Evolução da linha de costa e caracterização da plataforma continental interna adjacente à Cidade do Recife PE
Made available in DSpace on 2014-06-12T22:58:29Z (GMT). No. of bitstreams: 2 arquivo1451_1.pdf: 7107219 bytes, checksum: 633f29fe06183c8d65cf00424ee475a1 (MD5) license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) Previous issue date: 2009 === Fundação de Amparo à Ciência e Tec...
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Universidade Federal de Pernambuco
2014
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Datação Sedimentos Morfologia Linha de costa Plataforma continental |
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Datação Sedimentos Morfologia Linha de costa Plataforma continental das Neves Gregório, Maria Evolução da linha de costa e caracterização da plataforma continental interna adjacente à Cidade do Recife PE |
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Previous issue date: 2009 === Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco === As praias da Boa Viagem e do Pina, localizadas na cidade do Recife-PE, são praias urbanas
de grande importância econômica local e regional. Apresentam uma extensão de 8 km, e
desde a última década apresentam problemas de erosão marinha. Este trabalho tem como
objetivo reconstruir a evolução holocênica da zona costeira e da plataforma continental
interna, bem como avaliar a implicação desta evolução na erosão da linha de costa. Esta
reconstrução foi realizada através da análise da variabilidade do perfil do ambiente praial, da
determinação da morfologia (topografia e batimetria) da plataforma continental interna, da
evolução espaço temporal da linha de costa, dos parâmetros sedimentológicos, bem como da
análise e datação dos beachrocks. Os perfis praiais apresentaram suas variações morfológicas
em diferentes períodos sazonais, e as maiores variações foram observadas nos perfis ao norte
e ao sul da área de estudo (perfis 1, 4A, 4B e 5). Os perfis 2 e 3 apresentaram balanço
sedimentar positivo (+2.18 m3/m e +3.8 m3/m), e estão localizados na parte central da área de
estudo. Em relação à evolução da linha de costa, o setor norte mostrou as maiores taxas de
progradação, e esta vai diminuindo em direção ao centro da área. Na região norte e sul, são
encontradas as maiores taxas de retração, de -1.84 e -1.61. Nos sedimentos do ambiente praial
e da plataforma continental interna, as maiores diferenças foram observadas no tamanho
médio do grão, na assimetria e na curtose. Predominam areias finas, e na plataforma
continental foi encontrada areia mais grossa em direção offshore. Os perfis topobatimétricos
apresentaram uma morfologia acidentada, com a presença de um canal e um corpo contínuo
de beachrock. O canal tem em média 6.40 m de profundidade e 437 m. de largura, e o
beachrock, 1285 m de largura. O beachrock está servindo de barreira ao longo da área,
impedindo a transferência dos sedimentos em direção à praia. O mais provável é que os
sedimentos observados antes do beachrock (onshore) correspondam a sedimentos relíquias.
No canal, a presença de areia muito fina, indica que o ambiente não tem energia suficiente
para mover este tamanho de grão, como também, não tem energia suficiente para mover a
areia muito grossa da parte externa do beachrock, e transportá-la para dentro do canal. Ao sul,
o canal e o beachrock apresentam-se mais distante em relação à linha de costa, o que pode
significar que o processo erosivo atua na área há muito tempo. O cimento observado nos beachrocks próximo à praia é constituído de Mg calcita (High-Magnesiun calcite), originado
no ambiente marinho. As idades destas feições variam entre 4482-6525 cal anos AP, o que
confirma sua formação durante o período do Holoceno Médio, e representam um nível do mar
mais alto do que o atual. A formação dos beachrocks causa impactos diretos na evolução da
costa, incluindo a redução do volume de sedimentos e mudança na morfologia costeira. A
associação dos beachrocks com a retração da costa sugere que a maior parte da linha de costa
está recuando para o interior do continente. A urbanização da praia da Boa Viagem deve ter
contribuído para a aceleração do processo erosivo, com a ocupação do ambiente praial em
alguns setores da orla. Entretanto, deve-se levar em consideração, que grande parte dessa
urbanização se deu após a década de 70, período no qual, no setor sul, a linha de costa já se
encontrava em retração. Esta vem sendo atenuada pela construção da obra de contenção, na
