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Previous issue date: 2006 === O estudo das afasias decorrentes de acidente vascular encefálico (AVE), pela sua natureza
não evolutiva, permite a investigação do substrato da linguagem no cérebro. Deste modo
acredita-se que a caracterização dos distúrbios da linguagem a premissa de que o aprendizado da
leitura e escrita influencia a arquitetura cerebral da linguagem e que o desempenho de indivíduos
não alfabetizados em tarefas cognitivas apresentam diferenças com relação às respostas dos
indivíduos letrados. O objetivo deste estudo foi então, verificar os desempenhos nas tarefas de
linguagem dos indivíduos letrados e não alfabetizados saudáveis e afásicos. A pesquisa foi
realizada no Hospital da Restauração Recife PE, com um grupo de sujeitos que sofreram lesão
cérebro-vascular em hemisfério esquerdo confirmadas por exame clínico, realizado por um
neurologista do hospital, e por exames de imagem tomográfica. Este grupo foi formado por 51
sujeitos afásicos destromanos, 35 letrados (49,3± 13,9 anos) e 16 não alfabetizados (61,8 ±8,2
anos), Além destes, também houve um grupo controle formado por acompanhantes dos pacientes
e outros voluntários, constando de 57 indivíduos saudáveis destromanos; 30 letrados,(43,4 ± 17,8
anos) e 27 não alfabetizados, (51,8 ± 12,3 anos) apresentando, entre os quatros grupos, um p
=1,000 referente a idade. Todos foram avaliados pelo protocolo de Montreal-Toulose versão
Alpha para avaliação da linguagem. Com o grupo controle foi realizado o exame complementar
da prancha do roubo dos biscoitos do teste de Boston. Para a análise estatística dos dados foram
utilizados os testes T de Student , o Mann Whitney e o Fisher. Foram observadas diferenças
estatisticamente significantes entre os afásicos letrados e não alfabetizados e os respectivos
grupos controles, confirmando os quadros de distúrbio da linguagem. Na análise dos resultados
das provas de linguagem entre os afásicos letrados e não alfabetizados houve uma tendência para
um melhor desempenho dos não alfabetizados nas tarefas de nomeação. No grupo controle foi
observado diferentes desempenhos entre letrados e não alfabetizados. Na prova do roubo dos
biscoitos os resultados apresentaram diferenças estatísticas significantes (p< 0,0001) entre os
grupos. A pesquisa sugere que há diferenças no comportamento da linguagem entre indivíduos
não alfabetizados e letrados saudáveis e com distúrbio da linguagem por lesão cerebral em
hemisfério esquerdo
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