dádiva estabelecidas no cotidiano entre os agentes impedem que as organizações priorizem a eficiência dos serviços e a burocratização das atividades em detrimento das relações de proximidade. Ao ultrapassarmos explicações reducionistas, identificamos a coexistência de lógicas distintas que caracteriza essas organizações como um espaço híbrido. Espaço, complexo e heterogêneo, em que a instrumentalização das ações e a formalização das relações, convivem com o caráter espontâneo e a informalidade dos vínculos, que marcam a origem das instituições pesquisadas. Os dados da pesquisa nos permitiram inferir que as instituições ao vislumbrar o paciente como um ser total , resgatando as relações de proximidade, e acolhendo as demandas simbólicas dos usuários, relevam a complexidade do adoecer. Isso significa que se exige doar-se ao outro não apenas em função dos resultados da ação, mas pelo compromisso e pela obrigação que assumiu com este, ainda que o paciente caminhe inexoravelmente para a morte. Com base nas constatações, concluímos que, o tratamento do câncer infantil humanizado exige formas associativas híbridas, nas quais a busca de procedimentos instrumentais administrativos e a contratação de profissionais especializados precisa se adequar a necessidade da qualidade humana dos vínculos 2014-06-12T23:15:09Z 2014-06-12T23:15:09Z 2010-01-31 info:eu-repo/semantics/publishedVersion info:eu-repo/semantics/doctoralThesis Soares de Lima Barbosa, Vilma; Henrique Novaes Martins de Albuquerque, Paulo. As múltiplas faces do voluntariado: a profissionalização e a humanização do tratamento do câncer infantil. 2010. Tese (Doutorado). Programa de Pós-Graduação em Sociologia, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2010. https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/9564 por info:eu-repo/semantics/openAccess Universidade Federal de Pernambuco reponame:Repositório Institucional da UFPE instname:Universidade Federal de Pernambuco instacron:UFPE |
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Crianças com Câncer Humanização Profissionalização Racionalização Dádiva Voluntariado |
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Previous issue date: 2010 === Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico === Nesse estudo objetivamos explicar a complexidade do voluntariado à luz do sistema da
dádiva. Isso nos levará a aprofundar como a crescente racionalização e
instrumentalização do voluntariado vem influenciando duas organizações voluntárias
NACC e o GACC -, que direcionam suas atividades para pacientes com câncer.
Centrando a nossa discussão nos mecanismos institucionais e nas relações interpessoais
entre os sujeitos voluntários, profissionais, público-alvo e gestores pretendemos
explicitar como as organizações resolvem o dilema de se institucionalizarem, sem
marginalizarem sua missão. Partimos da hipótese de que embora, o processo de
profissionalização imponha suas lógicas neste setor, existe uma demanda por criação de
vínculos e valorização da pessoa, tão necessária quanto à sustentabilidade financeira das
organizações. A nossa pesquisa caracteriza-se como analítica e de aporte qualitativo,
tendo como técnicas centrais a entrevista e a observação participante realizada nas
instituições pesquisadas. Como ancore teórico-analítico associamos as discussões sobre
a ação social e racionalidade elaboradas por Max Weber (2000); Habermas (1987) e
Boaventura Santos (2009) ao circuito da dádiva na modernidade (Mauss, 1970; Caillé,
2002; Godbout, 1999; Martins, 2002). Nesta perspectiva, identificamos que as relações
de dádiva estabelecidas no cotidiano entre os agentes impedem que as organizações
priorizem a eficiência dos serviços e a burocratização das atividades em detrimento das
relações de proximidade. Ao ultrapassarmos explicações reducionistas, identificamos a
coexistência de lógicas distintas que caracteriza essas organizações como um espaço
híbrido. Espaço, complexo e heterogêneo, em que a instrumentalização das ações e a
formalização das relações, convivem com o caráter espontâneo e a informalidade dos
vínculos, que marcam a origem das instituições pesquisadas. Os dados da pesquisa nos
permitiram inferir que as instituições ao vislumbrar o paciente como um ser total ,
resgatando as relações de proximidade, e acolhendo as demandas simbólicas dos
usuários, relevam a complexidade do adoecer. Isso significa que se exige doar-se ao
outro não apenas em função dos resultados da ação, mas pelo compromisso e pela
obrigação que assumiu com este, ainda que o paciente caminhe inexoravelmente para a
morte. Com base nas constatações, concluímos que, o tratamento do câncer infantil
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