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Previous issue date: 2010 === INSTITUTO DE MEDICINA INTEGRAL PROF FERNANDO FIGUEIRA === Introdução: Nos familiares de primeiro grau de pacientes celíacos está indicada busca ativa
de novos casos por sorologia. Nesse grupo de indivíduos, o diagnóstico da doença celíaca é
complexo. Dentre familiares, são frequentes pacientes assintomáticos ou sem sinais de atrofia
vilositária na biópsia intestinal. Inúmeros esforços têm ocorrido para elucidar o diagnóstico
em situações de dúvida e recentemente, a genotipagem do HLA foi sugerida para esse
propósito. Contudo, o perfil HLA é variável entre os povos e ainda não está bem conhecido
no Brasil. Objetivos: 1 - Determinar a soroprevalência e prevalência de doença celíaca entre
familiares de primeiro grau de pacientes celíacos. 2 - Descrever as alterações histológicas,
manifestações clínicas e condições associadas nos novos casos identificados por sorologia
dentre os familiares de primeiro grau. 3 - Avaliar as frequências dos alelos codificadores dos
HLA DQ2 e DQ8 dentre pacientes com doença celíaca e seus familiares não acometidos por
essa doença. Método: O estudo foi descritivo com componente analítico. Os sujeitos da
pesquisa foram identificados a partir de pacientes celíacos (caso-índice) acompanhados em
ambulatórios de pediatria, gastroenterologia e endocrinologia infantil da cidade do Recife. Os
familiares de primeiro grau dos casos-índice foram submetidos à sorologia e aqueles com
anticorpo anti-transglutaminase positivo convidados a realizar biopsia de intestino delgado.
Nos familiares com biópsia alterada foram pesquisados sinais, sintomas e condições
associadas à doença celíaca. Os familiares que tiveram biópsia com sinais de atrofia
vilositária juntamente com os casos-índice foram considerados casos. Os familiares com
sorologia negativa compuseram o grupo de comparação. Os que tiveram sorologia positiva e
biópsia sem sinais de atrofia, assim como os que recusaram a biopsia foram excluídos da
análise. Todos os sujeitos foram submetidos à genotipagem dos HLA DQ2 e DQ8 e as suas
frequências comparadas entre os dois grupos. A associação entre as variáveis qualitativas
foram testadas pelo teste do qui-quadrado ou exato de Fisher, com nível de significância de
5%. Resultados: A soroprevalência foi de 20,1% (35/174). Vinte e dois familiares
submeteram-se à biopsia, desses 13/174 (7,5%) com histologia grau III de Marsh, 7/174 (4%)
grau I e 2/174 grau zero, conferindo uma prevalência estimada de 11,5%. Todos os familiares com alteração de biópsia tinham sintomas ou condições associadas à doença celíaca. Dentre
os 73 casos, 50 (68,5%) tinham o genótipo DQ2, 13 (17,8%) o DQ8, cinco (6,8%) DQ2 e
DQ8 e cinco não possuíam esses genótipos. Dos cinco pacientes negativos, quatro tinham um
gene B1*02 e um não tinha nenhum dos genes estudados. Dentre o grupo de comparação,
106/126 (78,6%) apresentaram os genótipos DQ2 e DQ8. Conclusão: A soroprevalência e a
prevalência de doença celíaca foram elevadas dentre familiares. O achado de biópsia com
alterações mínimas também foi frequente. Os genótipos DQ2 foi mais frequente dentre os
casos do que no grupo de comparação. A elevada frequência dos genótipos DQ2 e DQ8
encontrada dentre familiares limita o uso da genotipagem para o diagnóstico da doença
celíaca nesse grupo
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