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Previous issue date: 2012 === O objetivo desse trabalho é compreender a dinâmica do Estado Espetáculo na Paraíba
(1935-1945). Parto do pressuposto de que a teatralização do poder, como parte da
hegemonia cultural foi o recurso retórico bastante utilizado pelo Estado na busca de
legitimidade política. Por isso, procuro estudar as várias linguagens do campo cultural e
suas apropriações para o campo da política, tais como: o teatro, a fotografia, a radiofonia, a
música e o cinema. Entretanto, também investigo as resistências ao Estado Espetáculo,
porque, no meu modo de ver, não há controle político absoluto, nem manipulação de
massas. Teoricamente, trabalho fazendo interface entre a história política, os estudos
culturais e a história social. Por essa fundamentação, dialogo com os autores do campo da
teatrocracia, como Schwartzenber, Balandier e E. P. Thompson. Metodologicamente,
opero com o paradigma indiciário nas formulações de Carlo Ginzburg, as noções de
vestígio de Paul Ricoeur e o método iconológico de Erwin Panofsky. Quanto às fontes,
procuro fazer um cruzamento diverso, desde relatos orais, iconografias, músicas,
periódicos, sempre observando os alertas de Jacques Le Goff sobre a concepção de
documento-monumento
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