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Previous issue date: 2010 === Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico === A enzima que degrada a insulina (IDE) é a principal enzima responsável pela degradação da
insulina. A IDE tem múltiplas funções celulares, incluindo funções regulatórias e de ligação.
Durante o desenvolvimento e crescimento de vários tecidos, particularmente os do sistema
reprodutor masculino, a IDE está envolvida. Tem sido demonstrado que a IDE interage com
receptores de andrógenos e glicocorticóides e aumenta a ligação desses receptores ao DNA
no compartimento nuclear. A glândula prostática no adulto existe num ambiente
multihormonal e tem a capacidade de responder a uma variedade de sinalizadores
intracelulares, incluindo esteróides, retinóides, hormônios peptídicos e fatores de crescimento.
Os andrógenos desempenham um papel chave na função da próstata, mas os glicocorticóides
podem também interferir na homeostase prostática e modular a atividade celular. Esta bem
estabelecido que a administração de glicocorticóides leva a um aumento da produção
hepática de glicose, resistência periférica à ação da insulina e hiperinsulinemia compensatória.
O câncer de próstata pode ser outro aspecto da síndrome de resistência à insulina. O uso de
um modelo de diminuição da sensibilidade à insulina induzida pela administração de 6 dias de
dexametasona provê um ambiente hiperinsulinêmico e pode ser útil para a elucidação dos
efeitos da dexametasona (D), testosterona (T) e dexametasona mais testosterona (D+T) na
regulação da IDE. Foram também investigados os efeitos desses hormônios no
remodelamento da próstata ventral após a castração (C). A castração provoca uma evidente
redução do peso da próstata (PW). O peso corporal (BW) foi significativamente diminuído
nos animais castrados e tratados com dexametasona e o PW relativo foi: 2.6 ± 0.2 vezes maior
no grupo D,2.8 ± 0.3 vezes maior no grupo T e 6.6 ± 0.6 vezes maior no grupo D + T quando
comparado aos ratos castrados. Modificações ultraestruturais na próstata ventral em resposta à
privação androgênica foram observadas nesse estudo. As alterações foram restauradas após
tratamento com testosterona e com testosterona mais dexametasona e parcialmente
restauradas com dexametasona somente. Estes resultados indicam que a resistência à insulina
induzida pela dexametasona pode alterar significativamente o peso corporal, o peso prostático
e a relação peso da próstata/peso corporal. A quantidade de IDE no núcleo indica um aumento
de 4.3 vezes (±0.4) no grupo castrados tratado com D + T em comparação com o grupo
castrado. Os níveis de IDE na célula como um todo aumentaram aproximadamente 1.5 vezes
(±0.1), 1.5 vezes (±0.1) e 2.9 vezes (±0.2) nos grupos D, T e D+T, respectivamente, quando
comparados ao grupo castrado. A análise da degradação da insulina indicou um aumento na
atividade de 1.4 vezes (±0.1), 2.1 vezes (±0.1) e 1.7 vezes (±0.1) após 6 dias de castração nos
grupos D, T e D+T, respectivamente quando comparados ao grupo castrado. Assim, a
presença no plasma de dexametasona, altos níveis de insulina ou testosterona ou ainda os três
combinados podem prevenir a atrofia e regressão celular e/ou restaurar a próstata ventral de
ratos após a castração. A IDE nuclear pode ser importante para o remodelamento do tecido
prostático após o tratamento dos ratos castrados com dexametasona e testosterona
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