Do campo à mesa, insegurança alimentar e exclusão social de famílias em dois Nordestes brasileiros: o da Mata e o das Secas

Made available in DSpace on 2014-06-12T22:58:15Z (GMT). No. of bitstreams: 2 arquivo3076_1.pdf: 1462446 bytes, checksum: 16f35136b0421d46300f751f31925d19 (MD5) license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) Previous issue date: 2010 === Conselho Nacional de Desenvolvimen...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Leonel Nascimento, Amália
Other Authors: Israel Cabral de Lira, Pedro
Language:Portuguese
Published: Universidade Federal de Pernambuco 2014
Subjects:
Online Access:https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/8214
Description
Summary:Made available in DSpace on 2014-06-12T22:58:15Z (GMT). No. of bitstreams: 2 arquivo3076_1.pdf: 1462446 bytes, checksum: 16f35136b0421d46300f751f31925d19 (MD5) license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) Previous issue date: 2010 === Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico === A produção e o acesso a alimentos são requisitos essenciais à segurança alimentar e o bemestar nutricional da população. O presente estudo teve por finalidade caracterizar e comparar os padrões de produção e consumo alimentar de famílias com vulnerabilidade social e presença de crianças menores de cinco anos em duas áreas de vulnerabilidade social: zona da Mata e Semiárido nordestinos, e sua relação com a pobreza e insegurança alimentar. Estudo transversal, com 502 famílias em Gameleira (zona da Mata de Pernambuco) e 458 famílias, em São João do Tigre (semiárido da Paraíba). Foram obtidas informações referentes à produção doméstica e agropecuária e à disponibilidade semanal de alimentos, além da situação de insegurança alimentar, pela Escala Brasileira de Insegurança Alimentar, e a exclusão social, pelo Índice de Exclusão Social. Os instrumentos de coleta de dados utilizados demonstraram eficiência. Aproximadamente 90% das famílias estudadas em ambos os municípios encontravam-se em insegurança alimentar e mais de 50% em exclusão social, além de monotonia alimentar e concentração de terra na zona rural. A disponibilidade de alimentos esteve diretamente relacionada à segurança alimentar e nutricional e ao acesso à educação e renda nos domicílios. Os alimentos mais nobres ou caros, como derivados de trigo, carnes, frutas e verduras foram os mais sensíveis, diminuindo sua disponibilidade quanto pior a situação. Na zona rural, a produção para o autoconsumo foi considerada pequena e a posse de terra tanto para plantio como criação, disponível para poucos. Apenas a área de produção, o cultivo de cana-de-açúcar e criação de gado na zona da Mata e de palma forrageira, bovino e ovino no Semiárido pareceram contribuir para a segurança alimentar e nutricional dessas regiões, historicamente marcadas pelo subdesenvolvimento e presença da monocultura, latifúndio, feudalismo agrário ou subcapitalização na exploração dos recursos naturais do Nordeste. Os resultados mostram duas populações nordestinas que, embora localizadas em ecossistemas claramente distintos, encontram-se em semelhante situação de insegurança alimentar e exclusão social. Políticas públicas que garantam o direito humano à alimentação adequada e o desenvolvimento regional sustentável precisam ser reforçadas