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Previous issue date: 2007 === Esta pesquisa tem por objetivo investigar as emoções e as estratégias de coping frente à morte
por parte de crianças em situação de rua e de nível socioeconômico médio (NSEM), na faixaetária
de 7 a 12 anos, levando-se em conta a influência da idade, do sexo e da escolaridade. O
conceito de morte biológica é visto como complexo, multidimensional, abrangendo noções
tais como universalidade, não funcionalidade e irreversibilidade. Além dos aspectos
naturalísticos, contemplaram-se os não naturalísticos, que se referem ao entendimento da
morte, a partir de uma existência sobrenatural, de seres, forças ou elementos intangíveis.
Concebem-se as emoções como intrinsecamente articuladas à cognição, constituindo-se como
um conjunto de ações ou movimentos, que podem ser manifestados publicamente através de
expressões corporais, como também a partir de instrumentos de pesquisa. As estratégias de
coping referem-se aos esforços cognitivos e comportamentais das pessoas para lidar com as
situações estressantes. Utilizaram-se como instrumentos: 1) Roteiro de Entrevistas semiestruturadas,
visando a colher os dados sócio-demográficos da amostra; 2) Narração de uma
História sobre um menino que experiencia a perda do animal de estimação; 3) Relato de
Experiência Pessoal: após efetuarem-se questões relativas ao personagem, foi indagado se a
criança já tinha vivenciado alguma situação parecida com a do garoto da História; 4)
Instrumento de Sondagem do Conceito de Morte, elaborado por Torres para investigar os três
elementos do conceito de morte em crianças. Os resultados indicaram que a emoção tristeza e
as estratégias de coping de Negação estavam mais associadas às crianças de NSEM, de sexo
feminino, que detinham uma melhor compreensão dos três componentes de morte biológica,
enquanto as reações de choro eram mais peculiares às crianças em situação de rua, que
apresentaram uma diversidade maior de emoções, reportando-se ao Enfrentamento para lidar
com o estresse. Constatou-se que o menor entendimento dos componentes da morte pelas
crianças em situação de rua correlacionava-se com a idade (as mais velhas compreendem
mais), mas principalmente com a escolaridade, já que estas, na maioria das vezes, estavam
mais atrasadas na escola. Constatou-se ainda que o fato de a criança freqüentar a igreja
também influencia na sua facilidade de explicação e de entendimento da morte. Sendo assim,
percebe-se a importância da Escola e da Igreja, na facilitação da apreensão do conceito de
morte pelas crianças. Finalmente, os resultados apontam para uma articulação entre emoção e
cognição, quando sugerem que a tristeza, bem como estratégias de coping centradas na
emoção estão relacionadas com uma maior sofisticação cognitiva, ou a um maior domínio do
conceito de morte, enquanto o choro e as estratégias mais focadas no problema distanciam-se
desta compreensão
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