Terra sem mal : A história e a ficção como promessas de futuro
Made available in DSpace on 2014-06-12T18:35:40Z (GMT). No. of bitstreams: 2 arquivo9563_1.pdf: 1245382 bytes, checksum: f8f2be4ef9e8e521f2d3109b6f5dfde3 (MD5) license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) Previous issue date: 2003 === Nosso trabalho busca enfocar a...
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Universidade Federal de Pernambuco
2014
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ndltd-IBICT-oai-repositorio.ufpe.br-123456789-77722019-01-21T19:10:35Z Terra sem mal : A história e a ficção como promessas de futuro Cruz, Elcy Luiz da Cordiviola, Alfredo Adolfo História Ficção Romances Made available in DSpace on 2014-06-12T18:35:40Z (GMT). No. of bitstreams: 2 arquivo9563_1.pdf: 1245382 bytes, checksum: f8f2be4ef9e8e521f2d3109b6f5dfde3 (MD5) license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) Previous issue date: 2003 Nosso trabalho busca enfocar a diversidade de duas escrituras de fronteiras altamente vulneráveis: a história e a ficção. Na construção dessas escrituras percebemos que a memória e o esquecimento são bases limítrofes, fundando tantas vezes a plurissignificação de ambas. Na tentativa de percorrer as fronteiras dessas escrituras fazemos uma divisão didática com um intuito laboratorial de separar dois corpos para análise colocando a teoria (a história) como componente do esquecimento e a ficção (representada por romances lançados a partir da década de 1990) como pertencendo à memória. Argumentamos com essa divisão que o discurso histórico pode se apresentar inverídico por atender interesses de determinados grupos, enquanto que o discurso de ficção estaria livre deste propósito pela natureza gratuita da obra de arte. Sabemos que essa gratuidade é relativa, o que só comprova que não é tão simples estabelecer divisões entre esses discursos. No aprofundamento do estudo fazemos uma crítica às teorias que versam sobre o fim da história bem como sobre a morte do romance com um debate que envolve historiadores e romancistas e para tal fazemos uso tanto das teorias sobre a história (abrindo debate também com teóricos da pós-modernidade) assim como da ficção (com romances que usam e abusam da intertextualidade, que utilizam documentos históricos ou textos das manchetes do cotidiano). Afirmamos que o discurso histórico e o discurso ficcional são discursos dinâmicos e por isso mesmo problematizadores da realidade. A partir desse entendimento tentamos convencer que ambos os discursos são reveladores do real da realidade. Ou seja, a realidade se apresenta eivada de significados, o que acaba fazendo desses discursos produtores de uma memória viva. A memória viva é tradução da polifonia inerente a ambos discursos, ou seja, ela é construída do diálogo constante entre seus intertextos e o leitor. Evidentemente fazemos críticas ao discurso histórico que sob regimes autoritários submete a realidade a uma triagem. Tomando tais regimes como exemplo do apagamento da memória colocamos o discurso histórico e o discurso literário como produtores de promessas futuras. Ou seja, a reconstrução do passado é necessária para a compreensão do presente e a consolidação de um país e de uma literatura possível 2014-06-12T18:35:40Z 2014-06-12T18:35:40Z 2003 info:eu-repo/semantics/publishedVersion info:eu-repo/semantics/doctoralThesis Luiz da Cruz, Elcy; Adolfo Cordiviola, Alfredo. Terra sem mal : A história e a ficção como promessas de futuro. 2003. Tese (Doutorado). Programa de Pós-Graduação em Letras, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2003. https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/7772 por info:eu-repo/semantics/openAccess Universidade Federal de Pernambuco reponame:Repositório Institucional da UFPE instname:Universidade Federal de Pernambuco instacron:UFPE |
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altamente vulneráveis: a história e a ficção. Na construção dessas escrituras percebemos
que a memória e o esquecimento são bases limítrofes, fundando tantas vezes a
plurissignificação de ambas. Na tentativa de percorrer as fronteiras dessas escrituras
fazemos uma divisão didática com um intuito laboratorial de separar dois corpos para
análise colocando a teoria (a história) como componente do esquecimento e a ficção
(representada por romances lançados a partir da década de 1990) como pertencendo à
memória. Argumentamos com essa divisão que o discurso histórico pode se apresentar
inverídico por atender interesses de determinados grupos, enquanto que o discurso de
ficção estaria livre deste propósito pela natureza gratuita da obra de arte. Sabemos que
essa gratuidade é relativa, o que só comprova que não é tão simples estabelecer divisões
entre esses discursos.
No aprofundamento do estudo fazemos uma crítica às teorias que versam sobre o
fim da história bem como sobre a morte do romance com um debate que envolve
historiadores e romancistas e para tal fazemos uso tanto das teorias sobre a história (abrindo
debate também com teóricos da pós-modernidade) assim como da ficção (com romances
que usam e abusam da intertextualidade, que utilizam documentos históricos ou textos das
manchetes do cotidiano).
Afirmamos que o discurso histórico e o discurso ficcional são discursos dinâmicos e
por isso mesmo problematizadores da realidade. A partir desse entendimento tentamos
convencer que ambos os discursos são reveladores do real da realidade. Ou seja, a realidade
se apresenta eivada de significados, o que acaba fazendo desses discursos produtores de
uma memória viva.
A memória viva é tradução da polifonia inerente a ambos discursos, ou seja, ela é
construída do diálogo constante entre seus intertextos e o leitor. Evidentemente fazemos
críticas ao discurso histórico que sob regimes autoritários submete a realidade a uma
triagem. Tomando tais regimes como exemplo do apagamento da memória colocamos o
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