Summary: | Made available in DSpace on 2014-06-12T18:34:31Z (GMT). No. of bitstreams: 2
arquivo8333_1.pdf: 552000 bytes, checksum: c0d318c7fa45ae1c3bdd21d57e15645e (MD5)
license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5)
Previous issue date: 2004 === O presente trabalho trata das interfaces entre estudos literários e estudos culturais
no estágio atual de discussões acadêmicas na área de Teoria da Literatura, a partir do
ponto de vista da América Latina, mediante análise textos oriundos de diversas tradições.
Apesar de dar conta preponderantemente de textos narrativos no formato livro , não
deixa de contemplar textos mais caracteristicamente culturais, tais como canções em CD,
poemas ditos marginais , bem como textos da tradição oral. Dessa forma, o trabalho
questiona categorias epistemológicas da tradição filosófica ocidental como, p. ex., a
noção de identidade e diferença na linguagem mesma, grafocentrismo, representação,
territorialidade , contrastando-as com outras categorias colocadas em evidência nas
discussões em torno dos estudos culturais como, p. ex., identidade e diferença cultural,
limite e fronteira simbólica, hibridismo, antropofagia, entre-lugar. Ao constatar que o
texto literário-cultural está cada vez mais a serviço de estratégias político-discursivas, seja
no interior do contexto em que ele surge e é primeiramente significado, seja no interior
de contextos alienígenas, aos quais chegou por intermédio dos processos de
desterritorialização e reterritorialização patentes do estágio atual de interconexão
informacional em nível global, seja ainda a serviço de poderes hegemônicos locais,
nacionais ou globais, o trabalho defende a tese de que o texto literário-cultural serve como
elo de ligação entre as singularidades de grupos culturais intrinsecamente diferentes entre
si ao encenar e figurativizar contradições e tensões sócio-culturais. Para tanto a
argumentação lança mão do tropos da ponte sobre o abismo das alogeneidades: o texto como
articulação sígnico-cultural capaz de dar passagem ao ser por sobre conflitos e tensões
presentes no mundo da vida das culturas humanas. Todo o esforço epistemológicoargumentativo
se orienta para essa premissa, acreditando assim inscrever a prática
hermenêutico-crítica do texto literário-cultural como forma válida para a contribuição por
um mundo em que as diferenças estejam democraticamente em diálogo umas com as
outras, inter e intraculturalmente, local e globalmente
|