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Previous issue date: 2012 === Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior === O objetivo desta dissertação foi avaliar em ratos adultos, os efeitos da desnutrição
protéica perinatal no metabolismo energético do músculo esquelético isolado submetido
à estimulação adrenérgica. Ratas Wistar foram divididas em dois grupos de acordo com
a manipulação nutricional durante toda gestação e lactação: o grupo controle recebeu
uma dieta com 17% caseína (C, n=6) e o grupo desnutrido recebeu uma dieta com 8%
de caseína (LP, n=6). O peso corporal e o consumo alimentar foram avaliados
semanalmente. No primeiro dia após o nascimento foi verificado o tamanho e o peso
das ninhadas. Após o desmame os filhotes receberam dieta padrão de biotério e foram
avaliados quanto ao peso corporal, comprimento corporal e o ganho de peso corporal até
a idade adulta. Aos 100 dias de idade os animais foram submetidos a um jejum de 12
horas e foram sacrificados para retirada dos tecidos. Foi retirado o sangue do animal
para avaliar, através de espectrofotometria e ELISA, as concentrações séricas de
proteínas totais, glicose, colesterol, triglicerídeos, leptina e insulina. Ambos, os
músculos sóleo e EDL foram removidos e incubados em equipamento de banho isolado
de tecidos por duas horas com fenilefrina 10-5 M, um agonísta seletivo do receptor α1-
adrenérgico, ou com isoprenalina 10-5 M, um agonista dos receptores β1- e β2-
adrenérgico. Após a estimulação adrenérgica dos músculos, foram avaliadas a atividade
das enzimas citrato sintase, PFK e β-HAD. Nossos resultados demonstram que animais
submetidos à desnutrição protéica perinatal apresentam menor peso no nascimento e
maior ganho de peso pós-natal. Com relação às avaliações do soro observamos apenas
uma redução na concentração de proteínas totais em animais desnutridos. No músculo
sóleo, foi observado que animais desnutridos apresentaram menor atividade da enzima
β-HAD e que mesmo quando estimulados com α ou β agonistas a atividade desta
enzima permaneceu reduzida. No músculo EDL, a atividade das enzimas PFK e CS foi
maior em animais desnutridos em relação ao controle. Quando tratados com
isoprenalina animais desnutridos apresentaram redução da atividade da enzima PFK e
um aumento da atividade da enzima β-HAD em relação aos animais desnutridos que
foram tratados com fenilefrina e os que não foram tratados. O presente estudo mostrou
que a desnutrição protéica perinatal programa o metabolismo energético de forma
diferente em dois tipos de músculos esqueléticos. No músculo predominantemente
oxidativo, diminui a atividade da enzima chave da beta oxidação de ácidos graxos,
sendo este efeito persistente mesmo quando estimulados com agonistas adrenérgicos.
Enquanto que, no músculo predominantemente glicolítico, aumenta a atividade de
enzimas chaves do metabolismo dos carboidratos e quando estimulados com β-agonista
adrenérgico induz o metabolismo dos ácidos graxos e inibe o metabolismo glicolítico
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