Emoções e estratégias de coping frente à morte de crianças em situação de rua e de nível socioeconômico médio

Made available in DSpace on 2014-06-12T23:03:17Z (GMT). No. of bitstreams: 2 arquivo8947_1.pdf: 952494 bytes, checksum: 0ee2141e9d84dd7c079a06eac3590e8b (MD5) license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) Previous issue date: 2007 === Esta pesquisa tem por objetivo inve...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Karla Jerônimo Marques de Sá, Adriana
Other Authors: da Graça Bompastor Borges Dias, Maria
Language:Portuguese
Published: Universidade Federal de Pernambuco 2014
Subjects:
Online Access:https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/8920
Description
Summary:Made available in DSpace on 2014-06-12T23:03:17Z (GMT). No. of bitstreams: 2 arquivo8947_1.pdf: 952494 bytes, checksum: 0ee2141e9d84dd7c079a06eac3590e8b (MD5) license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) Previous issue date: 2007 === Esta pesquisa tem por objetivo investigar as emoções e as estratégias de coping frente à morte por parte de crianças em situação de rua e de nível socioeconômico médio (NSEM), na faixaetária de 7 a 12 anos, levando-se em conta a influência da idade, do sexo e da escolaridade. O conceito de morte biológica é visto como complexo, multidimensional, abrangendo noções tais como universalidade, não funcionalidade e irreversibilidade. Além dos aspectos naturalísticos, contemplaram-se os não naturalísticos, que se referem ao entendimento da morte, a partir de uma existência sobrenatural, de seres, forças ou elementos intangíveis. Concebem-se as emoções como intrinsecamente articuladas à cognição, constituindo-se como um conjunto de ações ou movimentos, que podem ser manifestados publicamente através de expressões corporais, como também a partir de instrumentos de pesquisa. As estratégias de coping referem-se aos esforços cognitivos e comportamentais das pessoas para lidar com as situações estressantes. Utilizaram-se como instrumentos: 1) Roteiro de Entrevistas semiestruturadas, visando a colher os dados sócio-demográficos da amostra; 2) Narração de uma História sobre um menino que experiencia a perda do animal de estimação; 3) Relato de Experiência Pessoal: após efetuarem-se questões relativas ao personagem, foi indagado se a criança já tinha vivenciado alguma situação parecida com a do garoto da História; 4) Instrumento de Sondagem do Conceito de Morte, elaborado por Torres para investigar os três elementos do conceito de morte em crianças. Os resultados indicaram que a emoção tristeza e as estratégias de coping de Negação estavam mais associadas às crianças de NSEM, de sexo feminino, que detinham uma melhor compreensão dos três componentes de morte biológica, enquanto as reações de choro eram mais peculiares às crianças em situação de rua, que apresentaram uma diversidade maior de emoções, reportando-se ao Enfrentamento para lidar com o estresse. Constatou-se que o menor entendimento dos componentes da morte pelas crianças em situação de rua correlacionava-se com a idade (as mais velhas compreendem mais), mas principalmente com a escolaridade, já que estas, na maioria das vezes, estavam mais atrasadas na escola. Constatou-se ainda que o fato de a criança freqüentar a igreja também influencia na sua facilidade de explicação e de entendimento da morte. Sendo assim, percebe-se a importância da Escola e da Igreja, na facilitação da apreensão do conceito de morte pelas crianças. Finalmente, os resultados apontam para uma articulação entre emoção e cognição, quando sugerem que a tristeza, bem como estratégias de coping centradas na emoção estão relacionadas com uma maior sofisticação cognitiva, ou a um maior domínio do conceito de morte, enquanto o choro e as estratégias mais focadas no problema distanciam-se desta compreensão