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Previous issue date: 2007 === O folguedo dos Caretas de Triunfo, hoje com aproximadamente nove décadas de existência,
traduz a força do universo simbólico que o envolve. Entre mudanças e permanências, prazeres e
conflitos, a brincadeira é exemplo de uma tradição compartilhada entre parentes e amigos. Nessa
manifestação carnavalesca, a estética, expressão de emoção e sensibilidade, apresenta-se como
elemento emblemático que possibilita o envolvimento entre as pessoas. Em sua trajetória, é
reconhecida a importância e a visibilidade dos mascarados que passam a representar a cidade
sertaneja, hoje intitulada Terra dos Caretas. O estalido dos chicotes, o desenho das máscaras, as
cores da indumentária, as mensagens trazidas nas tabuletas, o som dos chocalhos, o movimento
dos corpos encobertos, o silêncio enigmático dos brincantes, despertam sentidos e provocam
emoções. A partir desses elementos pertinentes ao campo do sensível, cresce o convívio,
formam-se grupos, reúnem-se indivíduos que vivenciam o imaginário presente nessa
manifestação da tradição, que se mantém e se renova num constante movimento. Para perceber
essa dinâmica utilizei como recurso metodológico a observação direta da brincadeira e o registro
das lembranças materiais e imateriais dos moradores, visitantes e brincantes: memória pessoal e
coletiva, familiar e grupal. Partindo das peculiaridades do lugar onde se desenvolve o folguedo, a
cidade de Triunfo, passo a seguir uma trajetória construída a partir das recorrências temáticas que
afloraram durante a pesquisa e que auxiliaram o direcionamento do meu olhar. O medo, a
curiosidade e o orgulho formam uma tríade de elementos recorrentes que, marcando as
lembranças dos indivíduos envolvidos na brincadeira, dão vida e sustentação ao folguedo
triunfense
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