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Previous issue date: 2011 === A principal fonte de vitamina D é a produção endógena a partir da
exposição solar, logo a carência deste composto é frequentemente subdiagnosticada em
locais de alta incidência de radiação ultravioleta, como no Brasil. O papel fisiológico da
vitamina D associado à absorção de cálcio e de fosfato, já é bem estabelecido, entretanto
pouco se sabe sobre as repercussões em músculos saudáveis de adolescentes, ao
contrário de idosos, onde esta repercussão já tem sido descrita. Objetivo: Caracterizar
as propriedades biomecânicas do músculo esquelético em adolescentes do gênero
masculino com carência em vitamina D e os fatores de risco deste distúrbio metabólico
na população estudada. Materiais e Métodos: Realizou-se um estudo analítico, de corte
transversal, envolvendo 92 adolescentes de 13-16 anos, divididos em 2 grupos: Grupo
Suficiente- GS (n=43) e Grupo Insuficiência- GI (n=49). A divisão dos grupos ocorreu
após a dosagem dos níveis séricos de Calcidiol - 25(OH)D pela técnica de
quimioluminescência, considerando insuficiência os pontos de corte de vitamina D de
10-30ng/ml. Com o Ergômetro de Tornozelo (Bio2M®), as propriedades contráteis e
elásticas do tríceps sural foram avaliadas através da contração voluntária máxima
(CVM), pico de torque (Pt), tempo de contração (TC), tempo de médio relaxamento
(HRT), taxa de desenvolvimento de torque (dPt/dt), atraso eletromecânico (EMD),
eficiência neuromuscular (NME), índice do déficit de ativação (IDA), índice de
resistência musculotendínea (RIMT). Os fatores de risco para insuficiência desta
vitamina foram obtidos através de perguntas como tipo de pele, índice de exposição
solar - IS (Tempo de exposição solar multiplicada pela Fração de Área corpórea
Exposta ao Sol por semana), ingesta diária de leite, atividade recreativa exposta ao Sol.
Resultados: A ocorrência da insuficiência D na população estuda foi 53,2%. Em
relação aos parâmetros musculares avaliados e altura em pé não houve diferença
estatística (p>0.05) entre os grupos. O GI apresentou IS inferior ao GE (p=0,005) e
houve correlação positiva entre IS e os níveis séricos de 25(OH)D (p=0,002), assim
como houve diferença estatística em relação a prática de atividade recreativa exposta ao
Sol (p=0,015). Entretanto não houve diferença estatística entre os grupos em relação à
ingesta diária de leite e ao tipo de pele. Conclusão: A vitamina D parece não influenciar
nas propriedades biomecânicas musculares de adolescentes com insuficiência D,
entretanto isto pode ter ocorrido em função de um processo adaptativo muscular ou,
talvez, os níveis séricos de 25(OH)D não foram baixos o suficiente para trazer
repercussões musculares. Os fatores de risco da insuficiência D na população de estudo
foram em relação a exposição solar insuficiente, o que confirma a importância do Sol na
síntese da vitamina D pela pele
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