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Previous issue date: 2009 === Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico === Perspectivas teóricas na psicologia do desenvolvimento moral têm
tradicionalmente dado ênfase a diferentes experiências de socialização na
explicação do desenvolvimento moral. Como conseqüência, pesquisadores de
perspectiva cognitivo-desenvolvimentista têm dado pouca atenção para o contexto
familiar, focalizando ao invés disto, nos ambientes de pares, como a escola, para
explicar o nível de desenvolvimento moral e seus resultados.
Diante disso, a presente tese se dedica a estudar o tipo de vinculação afetiva
dos adolescentes relacionado ao raciocínio moral destes, não negando a
fundamental importância de outras facetas deste processo.
No que se refere ao julgamento moral, o apego estabelecido pode ser
fundamental na medida em que o desenvolvimento sócio-cognitivo começa com a
conexão emocional com o outro quando ainda bebê. Na presente pesquisa,
pretende-se contribuir com o estudo do raciocínio moral considerando o tipo de
apego expresso por adolescentes nas suas relações com seus pais.
A amostra é composta por 421 adolescentes sendo 221 de escola pública e
200 de escola privada, apresentando uma média de idade de 15 anos (dp = 1,75;
amplitude de 11 a 20 anos). Todos os participantes da pesquisa são da cidade de
João Pessoa, 45,1% do sexo masculino e 54,9% do sexo feminino. A maioria de
católicos (63, 9%). Estes participantes responderam aos seguintes instrumentos de
pesquisa: SROM (Medida Objetiva de Raciocínio Moral), IVIA (Inventário sobre a
vinculação para a infância e adolescência), ERA (Escala de relações de amizade) e
o PBI (Instrumento de vinculação parental), além de um Questionário sóciodemográfico.
Os resultados encontrados apontam para a existência de uma relação
significativa e negativa entre o apego inseguro e estágios mais elevados de
raciocínio moral. As implicações, limitações e contribuições destes resultados são
discutidas na presente pesquisa, à luz do que propõe a literatura acerca desta
relação
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