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Previous issue date: 2010 === Introdução: Observamos redução no número de autópsias realizadas no mundo. Contudo, a
autópsia continua sendo considerada o melhor método de diagnóstico de causas de
mortalidade. A autópsia realizada pelo patologista, permite a confirmação de suspeitas
clínicas e oferece respostas às questões não esclarecidas durante o atendimento prestado em
vida. Nas mortes violentas, as autópsias são realizadas pelo médico legista. No Brasil,
medicina legal e patologia são consideradas especialidades independentes. A maioria dos
legistas é capacitada por cursos oferecidos pelos órgãos de segurança de cada Estado. São
cursos deficientes que resultam na habilitação inadequada em áreas fundamentais para o
exercício da especialidade. Objetivos: Verificar, através de revisão na literatura o nível de
concordância entre os diagnósticos clínicos com os achados das autópsias e entre os
diagnósticos macroscópicos das autópsias e os exames histopatológicos desse material; e
avaliar o nível de concordância entre os diagnósticos firmados pelos legistas nos casos de
morte natural e os relatórios histopatológicos dessas perícias elaborados pelos patologistas.
Metodologia: Foram avaliadas 150 autópsias de mortes naturais realizadas no Instituto de
Medicina Legal Antônio Persivo Cunha, em Recife, em 2006 e 2007, comparando os
diagnósticos dos legistas e os laudos histopatológicos dos patologistas para verificar a
concordância e o grau de discordância entre os diagnósticos. Resultados: Houve
concordância em 24% dos casos e 97,4% das discordâncias foram consideradas graves.
Conclusão: Os legistas que trabalham no Instituto de Medicina Legal do Recife
demonstraram uma formação deficiente em patologia.
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