década de 90. Outros fatores também devem ter contribuído para o índice de erosão na área,
tais como, a falta de suprimento de sedimentos, já que a plataforma do nordeste brasileiro
recebe sedimentos quase que exclusivamente do retrabalhamento in situ, ou seja, de depósitos
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Este trabalho tem como objetivo reconstruir a evolução holocênica da zona costeira e da plataforma continental interna, bem como avaliar a implicação desta evolução na erosão da linha de costa. Esta reconstrução foi realizada através da análise da variabilidade do perfil do ambiente praial, da determinação da morfologia (topografia e batimetria) da plataforma continental interna, da evolução espaço temporal da linha de costa, dos parâmetros sedimentológicos, bem como da análise e datação dos beachrocks. Os perfis praiais apresentaram suas variações morfológicas em diferentes períodos sazonais, e as maiores variações foram observadas nos perfis ao norte e ao sul da área de estudo (perfis 1, 4A, 4B e 5). Os perfis 2 e 3 apresentaram balanço sedimentar positivo (+2.18 m3/m e +3.8 m3/m), e estão localizados na parte central da área de estudo. Em relação à evolução da linha de costa, o setor norte mostrou as maiores taxas de progradação, e esta vai diminuindo em direção ao centro da área. Na região norte e sul, são encontradas as maiores taxas de retração, de -1.84 e -1.61. Nos sedimentos do ambiente praial e da plataforma continental interna, as maiores diferenças foram observadas no tamanho médio do grão, na assimetria e na curtose. Predominam areias finas, e na plataforma continental foi encontrada areia mais grossa em direção offshore. Os perfis topobatimétricos apresentaram uma morfologia acidentada, com a presença de um canal e um corpo contínuo de beachrock. O canal tem em média 6.40 m de profundidade e 437 m. de largura, e o beachrock, 1285 m de largura. O beachrock está servindo de barreira ao longo da área, impedindo a transferência dos sedimentos em direção à praia. O mais provável é que os sedimentos observados antes do beachrock (onshore) correspondam a sedimentos relíquias. No canal, a presença de areia muito fina, indica que o ambiente não tem energia suficiente para mover este tamanho de grão, como também, não tem energia suficiente para mover a areia muito grossa da parte externa do beachrock, e transportá-la para dentro do canal. Ao sul, o canal e o beachrock apresentam-se mais distante em relação à linha de costa, o que pode significar que o processo erosivo atua na área há muito tempo. O cimento observado nos beachrocks próximo à praia é constituído de Mg calcita (High-Magnesiun calcite), originado no ambiente marinho. As idades destas feições variam entre 4482-6525 cal anos AP, o que confirma sua formação durante o período do Holoceno Médio, e representam um nível do mar mais alto do que o atual. A formação dos beachrocks causa impactos diretos na evolução da costa, incluindo a redução do volume de sedimentos e mudança na morfologia costeira. A associação dos beachrocks com a retração da costa sugere que a maior parte da linha de costa está recuando para o interior do continente. A urbanização da praia da Boa Viagem deve ter contribuído para a aceleração do processo erosivo, com a ocupação do ambiente praial em alguns setores da orla. Entretanto, deve-se levar em consideração, que grande parte dessa urbanização se deu após a década de 70, período no qual, no setor sul, a linha de costa já se encontrava em retração. Esta vem sendo atenuada pela construção da obra de contenção, na década de 90. Outros fatores também devem ter contribuído para o índice de erosão na área, tais como, a falta de suprimento de sedimentos, já que a plataforma do nordeste brasileiro recebe sedimentos quase que exclusivamente do retrabalhamento in situ, ou seja, de depósitos relíquias 2014-06-12T22:58:29Z 2014-06-12T22:58:29Z 2009-01-31 info:eu-repo/semantics/publishedVersion info:eu-repo/semantics/doctoralThesis das Neves Gregório, Maria; Cristina Medeiros de Araújo, Tereza. Evolução da linha de costa e caracterização da plataforma continental interna adjacente à Cidade do Recife PE. 2009. Tese (Doutorado). Programa de Pós-Graduação em Oceanografia, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2009. https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/8241 por info:eu-repo/semantics/openAccess Universidade Federal de Pernambuco reponame:Repositório Institucional da UFPE instname:Universidade Federal de Pernambuco instacron:UFPE |